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Mostrando postagens de outubro, 2020

Obrigado não

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  Assisti ao programa Direto ao Ponto da Jovem Pan. Eu, além de gostar do programa de entrevistas, queria ver se o convidado, João Doria, confirmava o monte de besteiras que vem falando, principalmente que a vacina, que nem sequer existe, será obrigatória. A decepção foi grande ao vê-lo dobrando a aposta. O governador chegou a dizer que o bom senso fará com que filas se formem à procura da imunização. Bom senso trata-se de eufemismo, pois sem a vacina o cidadão ficaria impedido de obter vários serviços. Até Aécio Neves saiu de seu esconderijo com essa proposta restritiva. O governador, por ser um excelente marqueteiro de si mesmo, é capaz de cumprimentar e elogiar seu pior inimigo. Medindo e polindo cada palavra, ensaboado, ele tinha uma resposta evasiva para cada questão. Educadamente e discretamente, o entrevistado desferia seus tapas com luva de pelica. Durante a entrevista, Doria citou Bolsonaro diversas vezes, o que deixa muito claro que a politização do assunto também parte muito

O Conto da Vacina

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  Parece até pleonasmo, mas todos os políticos estão politizando a inexistente vacina do coronavírus. Inclusive (até mais) quem acusa os outros de fazê-lo. Alguns governadores fecharam acordos para comprar vacinas, produzidas em tempo recorde, de diversos países, inclusive a suspeitíssima China. Claramente, João Doria, querendo ser o protagonista da cura, atropelou a hierarquia, procedimentos e a racionalidade, querendo vender uma vacina inexistente, cara, tentando ser fabricada apressadamente, com métodos de testagem obscuros e estranhamente fornecida pela China - de onde saiu o vírus.  Doria, com sua desesperada oferta do tipo “nem pra mim, nem pra você”, me lembra os antigos estelionatários que vendiam terreno na Lua, o Pão de Açúcar, elixires milagrosos e aplicavam diversos golpes em incautos gananciosos.  Alguns golpes: ▪️ lote na Lua: com a chegada do Homem à Lua, o próximo passo era povoar o satélite natural, e quem teve pressa, teve um grande prejuízo; ▪️ Pão de Açúcar: quem nã

Fatos & Fotos

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  Luciano Huck deve estar com muita vontade de ser o presidente do Brasil. Pelo menos a dedicação para limpar a sua barra é patente. Ele tem se dedicado a apagar fotografias com figuras influentes, mas encrencadas, de modo a parecer que só anda com gente limpinha. A pergunta: o que esse cara já foi capaz de fazer para sua vida parecer uma propaganda de margarina? Recentemente, o apresentador apagou de sua, aparentemente imaculada, vida um retrato com o senador Chico Rodrigues, aquele da grana escondida no... na... cueca. Bem, de um jeito ou de outro, ele vai lavar o dinheiro. O presidenciável também tentou demonstrar que nunca esteve com o jogador de futebol Robinho. Numa “pedalada”, ele eliminou sua imagem com o jogador acusado de estupro coletivo. Igual a sua casa, Globo, ele tenta eliminar rastros do, mesmo que rápido, contato com quem pode comprometê-lo, por ter cometido algum delito.  Aécio Neves foi sumariamente cancelado, pelo menos nas redes sociais, do dono do Caldeirão do Huc

André do Rap

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  Marco Aurelio Mello não é juiz. Tá, ele é juiz do Superior Tribunal Federal (STF), chamado também de ministro do STF. Assim como ele, dos 11 juízes do Supremo, fora o Luiz Fux, nenhum era juiz antes do STF, apesar de a lógica indicar essa cadeira como o auge da carreira. Com a aposentadoria de Celso de Mello, Marco Aurélio Mello tornou-se decano (mais antigo) da Corte, tendo sido indicado pelo presidente Fernando Collor de Mello, seu primo. Semana passada, em decisão monocrática, Marco Aurélio se mostrou muito mais eficaz que um túnel, e ajudou André de Oliveira Macedo, conhecido entre a bandidagem como André do Rap, traficante de drogas, a escapar da penitenciária de Presidente Venceslau (10/10). André do Rap, através da sócia do ex-assessor de Marco Aurélio Mello, impetrou um Habeas Corpus , que, por “coincidência”, caiu na mão de seu antigo patrão Marcão do STF. “É nóis!” Não, apesar da alcunha André do Rap não é cantor, Além disso, ele é um péssimo exemplo como cidadão: não fosse

Tiro, porrada e bomba 🔵

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  De última hora, me chamam para assistir a um jogo no Pacaembu. Eu já estava conformado que veria aquele jogo no conforto do meu sofá. Mas amigo serve para te “pôr em fria”. Filas, talvez brigas e tentar comprar ingressos no Canindé. O sossego seria substituído pela aventura. Corinthians e River Plate (Argentina), Taça Libertadores da América, o Timão estava bem. Por que não? Um amigo pertencia à Gaviões da Fiel e, sem questionar, foi nos guiando até o núcleo nervoso da torcida organizada. A próxima etapa talvez fosse assaltar um banco, mas até ali, por que não? O grande diferencial, até aquele momento, era ficar cantando, pulando e batendo palmas. Lembrando dos tempos de escola, eu jurava que essa parte ficava com as meninas, enquanto eu jogava. Se é para dar uma força ao time, por que não? A equipe estava perdendo e ficando nervosa. A torcida perdia a paciência e também ficava nervosa, só que a diferença é que enquanto os jogadores apenas tomavam gols e erravam passes, a Gaviões pro

Live

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  A ideia até que é boa. Um músico, na intimidade, tocando um instrumento e cantando no sofá da sua própria sala.  Isso poderia ser excelente, caso um ou outro tivesse essa sacada. O problema é que a tática virou modinha, disseminou, se transformou numa praga. Me lembrou aquele jogador de futebol que sempre foi um perna-de-pau, quando entra em campo nos “amigos do Zico e os amigos do Ronaldo”, quer “dar chapéu”, “rolinho”, fazer gol de calcanhar e “de bicicleta”. Triste mesmo é quando, como se servissem de exemplo, esses artistas espalhassem uns conselhos que combinariam mais vindo do João Doria ou do meigo Dollynho: “fique em casa”, “use máscara”, “mantenha distância”. É patente que muitas lives contaram com uma super-produção, pouca coisa inferior aos grandes shows. Para montar a parafernália, certamente houve a demonizada aglomeração.  Um músico, do qual eu não sei o nome e não sei o que toca, se preparava para cometer suas canções, quando um suposto ladrão, supostamente invadira s

Cara-pintada cara de pau 🔵

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  O que chamam de ensino médio era chamado de colegial. No segundo ano, qualquer pretexto para cancelamento das aulas era muito comemorado. Dessa vez, o azarado foi o Fernando Collor. Queriam submetê-lo a um tal de impitiman (impeachment). Esse palavrão significava impedimento. Esse movimento todo era para derrubar o presidente, mas o importante era que as aulas, naquele dia, também seriam impedidas. Então vamos! Mas havia algo mais, o motivo era muito mais nobre que a simples suspensão das aulas, embora o fato evitasse a habitual fuga, comparável a de um presídio de segurança máxima. Confesso que vislumbrei um atalho para fazer parte da história e passar o resto da vida jogando na cara dos mais jovens que “eles têm toda essa liberdade hoje porque, lá atrás, eu lutei pela democracia”. Pronto, a farsa de uma existência estava armada. O pacote era realmente interessante e até romântico. Os Anos de Chumbo rendem excelentes minisséries. Bastava uma fotografia apanhando de um guardinha muni

Opinião no ar ⭕️

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  Luis Ernesto Lacombe trabalhou muitos anos na Rede Globo. Ele estava num meio onde a sua opinião, considerada de direita, não era bem-vinda. A “espiral do silêncio” tornava a visão progressista parecer a única ali.  Espiral do silêncio é quando alguém fica com receio de emitir sua opinião por achar que só ele pensa daquele jeito. O problema é que, outros agindo assim, a opinião hegemônica se perpetua. Quando essa barreira é rompida, descobre-se que muitos, talvez a maioria, pensava daquele modo que parecia não existir. O posicionamento dito direitista é arriscado, impopular. Quem tem esse viés tem que possuir coragem, porque vão tentar, falsamente, acusá-lo de torturador, fascista, nazista etc. Bonita é a narrativa de esquerda, porque, apesar de ficar só no discurso, monopoliza todas as virtudes da moda. Lacombe apresentou um programa na  Band TV. Nesse outro canal, ele pensou estar num ambiente mais favorável para abrir uma opinião fora dos dogmas da patota. Lá, ele levou convidados

Direto ao Ponto

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  Estreou como era esperado, com o pé direito. O novo programa de entrevistas, da Jovem Pan, Direto ao Ponto, não é, necessariamente, de direita. Apenas preza pela verdade, a não lacração, o respeito aos fatos e a honestidade ideológica dos participantes, bem como da escolha deles. O programa ocupa em credibilidade o espaço abandonado pelo, antes muito bom, agora muito ruim, Roda Viva. O antigo programa da Cultura resolveu lacrar, falar mal do Brasil, massacrar a verdade e a lógica. O Roda parece uma estatal inchada e paquidérmica. Estatal ele é, porque a TV pertence ao Estado de São Paulo. A nova atração é apresentada por Augusto Nunes e estreou com uma equipe de entrevistadores muito boa. O entrevistado foi o vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão. Os participantes eram: ▪️ Augusto Nunes: jornalista à velha-guarda. Busca a verdade dos fatos, sabendo que a verdade é o que aconteceu, não a interpretação sempre subjetiva do ocorrido; ▪️ Hamilton Mourão: apesar da cultura ger