🔵 A Praça do Pôr do Sol
Saindo da FNAC Pinheiros, cinco da tarde, no inverno o Sol se escondia às cinco e vinte. Sábado, só sairia umas dez da noite, então não custaria me infiltrar entre uma turma que abraça árvores e aplaude o pôr do sol. Não seria novidade, para quem passou a tarde entre uma “galerinha natureba” que acha que vai salvar o planeta e a si bebendo suco detox, usando canudo de papel, usando copo reutilizável, construindo móveis com madeira de reúso, armazenando água da chuva e reciclando lixo, mas queimando diesel. Para completar minha inserção no universo “esquerda de IPhone” e elevar meu ranking de “bichogrilisse” ao máximo, fugi, sem sucesso, das onipresentes “contações de histórias”. Eu fui à FNAC sabendo que de sábado era, infalivelmente, assim. A livraria ficava muito perto da Vila Madalena, portanto sabia onde eu estava pisando. Cheguei a pé à Praça Cel. Custódio Fernandes Pinheiro. Tá, Praça do Pôr do Sol, no Alto de Pinheiros. O lugar ganhou esse nome, porque é um dos raros l