‘Você vai acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?”
A imprensa culpou o povo) pela polarização política (!?). No entanto, a imprensa, que não deveria fingir que não tem um lado, virou torcida. Com contorcionismo semântico e “duplos twists carpados” argumentativos, os informativos abusam de oxímoros caindo em contradição, talvez propositalmente, “desinformando e andando”. É aí que surgem: “despiora; é alto, mas está baixo; acertou, apesar de ter errado; o cenário econômico não é desastroso. Mas também não é muito bom; a Selic pode subir, cair ou ficar parada”; e “pode fechar 2023 em recessão, mas isso pode não ser o fim do mundo”. Essas pérolas poderiam ser encontradas num jornal de bairro, no entanto enfeitam as primeiras páginas de jornais consagrados. Estão escrevendo sério de um modo que parece brincadeira: tá ruim, mas tá bom; e começa assim, mas depois piora. Esse “é, mas não é” ocorre pela urgência de dizer que as coisas não são como parecem; ou seja: o bom tem que parecer ruim ou o ruim tem que parecer bo