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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Gambling (jogo de azar)

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  A vontade da esposa do presidente Eurico Gaspar Dutra, Dona Santinha, continuará vigendo?  Em 1946, o Brasil proibiu os cassinos por causa de um capricho doméstico, de uma vontade da esposa do presidente do Brasil. O jogo do bicho quase sempre fez parte da “cultura popular”; sempre tem um cassino clandestino sendo “estourado” pela Polícia Civil; bingo sempre foi atração de quermesse; jogos virtuais estão rolando, principalmente no exterior  e sendo amplamente divulgados aqui. Diariamente, vemos propagandas exibindo a palavra inglesa ‘ bet ’, que traduzida significa “aposta”. Esse exemplo escancara que essa atividade vem sendo explorada. A proposta de 1991 será, finalmente, votada, mas não passará porque o falso moralismo vencerá. Eu sou a favor porque a jogatina já rola solta. A falsa moralidade, portanto hipocrisia, impede, não sabemos por quais interesses,  essa volta. Os argumentos são fracos. Dizem que o crime organizado encontrará campo fértil para “trabalhar”. Se o crime

Não li, mas gostei 🔴

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  Sempre gostei de quem chegasse chutando a porta ou mandasse às favas o rigor do politicamente correto. Portanto, eu nunca fiquei cheio de pruridos quando conheci a figura chamada Olavo de Carvalho. Controverso, o velho filósofo, diferentemente de quando escrevia ou lecionava, usou uma linguagem rasteira (própria para a internet) para disseminar suas ideias para um grande público. Obteve êxito, atingindo mais discípulos de “A a Z” e tirando o estigma e a vergonha de uma direita calada pela “Espiral do Silêncio”. No caso dele, um filósofo provocador, vale a máxima: “Falem mal, mas falem de mim”. Deve ter rido e apontado quando almas apodrecidas comemoraram sua morte: Olha aí, não falei! Mesmo seus detratores discutiram como será o panorama brasileiro sem o pensador que vivia nos Estados Unidos. Os pretendidos médicos legistas correram celebrar Covid-19 como causa da morte. Erraram. Segundo o médico do negacionista, as principais causas foram insuficiência cardíaca, respiratória e

Pai, filho, tio, sobrinho, primo, padrinho, cunhado, amigo e Neto 🔵

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O clima de veraneio talvez fizesse a notícia passar batida. Nem as cervejas, nem a caipirinha deixaram aquela afirmação diluir-se no ambiente de “casa de praia”. Alguém disse: “O Neto tá na casa do Batata. Neto foi um dos melhores jogadores de futebol dos anos 80 e 90. Folgado, ele era do tipo boleiro, sem “mi-mi-mi”, estilo ‘ bad boy’, futebol raiz. O conceito do “politicamente correto” acho que nem existia. O Neto jogou no São Paulo, Palmeiras e Santos, mas foi ídolo do Corinthians. Agora, o Craque Neto, o boato se espalhou, estava ali. Nós, corintianos fanáticos e alcoolizados, mordemos a isca. Aquilo foi tão covarde quanto jogar um pedaço de carne envenenada a um vira-lata. Se isso era uma estratégia da mulherada para nos retirar da casa, estava surtindo efeito. Meu cunhado e eu fomos rapidamente capturados. O meu tio formou o trio disposto a encarar a estrada para conhecer o ídolo. Saímos com um clima de ceticismo no ar, como quem estava entrando numa jornada infrutífera.

O negacionista ♦️

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  Negacionista, este termo ganhou o ‘ status’ que já pertenceu a nazista, fascista, misógino, racista e qualquer palavras relacionadas a alguma minoria seguidas do sufixo “fobia”. Logo é tachado de negacionista quem fala o que não querem, tal qual as variações do comportamento subversivo. Carimbar em alguém quaisquer destes termos reducionistas encerra qualquer debate. Afinal, como discutir com um ser que, de início, é comparado a Hitler? Qual é a semelhança entre Novak Djokovic e Galileu Galilei? Ambos são ilustres negacionistas, cada um no seu tempo, arriscando bens de valores incomparáveis, e por motivos diferentes. O tenista se negou a vacinar-se e, automaticamente, apresentar o enganoso “passaporte sanitário”. Pela lógica, se o líquido, que é fácil e obrigatoriamente comercializado como panaceia, fosse eficaz, deveria representar segurança aos vacinados. O “novo normal” começou muito mal, já que separa cidadãos por classes (castas), segregando-os a acessos. Além de tudo, a e

Doses cavalares 🔵

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  Eu havia saído há pouco tempo do hospital, então ainda caminhava com muita dificuldade. Era um evento direcionado a enólogos e enófilos, no Jockey Club de São Paulo. O negócio seria “chique”, então não teria espaço para vexame. Sair de casa apenas para beber vinho: o normal, para mim, era uma adega antiga e um copo americano sujo com vinho de garrafão em cima de um barril velho. Minha irmã, meu cunhado e eu partimos para a Cidade Jardim. De início, o evento parecia algo criado para umas quatro classes sociais acima da minha. Mas, com a manifestação do teor alcoólico, descobri que o objetivo de quase todos era igual ao meu: encher a cara de graça. Bastava caminhar sem ansiedade, sacolejar o copo em círculos, enfiar o nariz, cheirar, fechar os olhos, imaginar-se na Europa, falar meia dúzia de palavras estranhas ( terroir , tanino, cepa...) e fingir conhecer a procedência do líquido. Assim, me disfarcei entre enólogos, sommeliers , enófilos e alcoólatras. Caminhando com dificuldad

Sei... ♦️

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  Tem um espertalhão solto. Talvez o termo “espertalhão” amenize a periculosidade do indivíduo. Acostumado a aplicar seus golpes no Nordeste (Ceará), enganando há muito tempo, de quatro em quatro anos ele expande sua conversinha fiada nacionalmente, agindo também na região Sudeste. Como muitos adultos nunca sucumbiram à sua lábia vazia, mas viperina, o malfeitor resolveu abordar jovens. Sua equipe — ele chama quadrilha de equipe — identificou o ambiente, os hábitos e a linguagem dos jovens e definiu a estratégia. O velhaco começou a frequentar podcasts , soltar alguns palavrões e arriscar comentários das artimanhas dos joguinhos de videogame. Assim, o larápio conquistou mentes e corações. Esse golpista chama-se Ciro Gomes e reaparece na versão “paz e amor”, querendo se dizer diferente de tudo o que aí está, praticamente a terceira via. O eterno candidato à Presidência é conhecido na praça como Cangaciro ou Tiro Gomes. Agora, as desavisadas vítimas o apelidaram de Ciro Games. Sim,

Banda podre 🔵

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  Vendo especiais e clipes de bandas de rock, o que mais me chamou a atenção foi o estilo de vida. No entanto, isso parecia uma realidade muito distante para quem, naquela época, não tocava sequer violão e vivia na periferia. Mas acabou acontecendo muito por acaso, inesperadamente. Certo sábado, fui direto do quartel para a garagem onde os incipientes músicos estavam produzindo um som que lembrava alguma música. Resolvi ficar, esperando descer o lanche da tarde. A refeição não aparecia, então peguei o microfone e gritei umas canções militares velhas de guerra, literalmente. Meio que fazendo galhofa, soltei uns grunhidos guturais. O estilo punk , com a farda verde-oliva e eu cantando hinos militares, podiam soar como protesto. Sem saber, acabara de realizar minha matrícula como vocalista da banda. Alguém, por falta de critério, achou aquilo legal. Não sei, mas aquela formação “coxinha” não merecia ser colocada em cima de um palco, faltava punch . Aquilo parecia mais uma boyband d

Tire o lacre

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  A doutrinação escolar não é teoria da conspiração, tampouco inofensiva. A ideologia que transforma Che Guevara num “cara legal”, despeja cabeças fraquíssimas nos departamentos de marketing . Um banco foi a mais conhecida vítima a receber esse “material contaminado”.  O “lacrador” departamento de propaganda do Bradesco resolveu ensinar o que os brasileiros devem comer. Na peça publicitária, três influencers dão algumas dicas — típicas de quem se preocupa, no máximo, com haters e deslikes —, dentre elas: diminuir o consumo de carne. Esta   recomendação gerou uma incompatibilidade de interesses, por isso uma série de protestos.  Detalhe: o setor agropecuário, grande investidor, não gostou nada das, por assim dizer, dicas.   As ideias foram disseminadas pública e nacionalmente, porém as desculpas circularam, privadamente, em nota. Após os protestos vieram os churrascos em frente às agências do Bradesco. O estrago já estava feito. Magazine Luiza, McDonald’s e Burger King  são exe

Festinha de aniversário, bolinho e lembrancinha 🔵

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  Fosse de qualquer um e em qualquer lugar, aniversário que fosse anunciado como “festinha” ou “bolinho” merecia como presente apenas uma “lembrancinha”. Porém, nos anos 80, nem um nem outro eram cumpridos. O diminutivo só era aplicado por falsa modéstia, por extremo cuidado ao falar ou para causar impacto devido às baixas expectativas. O fato é que os organizadores da tal “festinha” passavam dias preparando o evento que acontecia na casa toda. O resultado era, claro, sempre histórico. A única vez que me enganei, foi quando minha mãe anunciou o “bolinho”, usando os humildes diminutivos de praxe. Lógico, pensei que aquilo era a estratégia para surpreender os convidados. Esperando que a festa, bem como os regalos fossem inversamente proporcionais ao modesto aviso, aguardei a surpresa. Me enganei. Quando minha mãe começou a servir o “bolinho” para um bando de esfomeados (incluindo eu), maltrapilhos, depois de um dia inteiro na rua, vi que os diminutivos “festinha” e “bolinho” poder