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Mostrando postagens de 2020

O Clarividente ⚫️

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  É fácil fazer a previsão de qualquer ano. Basta dizer coisas genéricas, que acontecem todos os anos ou apenas prever, porque ninguém confere depois.  Esse ano o mundo acabará, para não perder o costume. Não posso precisar que dia, pois a Wikipédia sonega esta informação. Um cantor famoso vai morrer, um apresentador também. Essas elucubrações são muito vagas: o cantor e o apresentador são certezas, todos os anos perecem ambos. Valem aqueles que fizeram sucesso apenas nos anos 60. E se o mundo não acabar, é só atribuir a maldição a alguma civilização perdida. Não falha, quem vive de previsão afeta ares místicos, faz um olhar de quem vê o seu futuro - que pessoas comuns não conseguem antever - e, depois, fogem para Miami ou Acapulco. No Viaduto do Chá, sempre havia inúmeros “videntes”, camuflados em sombrinhas (fingindo alguma discrição), com baralhos ciganos e peneiras com búzios. Começaram a surgir barraquinhas, que nem outros clarividentes conseguiam adivinhar o que acontecia lá dent

Polícia e ladrão

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André Oliveira Macedo, o André do Rap, saiu só com a roupa do corpo da Penitenciária II de Presidente Venceslau, na região oeste do Estado. Acusado de chefiar o tráfico de drogas, foi solto no dia 10 de outubro de 2020, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. O bandido deveria ir para o Guarujá. É claro que ele não faria isso. Todos sabiam disso. Numa canetada, o juiz do STF ajudou um dos chefes do PCC numa das fugas mais fáceis de todos os tempos.  Alguém suspeita que um sujeito como o André do Rap ficaria comportadinho, aguardando a terceira instância para voltar à prisão; tomará rumo na vida, arranjando um emprego decente, quem sabe no McDonald’s, ou prestará concurso para o Banco do Brasil ou para a Petrobras. Acho que não. Pois é, usando o bom senso, André achou a vida muito curta para passar trancafiado e resolveu não retornar. A consciência deve ter pesado, mas ele partiu, talvez para o Paraguai.  Agora, a Polícia terá que recapturar o chefão? Vai.

Retrospectiva 2020 ⚫️

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  Se tem uma coisa que é muito chata e que se repete todos os finais de ano, é a retrospectiva. Tem também o Especial Roberto Carlos. Essa retrospectiva será do tipo “fique em casa”, ou seja, não acontecerá quase nada. A melhor coisa a se fazer em dezembro ou janeiro, é rever algum “vidente” de desgraças. Como era a falecida Mãe Dináh, cujo nome virou sinônimo de vidente picareta. Praticamente certas, são as previsões previsíveis: esse ano morrerá um artista, um político. Vasculhei uns vídeos de 2020, não achei o acontecimento grandioso e óbvio dessa temporada: a covid-19, o coronavírus, a pandemia, a hidroxicloroquina, o “fique em casa”, o “use máscara” e as vacinas (russa, chinesa, inglesa, alemã, americana). Bastava ler qualquer jornal! Antevisões baseadas em precisas análises técnicas me fazem pensar: porque o vidente não quis ser um cientista político, analista financeiro, técnico de futebol ou jornalista (comentarista)? Certo ano de Copa do Mundo, eu vi a Mãe Dináh “prever” o que

Espiral do silêncio

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  Esta semana morreu Paulo César dos Santos. Quem? Paulinho. Quem? O principal vocalista do Roupa Nova. Agora ficou fácil. O Paulinho, embora revezasse com o Serginho, era a principal voz do grupo. Ou melhor, a voz do grupo. Eu não quero cansá-lo citando sucessos no rádio, em novelas e na memória afetiva, na voz dele, nem canções que embalaram relacionamentos. O Roupa Nova é a banda que a maioria dos roqueiros esconde que gosta. Quase todas as, ótimas, músicas são melosas, falam de amor. Confessar que gosta do grupo, só depois de muitas cervejas, afinal os caras são excelentes músicos. Já para a namorada, pega super bem e até conta pontos, a confissão. Esse receio de expor algo que curte, se torna um axioma tácito. Ou seja, todo mundo curte, mas ninguém fala. O nome desse fenômeno: espiral do silêncio. Um exemplo claro disso, é quando o professor abre um espaço para dúvidas, e vários alunos deixam de perguntar, com vergonha, achando que a sua dúvida é tola. À espiral do silêncio mantev

Rodrigo Maia nunca mais

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  Rodrigo Maia é uma trava para o desenvolvimento do Brasil. O sujeito não queria sair da cadeira, “largar o osso”, deixar o cargo de presidente da Câmara dos Deputados, como se isso fosse uma demanda popular. Ele acha que acreditam nele: que a harmonia entre os Poderes só é possível com a presença dele. O presunçoso Rodrigo “Botafogo” Maia esperou a inconstitucional decisão de reeleição chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). O STF é o “guardião” da Constituição, como a proposta era inconstitucional e não cabia interpretação, o Tribunal negou, apesar do claro objetivo de “rasgar” a Carta. O, até fevereiro, presidente da Câmara resolveu dizer que não seria candidato. Sei... É o famoso: eu não queria mesmo. Rodrigo “Nhonho” Maia estava muito mal acostumado sendo alguém importante na República. Importância atribuída ao cargo, herdada por ele. Voltará a ser apenas mais um dos 513 deputados, talvez diluído no Centrão, de onde nunca deveria ter saído. É bem verdade que continuará confabul

Ócio criativo

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  Eu também gostaria de ganhar sem fazer nada ou “matar” uma cerveja geladinha na “faixa”. Alguns falsos poetas tiveram essa ideia e viram em mim alguém com o perfil de quem curte esse tipo de arte ou apenas uma vítima em potencial com algum dinheiro.  Apesar de ter frequentado muito a Vila Madalena, não sou um consumidor de poesias, nem tenho o aspecto desse tipinho. O que me sobrou foi o figurino de vítima perfeita. Dinheiro: talvez eu tivesse o suficiente para arrematar alguns sonetos. Quem sabe, o poeta insone aplicava a seguinte estratégia: um casal é venda certa, porque ele sempre irá adquirir um poema para ela, mesmo que ruim, fingindo ter a “cabeça aberta”. Justamente na Vila Madalena, um suposto poeta, talvez em crise criativa ou com depressão, apareceu trajando um pijama infantil, com gorrinho e tudo. Eu, sério, fiquei examinado aquela cena, incrédulo. Aquilo era algo inusitado, mesmo para os padrões da Vila Madalena. O sujeito se apresentou como poeta. Ali é um bairro boêmio

Tiro no pé

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  Ele foi elevado a herói, com direito a boneco. Capa de revista, homem do ano, convidado para um punhado de entrevistas, bajulado e aplaudido por onde passava. Sua esposa, Rosângela Moro, se divertia no Twitter. Este era o céu. Sérgio Moro foi convidado e, apesar de discordar da pauta do Bolsonaro, largou a carreira na Magistratura e embarcou no governo. Como ministro da Justiça, fez vistas grossas para verdadeiros abusos contra cidadãos, durante a pandemia. Justamente no meio da tal pandemia, saiu do governo. A partir desse momento, ele se revelou um verdadeiro vilão. Saiu do governo atirando. Convocou a imprensa (inimiga) para uma coletiva, deu entrevista para a Globo (muito inimiga) e acusou (sem provas) o presidente de interferir na Polícia Federal. A partir daí, a imagem do Moro só se desgastou. Estranhamente, como o Cavalo-de-Tróia, o ex-ministro já infiltrara-se com a intenção de pegar Bolsonaro no pulo. Brasileiro não tolera traidor, e o histórico dele já era o suficiente para

Corretor Politicamente Correto

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  A linguagem neutra já parecia loucura suficiente para ilustrar dias de pandemia. Para quem não sabe ainda, linguagem neutra é aquela estupidez que pretende transformar um dialeto de “tribo” urbana em linguagem universal. Passando por cima de linguistas! É como se eu instituísse a língua do “P”. A operadora de telecomunicações Tim resolveu, falsamente, sinalizar virtude e lançou um programa... err... bem... você verá. “Tim lança teclado com alerta sobre palavras preconceituosas e sugestões para substituí-las” e “Tim vai lançar teclado com corretor para palavras racistas”: palavras preconceituosas e racistas. Como se já não fosse difícil domesticar as pessoas, as palavras ganharam vida e estão nos ofendendo! “TIM cria aplicativo para teclado consciente contra preconceito”. Essa manchete do jornal Correio Brasiliense é sensacional. Quem sabe, numa sociedade ideal e futurista, os humanos serão como os teclados: apesar de periféricos, conscientes contra o preconceito! A Tim deve estar pre

TV feita a mão ⚫️

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  São programas produzidos com cenários parecidos com algo vindo do submundo da 25 de Março ou do Brás. São confeccionados com tecidos vagabundos e papelão, presos com cola quente, lona plástica e fita crepe. Essas obras-primas do entretenimento são levadas ao ar a duras penas e orçamento restrito. Eu falo dos programas de baixíssimo orçamento. Daltro Cavalheiro “Rei da Madrugada”, programa Alegria Alegria “o programa mais alegre do Brasil”, de enorme audiência (para o horário), era um ícone trash . Quem assistia a isso, acredito, era quem chegava em casa de madrugada e ligava a televisão para se divertir com o que de pior podia ser encontrado nesse horário, estava fazendo a refeição da madrugada ou se encontrava à beira do suicídio. Eu assistia a isso, saboreando um pedaço de pizza fria ou outra coisa.  Daltro tinha um carisma e voz de “locutor de notas de escolas de samba”. Ali, desfilavam músicos ruins, dançarinas com baixa autoestima lá em cima, jurados com baixa credibilidad

Seus problemas acabaram

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  No desespero para vencer as eleições, candidatos perdem a vergonha e mentem descaradamente. Prometem obras inexequíveis, seja por falta de recursos, falta de lógica ou inocuidade. Quem não se lembra de Celso Pitta e seu Fura-Fila. A promessa, com o nome do célebre subterfúgio usado por apressadinhos, era uma falácia eleitoreira, anunciada como “a solução para todos os seus problemas”. Na verdade, o Fura-Fila tratava-se de um veículo leve sobre pneus (VLP) que, na gestão Pitta, não saiu do papel e da propaganda. Paulo Maluf vaticinou: “Se Pitta não for um bom prefeito nunca mais vote em mim”. Celso Pitta foi péssimo e o paulistano nunca mais elegeu o “Doutor Paulo” prefeito, como ele pediu. Fernando Haddad, em 2012, inventou um futurístico “Arco do Futuro”. A criação era um anel viário urbano que ligaria as principais vias da cidade. A magia e tecnologia das peças publicitárias davam a impressão que o petista controlava a cidade, e o tal arco revolucionaria o deslocamento urba

Carrefour

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  O Carrefour reincidiu. Parece que os supermercados dessa marca são onde as coisas acontecem. Os recentes acontecimentos são: o espancamento até a morte do cachorro “Manchinha”, um cadáver no corredor, escondido com guarda-sóis abertos e, quinta-feira, 19, a morte, provavelmente por asfixia, depois de espancamento, de um cliente.  O cliente morto era negro. Não se sabe ainda se houve racismo no caso. A delegada responsável diz que não. Como o dia seguinte era o Dia da Consciência Negra, os de sempre,  para sinalizar virtude, correram para o Twitter julgar o caso e dar o ar da graça, para mostrar ao resto da Humanidade que são “seres ascensionados”. Com essa motivação, estava claro que ladrões e vândalos sairiam às ruas, fingindo protestar por uma suposta causa nobre. Depois, levantaram uma fantasiosa bandeira racial e  emularam  a onda de saques, espancamentos e quebradeira geral, chamada Black Lives Matter , nomeando oportunamente o cliente morto de “George Floyd brasileiro”. Os fals

Futebol “du bom” 🔵

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  O dia não era ideal para eu pedir para ir ao Pacaembu. Corinthians e Botafogo de Ribeirão Preto, o jogo deveria ser fácil. Mas o clima não estava favorável para mim, que, com 12 anos, estava levando uma bronca histórica por cabular aulas, ter péssimas notas e estar quase perdendo o ano escolar.  Meu cunhado ainda era considerado quase uma visita, no entanto, presenciava o tal sermão inesquecível. Isso já era muito melhor que qualquer partida de futebol. Só mesmo um acontecimento mais inesquecível para suplantar aquilo. O jogo foi excelente, sem sofrimento. Entretanto, um maluco resolveu acender um baita cigarro (proibido para menores e maiores) perto de mim. A brisa me alimentou (em todos os sentidos) e o efeito bateu em mim. Os gols foram saindo, o sujeito doidão rindo à toa e comemorando com um pequeno intervalo de tempo e eu vomitando, de modo que abriu uma clareira na arquibancada. Se, na televisão, apareceram dois torcedores naquele ponto da arquibancada, eram o “nóia” e eu. O f

Pandemia Eleitoral

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  Este ano, definitivamente, não deu certo, sobretudo, eleitoralmente. Os Estados Unidos da América (EUA), com um sistema confuso (mas justo), fez uma lambança digna de republiqueta de bananas; o Brasil, apesar do enrosco na apuração, usa o que há de melhor no mercado tecnológico, quando o objetivo é prejudicar o cidadão comum. Exemplos não faltam: Imposto de Renda, impostos em geral, multas, taxas bancárias etc. As eleições nos EUA foram um portfólio de fraudes e, acredito, ainda estão apurando; no Brasil, já que o assalto é garantido, que seja rápido como sugere o nome da modalidade “sequestro relâmpago”. Aqui, como diziam os Novos Baianos: “tudo é tão rápido como se furta”.  Essa nossa parada na apuração, providencial, como aquela dos norte-americanos, me fez crer no que viria depois: apareceriam pilhas de cédulas favorecendo Joe Biden, até Ulisses Guimarães votaria nele. Quando, milagrosamente, o “sistema” (a culpa é sempre dele) voltasse, o candidato democrata já estaria vencendo

O Jogo 🔵

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  Corinthians e São Paulo, interior do estado. Lugar tranquilo para uma cerveja bem gelada e Timão campeão. Meu cunhado, também corintiano, conhecia um lugar sossegado e legal. Para quem saiu de Guarulhos, qualquer lugar nesse mundão de meu Deus poderia ser mais seguro. Não foi bem assim. O barzinho estava lotado de são-paulinos, isso foi o suficiente para me deixar pilhado. Mas tudo estava tranquilo, afinal o jogo ainda não havia começado. Foi quando covardemente fui atingido por uma tampinha de garrafa. Eu tinha que contar até dez. Mas um curto-circuito na minha mente permitiu que eu raciocinasse durante uns dois segundos e esquecesse de contar. Na Grande São Paulo, a sobrevivência me ensinou a tática do chihuahua: fazer muito barulho para intimidar o oponente, independente do tamanho. Foi o que fiz. Eu levantei gritando e fui virando para ver quem havia ousado arremessar aquela ameaçadora tampinha de garrafa. O bar parou, e acho que naquele momento eu fiquei conhecido em terras dist

I see dead people voting

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  Nisso, que apelidaram de eleições norte-americanas, vale tudo. As autoridades eleitorais fingiram que o processo foi um sucesso; o povo pró-Biden não dando importância à bagunça; a imprensa, dispensando o discurso da imparcialidade, se apressando em comemorar a vitória, como se fosse também da imprensa. E é. A imprensa dos Estados Unidos da América (EUA) e as empresas Facebook e Twitter fizeram grande esforço para “abafar” (esconder) ou minimizar, pelo menos até as eleições, o escândalo Hunter Biden (filho de Joe Biden). O jornalismo fez “vistas grossas” para as evidências de fraudes que favoreceram o candidato do Partido Democrata. Depois, não conseguiu disfarçar sua preferência, e torcida, no que chamou de “nossa vitória”. Há uma força-tarefa nebulosa para tachar Trump como um maluco alaranjado que não aceita a derrota. Ele é apenas alaranjado. De resto, eu vejo alguém indignado com fraudes continentais. Já sei, o Donald Trump deve ser um sujeito intragável. Além disso, ele deve le

Zona eleitoral americana

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  Os Estados Unidos deram um exemplo de como não se fazer eleições. Se isso ocorresse aqui, alguém logo diria: tinha que ser Brasil. Queria ver se fosse nos EUA. O esquema de delegados estaduais é bem justo, mas o sistema de preenchimento e entrega de cédulas é bem confuso e abre brechas para fraudes.  Aqui, em 2014, Aécio Neves ganhava a disputa para a Presidência de Dilma Roussef. De repente, por causa do fuso horário do Acre, tudo parou e, estranhamente, saiu de uma salinha Dias Toffoli com o resultado. O ex-advogado do PT, ministro do Superior Tribunal Federal (STF) e, naquele momento, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exibiu, contente, o resultado das eleições: Dilma era a nova presidente. Nos EUA, quando Donald Trump liderava (contrariando muitos interesses), - como tivesse entrado um João Kleber, gritando: para! para! para! - pararam as apurações. Quando as contagens voltaram, como mágica, Joe Biden iniciou uma reação rumo à vitória. Vitória que, segundo a manifest