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Mostrando postagens de junho, 2020

Loucura, loucura, loucura

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Dilma Vana Rousseff, a déspota não esclarecida, poderia ser anunciada pelo locutor da Sessão da Tarde: Vem aí, Dilma, uma presidente muito louca. Ela irá aprontar mil confusões. O primeiro poste de Lula o impressionou porque manuseava, com espantosa habilidade, um notebook, com quase a mesma desenvoltura de um garoto de dez anos de idade. Essa destreza deve ter sido pueril, mas o suficiente para deixar o ex-presidente de boca aberta. Assim, ela foi escolhida como apta a comandar a Nação, ser presidente. Aliás, quem se refere a ela como “presidenta”, já entrega, de cara, de que lado está. Quando a, para alguns, “Dilmãe” falava em público, saíam pérolas como: estocar vento; figura oculta, por trás de uma criança, um cachorro; tirar a pasta do dentifrício etc. Lembrando também, que ela demonstrava todo o seu despreparo em inglês, francês e espanhol. Incrível, ela conseguia ser analfabeta em várias línguas. O idioma oficial era o “dilmês”, dialeto sem ordem sintática, caninam

É fogo!

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Nos anos 80, soltar balões não era crime, embora perigoso; fogos de artifício não eram e não  são proibidos, embora sejam muito perigosos e barulhentos. Esses explosivos eram vendidos num cubículo de uns dois metros quadrados. O vendedor fumava cercado por pólvora suficiente para levar um quarteirão pelos ares. Toda vez que a molecada ia até o comércio sazonal, o comerciante era obrigado a apresentar o catálogo, que mais parecia um portfólio para terroristas. A mistura dos cheiros de pólvora e papelão era a  característica do lugar. Balão Chinesinho, rojão, foguetinho e bombas de vários tamanhos, tudo isso era visto como brinquedo. Esse pequeno preâmbulo nostálgico é uma passagem para um outro perigo dos fogos. Perigo contemporâneo, que dá cadeia. Ocorrência 1: domingo passado, operação da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal no QG (quartel general) da milícia, antidemocrática, de extrema direita bolsona

Carta ao povo brasileiro ⚫️

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Meu povo, sou acusado, injustamente, por meus opositores, de: peculato, caixa dois, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, compra de votos, falsificação de documentos, remessa ilegal de capital, fraude no imposto de renda, sonegação fiscal, evasão de divisas, uso indevido da máquina pública, desvio de verbas, desvio de merenda escolar, formação de quadrilha, golpe do baú, conto do vigário, proxenetismo, vadiagem, tráfico de drogas, violência doméstica, não pagamento de pensão, atropelamento, improbidade administrativa, apropriação indébita, enriquecimento ilícito, compras superfaturadas, recebimento de propina, contrabando, descaminho, falsificação, contrafação, roubo de carga, receptação de mercadorias roubadas, roubo, furto, estelionato, estupro, abuso de menores, corrupção de menores, atos libidinosos em local público, atentado violento ao pudor, pedofilia, extorsão mediante sequestro, latrocínio, violação de direito autoral, plágio, usurpação, dano, homicídio (triplamente

Tudo de novo

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Spray de pimenta, perseguições ideológicas, prisões políticas, buscas e apreensões sem crime, decisões ao arrepio da lei (inconstitucionais). Isso acontece, atualmente. Não é 1964, é 2020. Quem promove isso não é o Executivo, é o Judiciário. Um Estado policial pode começar prendendo quem você não gosta. Nessas manifestações a favor do presidente há faixas pedindo intervenção militar. Esse grito de socorro anacrônico sai dos chamados Intervencionistas; os que querem “ucranizar” o STF e o Congresso -jogar políticos, literalmente, no lixo, como aconteceu na Ucrânia; e aqueles que desconhecem a história. A ideia que a caserna é um tipo de emergência para acionar sempre que a situação está muito ruim, 56 anos atrás deu muito errado, e poucos sabem como pensam os militares de hoje. Há políticos que precisam ser afastados até de um carrinho de cachorro-quente, mas serão retirados os bons também. O desconhecimento da história ou a falsa ideia de que trocar o técnico resolve tudo

Borba Gato ⚫️

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Localizado no bairro de Santo Amaro, São Paulo, há 63 anos está a estátua de Borba Gato. Alvo de controvérsias, esse monumento resiste, com seus dez metros de argamassa, pedras, pastilhas e 20 toneladas, contemplando o infinito e protegendo o bairro dos forasteiros . O monumento fincado numa praça da avenida Santo Amaro, divide opiniões: quanto à sua beleza (ou feiúra); a história dos bandeirantes (vilões tratados como heróis), já que Manuel de Borba Gato foi um deles; e a obra é considerada brega em comparação, por exemplo, com o Cristo Redentor, do Rio de Janeiro. Diferentemente da concorrente carioca, a estátua paulistana não é tão bela, não é mundialmente famosa, não atrai turistas (apenas pichadores) e a ela não são atribuídos poderes sobrenaturais. Entretanto, Borba Gato de botas  está sempre lá, estático, solerte e servindo de ponto de referência, com suas vestimentas de couro, chapelão e arma pronta para a guerra. Recentemente, a representação do velho bandei

Bozo, o palhaço 🔵

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Foi anunciada uma nova excursão, na quinta série. Legal, zoeira no fundão do “busão”, gritaria e, muito importante, sem aula. Só que a excursão era para o programa do... Bozo, o palhaço. Eu, no alto dos meus 11 anos, achava aquele passeio ultrajante. Eu já me considerava um adulto. Um cara que nunca mais foi visto brincando com carrinhos e corria até a loja de doces sozinho. Quem deixou a infância para trás não podia aceitar aquele retrocesso.  Durante dias, aquele dilema tomou conta da minha cabeça. Ao menos eu tinha uma justificativa, acreditava, para as notas baixas. Depois de muito refletir no prejuízo que aquela, aparentemente inofensiva, aparição no show do parlapatão me traria, decidi ir, afinal, ficaria atrás, escondido dos telespectadores. Durante o trajeto, tudo igual a toda excursão. Na atração televisiva do saltimbanco alçado à condição de astro midiático, eu fiquei, lamentavelmente, na primeira fileira, vergonhosamente de frente para a câmera e, para humilhação

Ódio do bem

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Ruas, avenidas e estradas vazias; lojas, quiosques e shoppings fechados; e restaurantes, baladas e barzinhos trancados. Essa espécie de universo paralelo, ou uma distopia escrita por George Orwell, pode piorar. Tudo indicava que aquele não era um dia normal. Logo de cara, eu sou brindado com a imagem do presidente num helicóptero militar, como um “Rambo contra o terrível Coronavírus”; depois, o cara aparece a pleno galope, como Dom Pedro I às margens do Ipiranga, montado num cavalo. Realmente, eu não havia lavado o rosto direito, mas o mais surreal ainda estava por vir. Joice Hasselmann, principal acusadora de haver o “Gabinete do ódio”, “Milícia digital” e “robôs” foi descoberta, vejam só, sendo a rainha dessas práticas. Ela segue, corretamente, os ensinamentos de Lênin: “Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”. A casa caiu. Os Black blocs (Antifas) voltaram. Espancando, colocando-te fogo, quebrando e ameaçando, dessa vez com o beneplácito da imprensa e d

Você tá lúcido? #

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Os grandes momentos de João Luiz Woerdenbag Filho, o Lobão, eram quando ele aparecia doidão. Ele tinha músicas muito legais em meio a uma modinha meio “tatibitate” dos anos 80. Depois, lançou um ótimo acústico (muito bem tocado) por uma grande gravadora (uma enorme contradição). O Lobão músico era legal. Ele reaparecia sempre com um visual diferente. Suas ideias também surgiam diferentes e confusas. Ele diz que leu bastante. Percebe-se que sim. Ele só não consegue absorver, organizar, transformar em ideia própria e exprimir o que aprendeu. É muito divertido ouvi-lo falar, mas é impossível encontrar clareza e coerência no conteúdo. O que sobra é muita, mas muita repetição. Há anos, o músico carioca fala de política. Beleza, só que ele muda de ideia como quem muda de roupa. Era muito estranho o velho Lobão de direita, não combina com ele. Se jogar no YouTube o cantor berra o gingle “Lula lá”, em 1989, no Faustão. Além disso, encontramos ele num animado bate-papo eleitoral c

O general e sua esteira

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O Brasil passa por um momento “apocalipse zumbi”. Ruas quase desertas; as pessoas que se arriscam fora de casa estão mascaradas e evitam contato; hospitais de campanha inúteis, não servem de hospital, só de campanha para vereador e prefeito; governadores e prefeitos tomam medidas absurdas; e muitas compras superfaturadas. É no meio deste cenário que o vice-presidente irá, tranquilamente, comprar uma esteira ergométrica de R$ 44 mil. Que o vice-presidente faça seu check-up , atividades físicas da terceira idade e, inclusive, consuma shake emagrecedor, magnésia bisurada e repositores vitamínicos, vá lá, mas me nego a criar a imagem do general Hamilton Mourão com roupa de aeróbica, assistindo vídeos da Gabriela Pugliesi ou da Solange Frasão (mais adequada).  O aparelho vem equipado com tela touch screen (alta definição), programas pré-configurados de exercícios físicos, internet, TV e acesso a cursos interativos (pelo termo genérico, esses cursos devem ter a utilidade bem d