Sara
Seus detratores a chamavam, pejorativamente, pelo nome de batismo, Sara Giromini, mas ela preferiu assumir uma personagem conhecida por Sara Winter. Sem ser artista, mas com nome artístico, ela entrou de corpo e alma em todas as paradas, mesmo que visivelmente opostas. Foi feminista radical do grupo feminista ucraniano Femen. Feminista com pautas assustadoras, dessas que aparecem seminuas, gritando, interrompendo grandes eventos, segurando cartazes provocativos e sendo retiradas pela polícia sob surras de cassetete, jatos d’água ou spray de pimenta. Ás vezes, todo o arsenal da polícia era empregado para dissuadir as aguerridas moças de suas lutas. Nessa toada, a loira percorreu o circuito completo — e lacrador, porque a imprensa era interessada na “causa” — de entrevistas no Brasil. Mergulhou com tudo. A grande surpresa foi quando Sara Winter reapareceu em sua nova configuração: conservadora, contra o aborto, bolsonarista e mãe. Fez campanha para o presidente e, falando bem o