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Marina e Madonna

  A vida era doce para Tedros Adhanom. Como diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS-ONU), a vida lhe sorria. Não precisava fazer mais nada, além de receitar ‘Dorflex’ sem receita. Mas veio a pandemia, e, no cargo da ONU, ele teve que liderar. Descobriu-se que o etíope sabia menos de Saúde que um balconista de farmácia. Marina Silva deu o mesmo azar. A vida era muito boa como um símbolo mundial do meio ambiente. Não precisava fazer nada, só se materializar de 4 em 4 anos e falar em “nanomísseis” e “irregularidades cósmicas”. As sumidades ecológicas, lógico, hipnotizadas pela aparição esquálida, aplaudiam quaisquer besteiras. Até no espetáculo da Madonna, Marina Silva foi exibida numa fotografia que estampava tudo que ela é: um símbolo. Algum assessor da cantora expôs o “kit lacração” que sempre foi recomendado para qualquer artista internacional se aproximar do país e seu público. O “kit” contém camisa da seleção brasileira, a frase “I love Brazil” e uma “opinião política” ex

🔵 Arcanjos, principados e potestades: uma batalha celestial silenciosa

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  A Igreja Adventista era praticamente uma fachada para o colégio particular. Quando eu passava em frente, via que o uniforme já exercia uma superioridade estética sobre a minha escola pública. Aquele depósito de gente, onde estudávamos nós, os pobres, mas limpinhos, era uma das últimas chances de escapar do analfabetismo brasileiro. Fui convidado para uma festa do colégio Adventista. Eu sabia que aquele território era muito diferente da minha escola municipal. Entretanto, fora a diferença social acentuada dos anos 80, acredito que não haveria mais que uma porção de crianças correndo no pátio e uns artigos importados, tipo relógio ‘G-Shock’ e tênis “da hora”. Chegando à tal festinha, conheci o Satã. Aquilo devia ser a abreviação do nome “Satanás”. Logo vi que a tentativa de deixar o nome menos assustador só podia ser para enganar os mais distraídos. Portanto, era necessário manter uma distância segura de alguém com aquele nome. Francamente, aquilo não poderia ser deste mundo.  Apesar d

Os esquerdistas invadem a América

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  O que faz, nos Estados Unidos, uma trupe que contém Eliziane Gama? Seria óbvio deduzir que eles erraram o caminho da ONU, da Venezuela ou de Cuba. Entretanto, o passeio escancara que sentiram o que vem por aí. O turismo à ‘Terra da Liberdade’ revelou um indisfarçável desespero. Os parlamentares da oposição fizeram bonito nos EUA. A turma do presidente não aguentou fingir que a denúncia da ‘Ditadura Lula’ não surtiu efeito. Embarcaram para o lugar que foram doutrinados a chamar de “império estadunidense”. Seria mais crível se fossem à Disney ou comprar muamba. O grupo de excursionistas foi basicamente reclamar o direito de descumprir leis e violar a Constituição. O “jus esperneandi” é um direito, mas essa galera fez isso encontrando a “Maria do Rosário, a Talíria Petrone, o Glauber Braga ou a Sâmia Bonfim” americanos. Mas não é só isso, o “bonde dos progressistas” encontrou o senador Bernie Sanders, um extremista de esquerda. Definitivamente, ninguém leva isso a sério. Essa excursão s

Atila, o rei dos energúmenos

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  De acordo com o que Umberto Eco disse, a internet permitiria que todos falassem, inclusive imbecis. É verdade. Porém, diversos talentos, que nunca seriam conhecidos, pois jamais alcançariam mídias tradicionais, passariam despercebidos.  Exemplificando o que o escritor italiano disse, eu cito Atila Iamarino. O influenciador, que não seria levado a sério numa mesa do ‘Bar da Rose’, virou cientista respeitado quando chutou que, no Brasil, morreriam 3 milhões de pessoas de Covid-19. O “youtuber” deve ter levado em consideração suas conclusões tiradas de um “laboratório químico infantil” ou deixou sua paixão política falar mais alto. O fato é que morreram pouco mais de 700 mil pessoas. O número é alto, mas muito distante do que o cientista maluco previu. Pois, Atila, o rei dos energúmenos voltou. Depois de um longo exílio — o bastante para esquecer que o que ele fala não deve ser levado a sério. Depois de fazer um intensivão com Miriam Leitão, ele reapareceu. Renovado, ele exibe sua técni

Os políticos fazendo a festa

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  No bom sentido, a festinha do “donatário” da “capitania hereditária” do Maranhão e ex-presidente, José Sarney, reuniu muitos políticos que, inocentemente, achávamos que eram inimigos. Randolfe Rodrigues proporcionou um beija-mão cinematográfico. A sabujice lembrou, automaticamente, uma reverência ao chefão da máfia Don Vito Corleone, porém era o “Coroné” do Maranhão, Sarney, outro propositor de “propostas irrecusáveis”.  As nababescas homenagens ao velho governador do Maranhão remeteram ao ‘Baile da Ilha Fiscal’, o último suspiro da monarquia. Quem sabe, as coincidências não parem por aí! De fato, essa festa e os estertores da realeza foram muito parecidos.  Talvez, Glauber Rocha tenha filmes menos assistidos pelo público e mais aclamados pela crítica. No entanto, não vou falar de ‘Deus e o diabo na terra do sol’, ‘Terra em transe’ ou ‘Barravento’, mas ‘Maranhão 66’. O título parece remeter a em longínquo e inesquecível verão no Nordeste, porém é um curta-metragem exaltação encomenda

Vestidos para matar de rir

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  Até que nível pode chegar a “obrigação” de pagar pedágio ideológico? No meio artístico é um suicídio profissional dizer algo que pareça “de direita”. Dependendo da “sorte”, as escolas, as universidades, as redações e outros territórios podem ser inóspitos para quem não rezar a cartilha “esquerdista”. Palavras-chave indicam a orientação política e se o incauto é um aliado ou uma potencial vítima. Se for detectado um direitista infiltrado, este será rotulado de coisas como: fascista, nazista, negacionista, terraplanista etc. Os xingamentos são tão profundos quanto chamar alguém de bobo, feio ou cara-de-melão.  Esse ambiente é responsável pela ocorrência de trotes universitários constrangedores e violentos. Entra-se nessa onda para fazer parte da turma e não ser afastado para um tipo de ostracismo. Com as possibilidades que a modernidade dispõe, o cancelamento é o instrumento mais rápido e eficaz de sufocar o que é vital para ter uma vida social: as redes sociais. Recentemente, muitas p

O Homem-Falência

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  Após um anúncio propositadamente esganiçado, gritado com irônica pompa e circunstância, um senhor adentra o estúdio. Com uma óbvia aparência de desempregado, o “Homem-Falência” não se preocupa mais com a barba (por fazer), o semblante (triste) e o paletó (amarrotado). Com seu andar lento, típico do desânimo trabalhista, ele abre uma maleta executiva, exibindo o nome da empresa falimentar. Ele é o novo personagem do programa Pânico. Queda do índice da Bolsa de Valores, corrupção, queda da arrecadação, prejuízos em estatais e escândalos em qualquer um dos três poderes não alteram o movimento das ruas. Ou seja, enquanto parece que o governo federal vai cair, as pessoas, alienadas dos acontecimentos e “sem tempo” para ideologia, seguem suas vidas. Portanto, números e notícias ruins não mobilizam a massa. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), muito ligeiro, maquia os números governamentais. Entretanto, quando a crise chega no supermercado, na feira-livre, no armário e