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Mostrando postagens de julho, 2021

Olimpiadas

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  Não, eu não esqueci de colocar o acento agudo no “i”, nem você cometeu uma silabada trocando proparoxítona por paroxítona. Meus erros de Português sempre são involuntários, mas agora abro uma exceção. A verdade é que transformaram os Jogos em piada. Tudo estava estranho o suficiente com a pandemia, ausência de plateia, adiamento e ameaça, poucos dias antes do evento, de cancelamento do evento. Já antes da abertura dos Jogos Olímpicos, no futebol feminino, a narradora do SporTV lançou mão da linguagem neutra. A sinalização de virtude finge respeitar opções sexuais, mas é mera lacração e erro (proposital) de português. Na cerimônia de abertura, muito se falou em igualdade e superação. Quando medalhas começarem a ser disputadas, as duas palavras ganharão seus sentidos do dia a dia. Usain Bolt (atletismo), Escadinha (vôlei) e Nadia Comaneci (ginástica) não teriam sido melhores se buscassem “igualdade”. Jesse Owens (atletismo), Gabrielle Andersen (maratona) e Vanderlei Cordeiro de Lima (m

Atirei o pau no Borba Gato

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  Escultura escarrada e cuspida do bandeirante que permanece em Santo Amaro, apesar dos diversos atentados que tem sofrido. Desde que foi erigida, em 1962, continua em pé, alvissareira, solerte, orgulhosa,  Borba Gato recebeu a inexplicável homenagem, hoje é ofendido como “Monstrumento”, mas permanece impávido colosso. Resignado com o triste destino, o símbolo do controverso vulto paulista foi transportado do século XVIII para ser humilhado e vilipendiado pela eternidade. No dia 24, a imagem foi imolada, vítima da neo-inquisição, não teve direito nem a um tribunal justo. Como se fosse vítima do STF — provocado por um sempre incomodado PSOL —, Borba Gato, proscrito há séculos, ardeu em chamas. Mas ele sobreviveu a essas mentes obscurantistas, almas podres que fingem ficar incomodadas com racismo e xenofobia, por exemplo, querendo destruir um monte de pedras, como se o suposto “protesto” tivesse alguma efetividade ou isso fosse apagar o passado questionável dos nossos personagens. Pelo c

Medalha, medalha, medalha

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  Emmanuel Macron, presidente da França, concedeu a Randolfe Rodrigues a mais alta distinção francesa, a tal medalha Légion D’honneur . Muito coerente, para quem está sendo melhor para o país da Europa do que o da América do Sul. Além de lutar com todas as..., digamos, forças contra o governo daqui, ele é conhecido como Senador DPVAT, por ter lutado contra o desconto da taxa. Outra senadora, Kátia abreu, por uma causa ainda obscura, atua como lobista da China. Ela já confessou, causando assombro e demonstrando nanismo moral, que deitaria no chão e deixaria que o país que tivesse a vacina a pisoteasse. Por obra do destino, o país em questão era a China. Coincidência.  Estranhamente, ela não é a única congressista que defende os interesses da ditadura comunista. Infiltrados e, supostamente, bem pagos, juntamente a jornalistas, eles vêm executando a tarefa a contento. Defensores ferrenhos do 5G e da vacina chinesa, eles argumentam, como quem tem nas mãos um refém, o comércio entre Brasil

Crin… o quê?

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  Cringe só pode ser uma gíria encomendada para os dias chatos de pandemia. A palavra cringe se refere àquele que tinha (ou tem) atitudes consideradas vergonhosas e/ou ultrapassadas para os dias atuais. Consultei o Google a fim de saber o que diabos é exatamente um cringe . A pesquisa foi meio embaraçosa, pois descobri que essa é uma palavra criada para a geração Z fazer bullying sobre a geração anterior (Y ou millennials ). O constrangimento é que pertenço aos anteriores a Y. Num site descobri a relação das atitudes de um legítimo cringe . Lá explica que as pessoas que ainda pagam por boleto, não conhecem as trends do TikTok , assistem aos telejornais, publicam fotos com hashtags , tomam café da manhã, pedem litrão no bar, dão risadas com emojis e ouvem Sandy & Junior devem se envergonhar disso. Respectivamente: sempre soube e vou continuar sabendo que o feio é não pagar suas contas; não tenho idade mental tão baixa para me interessar pelo TikTok (começando pelo nome); quant

Deturparam Marx ⭕️

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  Carrões, arquitetura, tudo remete aos anos 50. Parece um museu a céu aberto, mas é um país que parou no tempo por falta de recursos. Cuba é esse lugar. Tradução da utopia socialista, durante anos foi o “exemplo” de revolução e quimera do poder popular. O sonho cubano está caindo, mas estava podre há muito tempo. O acesso à internet, mesmo que restrito, permitiu aos moradores da Ilha compararem as condições em que viviam com outros países. Aí não teve doutrinação escolar que resistisse à comparação. As novas gerações não aceitam o pesadelo que foi “vendido” como sonho. Filas, rações, restrições e escassez não é a igualdade prometida, isso é igualar por baixo. Cuba é um lugar legal para turistas e ruim para quem mora lá. Nas redes sociais, choveu mensagens atacando e defendendo a ditadura castrista. Os que defenderam ainda preservam aquele ideal de que “A Ilha” é um paraíso idílico libertado do jugo yankee . Esses gastaram todos os eufemismos para dourar a pílula e edulcorar o que esta

¿Soda Stereo? (Dia do Rock) 🔵

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  Em 2013, eu e minha namorada decidimos ir a Buenos Aires. A ideia surgiu durante um sorvete no pátio de um shopping. A loja da CVC facilitou as coisas. Foi só escolher o destino, hotel, duração e  época, tudo num pacote baratinho — como dizem: que caiba no bolso. Com o negócio fechado, eu teria que recordar o “Español”, traçar o roteiro e mergulhar na cultura portenha. Foi aí que conheci o grupo de rock argentino Soda Stereo . Numa banca de jornal, bairro do Ipiranga em São Paulo, estava em destaque, se oferecendo, uma revista especial da Argentina. Essa revista oferecia exatamente o que eu precisava: um “intensivão” da Capital da Argentina. Dentre as recomendações, estava a música En la Ciudad de la Furia , do Soda. Eu já conhecia e gostava de alguma coisa do rock n’ roll argentino: Serú Girán, Charly Garcia, Diego Torres e Fito Paez. Ouvi e gostei da canção recomendada, bem como de quase toda a discografia. Estávamos na Calle Florida e um restaurante anunciava o show do Soda Ster

Professor Polvo ⭕️

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  O filme legalzinho mostra um pouco do motivo do desinteresse pelo Oscar. Grande culpa no desgaste da cerimônia está na “lacração”, nos enfadonhos e falsos discursos pretensamente politicamente corretos e na obrigatoriedade de abordar temas sociais, causando o engessamento na criatividade. Essa obrigação gera um falso engajamento, emprestando uma suposta virtude ao vício. É a velha hipocrisia. O documentário vencedor é bom. Trata-se da história de vida de um polvo e a transformação na vida de um mergulhador. O título (Professor Polvo) é inspirado nos ensinamentos tirados da existência e interação do animal com o mergulhador.  O documentário usa e abusa da técnica manjada dos programas sonolentos de “vida animal”: edição perfeita para construir uma história com começo, meio e fim. Foi assim que conseguiram apresentar um polvo alegre, triste, solitário, doente, regenerado, de saco cheio, pronto pra outra e morrendo. O segredo do filme está, com o indispensável auxílio da trilha sonora,

Sexta Série de quinta categoria 🔵

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  Esperei a bomba estourar no último segundo. Chegou o fatídico momento que vazaria a péssima notícia. Meu pai foi comigo até a escola para conferir o resultado. Eu sabia que na lista estava meu nome acompanhado da palavra REPROVADO. Eu já sabia do inédito resultado, mas tive que fingir alguma surpresa e indignação. A minha interpretação deve ter sido tão convincente quanto Nicolas Cage interpretando Hamlet . Repetir a sexta série não seria a catástrofe que imaginei, a notícia foi o pior. O maior temor era relaxar de vez com os estudos e viver num subemprego ou, pior, desempregado e sem grana.  Tinha a opção “puxar carroça”, que era uma maneira menos agressiva de chamar alguém de “burro”. No fim, essa repetição da sexta série renovou as amizades, deu novo fôlego aos estudos e proporcionou uma experiência que talvez eu não tivesse na sétima série. Ano de campeonato “interclasse” de futebol e de eleições para prefeito e vereadores. Olhando bem, aqueles alunos rejeitados pela elite supost

Síndrome de Maria Bethânia

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  Em 2011, a cantora Maria Bethânia mostrou, nas mais decentes das hipóteses, descolamento com a realidade e ingenuidade ao solicitar, inicialmente, depois de muito cálculo, R$ 1.798.600 para criar um blog de poesias. O valor foi aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC) para ser captado através da Lei Rouanet. Lógico que quem conhece a mecânica de criação de um blog , sacou a mecânica da sangria de recursos via Lei Rouanet. Após a descoberta do truque e reclamação os cálculos foram refeitos. Com desconto, o valor caiu para R$ 1.356.858. OK, mesmo com desconto ficou fora da realidade. O projeto se chamava “ O mundo precisa de poesia” . Concordo, o mundo precisa, também, de poesia. Mas tá caro! Essa patologia psicológica recebeu o nome da cantora, porque ela demonstrou profundo desconhecimento da realidade tecnológica, bem como, extrema confiança no “vai que cola”. Não colou. Qualquer criança sabe construir um blog de graça. A irmã do Caetano Veloso prometia reunir cópias de poemas