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Mostrando postagens de setembro, 2022

Não seja leviano, candidato!

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  Ninguém senta no sofá esperando ouvir as propostas dos candidatos. Debate programático é um desastre: chuva de picanha, zerar o SPC... Sabendo que os políticos apenas repetem o que os marqueteiros ensaiam, o público espera duelos verbais. Desde que não haja ofensa familiar, alguém gaguejando ou sem resposta define um debate. Paulo Maluf, Leonel Brizola, Jânio Quadros, Franco Montoro, Orestes Quércia etc. Embates históricos, nos quais prevalecia a inteligência, mesmo com a intenção de destruir o adversário. Apesar de ficar óbvio que a rivalidade já era apenas diante das câmeras, portanto falsa, o diferencial era a cultura e a inteligência. O objetivo, aparente, dos debates é escolhermos gestores eficientes, aí a tarefa é subjetiva e difícil. Na verdade, todos querem um bom entretenimento no final do dia. Uma rinha entre humanos. Os confrontos verbais são onde fica mais patético e claro o “teatro das tesouras”. Patético, quando vemos os candidatos fingindo e quase rindo quando “ob

Arco do Futuro

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  O Arco do Futuro, o Fura-fila (sinônimo de estelionato eleitoral) de Fernando Haddad, elegeu o petista, prefeito de São Paulo em 2012. O Arco do Futuro, promessa de campanha, não existe. Haddad tenta, novamente, aplicar o golpe. Já tentou, sem sucesso, eleger-se prefeito (reeleição), presidente e, agora, governador. O postulante a quaisquer cargos públicos é um poste a ser evitado pelos paulistas. O “eixo de desenvolvimento” que ía “atrair empresas, estimular construções e melhorar o sistema viário” era o prometido, embora ainda inexistente, Arco do Futuro. O marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) inventou Fernando Haddad, como um tocador de obras visionário, atrás de uma maquete de uma São Paulo futurista, exercendo o papel de um candidato explicando como isso seria plausível nas suas mãos com o tal Arco. Foi de encher os olhos. O computador, competente, levantou prédios, plantou árvores e pavimentou ruas, tudo isso na, até então, infértil Marginal Tietê. Se o Haddad f

Um tapinha não dói

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  Lula parece ter um ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para chamar de seu. Tapinhas na cara, é com essa intimidade que Lula cumprimenta quem só aceita ser chamado de Vossa Excelência. Somente meu cachorro aceitaria tão bovinamente ser tratado assim sem revidar. O cão, mesmo com o gesto humilhante, ainda aplicaria algumas lambidas no meu rosto; o magistrado não se rebaixou nesse nível, mas entendeu o gesto como uma demonstração de poder e tranquilizou Lula: “Tá tudo em casa, tá tudo em casa...”. Com decisões prejudiciais ao principal adversário do petista, o ministro Benedito Gonçalves aceitou a ostentação de intimidade, demonstrando, assim, o grau de subserviência. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. O TSE, com a decisão do ministro de estimação do Lula, proibiu Jair Bolsonaro de usar as imagens do Sete de Setembro. O presidente também não pode utilizar imagens suas no discurso da ONU (Organização das Nações Unidas), entre brasileiros em Londres, entre populares e

Jornalistas em fúria

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  Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, assumiu a inveja ao reclamar da alta audiência da Jovem Pan News. A jornalista colabora com o recrudescimento da polarização quando divide e entende o Jornalismo como competição. Os algoritmos do YouTube sugerem os vídeos com maior audiência, por isso, a programação da Pan aparece entre as mais recomendadas. O programa “Os Pingos nos Is” ganhou o maior destaque simplesmente porque diz a verdade. A jornalista da Folha, Mônica Bergamo, sempre querendo controlar o mundo, reclamou da competência da concorrência, expondo tudo o que tem para disseminar. Jornalismo só concorre em competência, estranho é a moça tentando puxar o tapete da emissora paulistana. Contrariando o discurso antipolarização, a imprensa tem candidato e se incomoda com quem não segue a sua cartilha. A Jovem Pan, apesar de também ser imprensa, dá voz ao cidadão comum, representando-o; promove o real debate de ideias e diz a verdade. William Bonner (“Você não deve nada à Justi

Vergonha alheia

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  Os “Artistas” fizeram papel de bobos mais uma vez. Quando falo de “Artistas”, não me refiro à classe artística, mas a um clubinho desesperado pela volta dos “pixulecos” estatais. “Pixuleco” é aquele dinheirinho que surge independentemente da bilheteria. Ou seja, mesmo que o resultado seja ruim, e não atraia público, o faturamento é garantido. Não me parece que seja justo. Pois agora essa turminha resolveu sair da toca e, ignorando as pesquisas que apontam Lula (ladrão) vencendo as eleições quase no primeiro turno, implorar pro povão “virar o voto”. Mas... se as pesquisas mostram que o Lula (chefe da quadrilha) praticamente líquida a fatura, virar o voto pra quê? Erraram novamente na estética. A peça publicitária comunica com os “convertidos” de jurisdições como o Leblon (RJ) e Vila Madalena (SP). Talvez pra essa “tchurma” a encenação pareça “descolada”; para as pessoas reais, aquelas que não podem ficar em casa” (que vendem o almoço pra comprar a janta), tudo isso apenas causa

A praça é nossa

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  O ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, é o candidato do Bolsonaro ao Governo de São Paulo. Ser bolsonarista  não é credencial para ninguém. A legião bolsonarista não pensa assim. A turma fiel votará em quem o presidente indicar. Entretanto, mesmo assim, a probabilidade de erro é pequena. Assisti a um debate e algumas sabatinas e notei que a inteligência e a sinceridade são os   melhores preparos que alguém pode possuir para um debate. Isso evita cair em “pegadinhas”, perguntas “espinhosas” e, pior, ficar sem resposta. Uma sabatina chamou mais minha atenção pela “agressividade”: Estadão/FAAP, mediado por Eliane Cantanhêde. O candidato do Partido Republicanos possui ambas as qualidades, sendo que a sua inteligência emocional evita que altere o tom de voz: algo muito útil para enfrentar jornalistas que tentam atingir o presidente através dele. Eliane Cantanhêde evidenciou porque o Jornalismo precisa se reinventar. Quando a mediadora da sabatina (Estadão) ach

A voz rouca das ruas

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  As manifestações pacíficas não significam a aceitação de atos arbitrários. O que o  STF (Supremo Tribunal Federal) vem fazendo já passou há muito tempo do aceitável. Há muito tempo, perdeu o efeito (de “agora chega”) dizer que “esticaram a corda” ou “arrebentaram a corda”.  A dita elite deixou patente o que sempre foi latente, nossos governantes eram escolhidos por eles. O “voto de cabresto” era uma manipulação muito regional, coisa miúda. O direcionamento de votos é mais eficaz com pesquisas tendenciosas, telejornalismo tendencioso, jornais e revistas tendenciosos e STF e TSE muito tendenciosos. Eu até confiava nos resultados das urnas e sentia um inocente orgulho, perante o mundo, da agilidade na apuração. A desconfiança surgiu com a resistência dos ministros não querendo adotar medidas de transparência. Depois da contraofensiva do STF, lembrei-me da “sala secreta ” de onde surgiu, por exemplo, o ex-advogado do PT (Partido dos Trabalhadores), Dias Toffoli, anunciando Dilma Ro

🔵 A cidade oculta

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Quando se resolve voltar para casa de uma fria, tudo parece normal; se o trajeto for de madrugada, em São Paulo (Jardins até Guarulhos), quatro horas de caminhada, muitas cenas heterodoxas serão presenciadas. Aqueles que se esconderam durante o dia, encontram um ambiente favorável para exercerem suas bizarrices a céu aberto, longe de olhares horrorizados. É a fauna urbana. Pois bem, resolvi ir embora do ‘Armagedom’ (balada) de madrugada, porque percebi que aquela noite não iria render. O problema é que, àquela hora, não havia ônibus circulando. Embora distante, resolvi ir caminhando e ver diferentes aspectos da noite paulistana.  Cruzar a rua Augusta, quase toda, foi uma experiência antropológica. É sempre surpreendente como essa rua se transforma à noite. Chamarizes luminosos anunciam grandes e permissivas oportunidades de espantar a solidão urbana. Passei por alguns logradouros mais curtos e menos icônicos, contudo mais surpreendentes que a famosa rua onde o proibido se torna permiti

Os velhacos amigos

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  Lula e Alckmin são os mais novos melhores amigos de infância. Essa bela relação nasceu depois de mútuas ofensas e acusações de corrupção. Ou estavam mentindo, ou realmente se uniram, vá lá, pela democracia  Ficou famosa a frase do Alckmin: “Lula quer voltar à cena do crime”. Tem razão, só que agora revelando a estratégia das tesouras, unirá forças para dificultar o trabalho da polícia. A estratégia das tesouras consiste na constatação de que o PT (Partido dos Trabalhadores) e PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) sempre agiram em simbiose. Ou seja, travavam batalhas os velhacos amigos, mas alternavam-se no Poder. Eficaz nesse “teatro”, o PSDB conseguiu disfarçar-se de direita, capturando uma fatia (talvez a maioria) dos não representados por esta ideologia. Resumindo: o PSDB representou a direita permitida. Agora que a máscara teve que ser arrancada, Lula e Alckmin surgiram mais fracos, como se soubessem os pontos fracos um do outro (talvez saibam) e transparecessem

O Jornalismo que diz que na bandeira está escrito: Independência ou morte

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  A jornalista da CNN pensou que era um novo Augusto Nunes e resolveu comentar a megamanifestação do Bicentenário da Independência, só que se esqueceu de não passar vergonha e errou ao dizer o que está escrito na bandeira brasileira. Criticando Bolsonaro e nos “ensinando”, com toda a empáfia que os jornalistas doutrinados transparecem, ela disse: “Como nós sabemos, na bandeira está escrito Independência ou morte. A comentarista, demonstrando toda a sua militância, portanto zero imparcialidade, constatou que o presidente quis comparar as “primeiras-damas”. Para a esforçada correligionária mal disfarçada de jornalista a Janja já foi promovida a primeira-dama. Apesar de não haver reação no estúdio da emissora, a internet não perdoou e a opinião da CNN viralizou. Esse foi o resultado da pressa em criticar uma espantosa reunião pacífica, não fascista, de pessoas.  Afirmando que fazem um Jornalismo de credibilidade, já disseram que o Chile e o Equador não estão na América do Sul. É

O fim da imprensa como a conhecemos hoje

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  O que acontece com o Jornalismo que insiste em querer reportar algo diferente do que todos estão vendo? Pior, estão torcendo contra o país e tratando a preferência popular como uma escolha impensada. O que aconteceu no 7 de Setembro era para encher páginas e capas com fotografias e manchetes de espanto com o que se viu; no entanto, houve um “choro” generalizado, um clima de fim de Carnaval frustrado e uma infrutífera tentativa de distorção dos fatos. O Jornalismo virou uma “bolha”, na qual apenas uma opinião é unânime (devido a doutrinação escolar). Esse “clubinho” troca elogios rasgados e afasta-se do mundo real. O mau desta postura não é torcer descaradamente para um lado; pior é “pagar” de “isentão”, sendo que é visível a “esquerdice” patológica, a tendência “lacradora” e a sinalização de virtude. A total ausência de postura caracteriza-se pelas “opiniões”: nem esquerda, nem direita, veja bem... A nossa imprensa não se preocupou em disfarçar o descontentamento com o sucess

7 de Setembro

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  Alguns ficaram muito satisfeitos, outros demonizaram desde muito antes, mas os protestos do 7 de Setembro foram um sucesso. Barroso disse: “no 7 de Setembro, nós veremos o tamanho do fascismo”. Ele tinha razão. O recrudescimento dos atos arbitrários e inconstitucionais vindos do STF (Supremo Tribunal Federal) corroboram o vaticínio do ministro. Além de associar o fascismo aos futuros manifestantes, tentaram desencorajar as pessoas de ocupação das ruas, esvaziando e criando uma narrativa de enfraquecimento do apoio do Bolsonaro. Na verdade, as manchetes e as críticas já estavam prontas: se lotasse, saberíamos o “tamanho do fascismo” ou se fosse um fracasso, o apoio ao Bolsonaro teria se esvaziado. Teve quem jurou, brigando com as imagens, que havia sido um fracasso. Como as imagens não mentem, a falácia não prosperou. Algumas tentativas de sabotagem do 7 de Setembro: pré-acusar de fascista quem ousasse botar o pé nas ruas e adjetivar os protestos como golpistas; posicionar “sn

A fé move montanhas de votos

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  Está aberta a temporada de frequência aos templos religiosos por políticos. Em duas oportunidades, qualquer um apela pra Deus, mesmo não acreditando. Marcelo Freixo (PSB), postulante ao governo do Rio de Janeiro, largou na frente. O candidatíssimo foi “flagrado” rezando em uma igreja. A incompatibilidade está no fato dele ser a favor do aborto, da liberação das drogas, defende a bandidagem e é contra a polícia. Mesmo assim, Freixo carregou um fotógrafo para retratá-lo no melhor estilo “homem de fé” ou “Freixo paz e amor”. É do jogo. A pose do político foi fotografada no momento exato e o resultado é muito representativo: olhos fechados, mãos unidas e o número do candidato — talvez o mais importante. O clique só seria perfeito se caísse um raio divino, o personagem entrasse em combustão expontânea ou ele fosse atacado por uma nuvem de gafanhotos bíblica. Abraçar crianças, ir a um templo religioso, passear por uma feira livre, comer salgado e beber um cafezinho num bar são atividades q

🔵 Telefante

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  Para quem enfrentou um sorteio de consórcio de videocassete, encarar a fila para garantir uma linha telefônica num esperado plano de expansão não deveria ser tão cansativo. Ainda era madrugada, porém a fila estática já se revelava interminável. Os primeiros raios de sol só surgiram para clarear a roubada em que me enfiei. Eu estava com viagem marcada naquele dia. Querendo estar longe dali, meus pensamentos me transportaram para os telefones públicos (“orelhões”) e as fichas. Decidi, ficaria ali até adquirir a maldita linha, pois um telefone significava ascensão social. O Plano Real tornou a hiperinflação coisa do passado, o Windous 95 enterrou de vez a reserva de mercado, o aparelho de DVD mandou o videocassete para a obsolescência e os automóveis já não eram mais “carroças”. Contudo, o telefone ainda era item de luxo. Para poucos, um, hoje, simples telefone tinha que ser declarado no Imposto de Renda. Antes das facilidades do celular, o telefone de disco (discar) e o “orelhão” “queb

Melhores momentos

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  Simone Tebet e Soraya Thronicke são como atrizes coadjuvantes com alguma fala irrelevante. Dizem platitudes ou promessas inexequíveis. São aquele franco atirador que todo debate eleitoral é obrigado a colocar atrás de um púlpito. Como o Cabo Daciolo, Eduardo Jorge ou Plínio de Arruda Sampaio, são folclóricas, e não passam de opções para não anular o voto ou não votar em branco. A Simone Tebet promete coisas básicas e constitucionais como: fim da polarização e volta da democracia. A primeira promessa é assustadora ou impraticável, porque só se aplica numa ditadura e nunca por decreto.  A segunda promessa de campanha não atrai votos, porque não convence o “Seu José” ou a “Dona Maria”. Ninguém vai ao supermercado comprar meio quilo de democracia. Outra insignificância repetida por Tebet é o “blábláblá” feminista. Eu trabalhei numa empresa em que duas mulheres operavam empilhadeiras. Provavelmente, ganhavam, merecidamente, mais que eu e, em vez de ficarem com discursinho feminista, “