Funcionário do Mês
O comediante Paulo Vieira foi incumbido de alegrar a turma da Globo. Não precisava muito, quem estava no programa do Luciano Huck, teria que gargalhar. Isso fazia parte do trabalho. Não podemos esperar outra reação dos funcionários, onde os premiados como “Melhores do Ano” são apenas funcionários da casa. É, basicamente, uma festa de fim de ano da firma. O piadista escolheu um repertório sob medida para agradar os chefes e, consequentemente, a trupe global, que, “acima da espinha dorsal ereta” (caráter), tem o instinto de sobrevivência de manter o emprego. É compreensível. Paulo Vieira atendeu a claque — que, prudentemente, ria antes do início da piada. Porém, o humor televisivo está muito fraco. Os humoristas eram provocativos, sem freios e anárquicos. No entanto, hoje eles são panfletários, autocontrolados e procuram agradar ao patrão — agradar é muito diferente de fazer rir. O humorista reuniu, como por encomenda, temas que, sem erro, agradariam: falar mal do Luciano Hang (