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Mostrando postagens de maio, 2024

Feiquinius

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  A expressão “fake news” já gastou, não tem mais efeito. O anglicismo significa “notícias falsas”, mas geralmente é usado em casos que não são notícias, nem falsas.  A expressão é sacada como um coringa ou um “Super Trunfo” para descredibilizar o que não interessa que seja dito: geralmente, por ser uma opinião contrária, desmascarando uma narrativa oficial. Essa estratégia de monopolizar a narrativa e perseguir quem ousa contestar o governo é uma “herança” da União Soviética.  “Fake news” e ‘Rock in Rio’ são marcas; como marcas, cumprem sua função. Então “fake news” não precisa ser notícia nem falsa, e ‘Rock in Rio’ pode ser em Lisboa ou qualquer outro lugar do mundo, nem ter rock. A “Rede Globo” esperou o “produto” Madonna deixar o país para “vender” um outro “produto”: a inundação do Rio Grande do Sul. Inicialmente, a emissora só faria uma espécie de assessoria de imprensa, reportando a logística governamental. Mas as imagens e a força da internet têm uma capilaridade jamais vista e

🔵 A mansão dos mortos

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  Não vi mau agouro ao entrar naquele lugar, ainda mais porque aquele endereço me igualava aos quatrocentões paulistanos. Onde mais o Conde Francesco Matarazzo ficaria a meus pés? Subindo a rua da Consolação, resolvi levá-la para ver as obras de arte que estavam expostas gratuitamente nos túmulos do Cemitério da Consolação. Sabia que ela aceitaria, pois os mausoléus da antiga elite paulistana eram objetos de estudos de universitários e curiosos. Se não fosse durante o dia, a incursão seria facilmente confundida com um passeio gótico, pois a atmosfera fantasmagórica, o visual mórbido e o silêncio assustador inspiravam mais a reflexão depressiva que a contemplação das artes tumulares. Pois bem, cercados por obras de artistas famosos e cadáveres, começamos a “ziguezaguear” túmulos, mausoléus e lápides. Como esperado, os mais famosos foram sepultados onde havia capelas ou anjos. Até na morte, havia aristocracia e ostentação. Aquele evento, logicamente, apenas satisfazia uma curiosid

Tem um cavalo no telhado

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  Sim, vidas humanas são mais importantes, mas, francamente, é impressionante ver um cavalo, cercado de água por todos os lados, se equilibrando no teto de uma casa. Essa imagem, embora haja casos muito mais dramáticos, ilustra a proporção da tragédia. Se não houvesse uma fotografia, ao dizer que havia um cavalo em cima de uma casa, qualquer um seria acusado daquela expressão da moda: “fake news”. Se bem que, em tempos de inteligência artificial, isso poderia ser uma “deepfake”. “Fake News”: só aceite as originais. “Fake news” de grife vêm acompanhadas de um “Desculpe a nossa falha”, lógico, no dia seguinte ou no fim do jornal, ou seja, após alguma repercussão. Quando os checadores de notícias falsas e o “Ministério da Verdade” espalham as ditas “fake news” e só corrigem a oposição, fica evidente a perseguição. O equino não deveria estar sobre a casa, mas todos sabem como ele foi parar lá. Lula também, não deveria estar “lá”, porém todos fingem que ignoram sua trajetória. Lula refletiu

Marina e Madonna

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  A vida era doce para Tedros Adhanom. Como diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS-ONU), a vida lhe sorria. Não precisava fazer mais nada, além de receitar ‘Dorflex’ sem receita. Mas veio a pandemia, e, no cargo da ONU, ele teve que liderar. Descobriu-se que o etíope sabia menos de Saúde que um balconista de farmácia. Marina Silva deu o mesmo azar. A vida era muito boa como um símbolo mundial do meio ambiente. Não precisava fazer nada, só se materializar de 4 em 4 anos e falar em “nanomísseis” e “irregularidades cósmicas”. As sumidades ecológicas, lógico, hipnotizadas pela aparição esquálida, aplaudiam quaisquer besteiras. Até no espetáculo da Madonna, Marina Silva foi exibida numa fotografia que estampava tudo que ela é: um símbolo. Algum assessor da cantora expôs o “kit lacração” que sempre foi recomendado para qualquer artista internacional se aproximar do país e seu público. O “kit” contém camisa da seleção brasileira, a frase “I love Brazil” e uma “opinião política” ex

🔵 Arcanjos, principados e potestades: uma batalha celestial silenciosa

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  A Igreja Adventista era praticamente uma fachada para o colégio particular. Quando eu passava em frente, via que o uniforme já exercia uma superioridade estética sobre a minha escola pública. Aquele depósito de gente, onde estudávamos nós, os pobres, mas limpinhos, era uma das últimas chances de escapar do analfabetismo brasileiro. Fui convidado para uma festa do colégio Adventista. Eu sabia que aquele território era muito diferente da minha escola municipal. Entretanto, fora a diferença social acentuada dos anos 80, acredito que não haveria mais que uma porção de crianças correndo no pátio e uns artigos importados, tipo relógio ‘G-Shock’ e tênis “da hora”. Chegando à tal festinha, conheci o Satã. Aquilo devia ser a abreviação do nome “Satanás”. Logo vi que a tentativa de deixar o nome menos assustador só podia ser para enganar os mais distraídos. Portanto, era necessário manter uma distância segura de alguém com aquele nome. Francamente, aquilo não poderia ser deste mundo.  Apesar d

Os esquerdistas invadem a América

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  O que faz, nos Estados Unidos, uma trupe que contém Eliziane Gama? Seria óbvio deduzir que eles erraram o caminho da ONU, da Venezuela ou de Cuba. Entretanto, o passeio escancara que sentiram o que vem por aí. O turismo à ‘Terra da Liberdade’ revelou um indisfarçável desespero. Os parlamentares da oposição fizeram bonito nos EUA. A turma do presidente não aguentou fingir que a denúncia da ‘Ditadura Lula’ não surtiu efeito. Embarcaram para o lugar que foram doutrinados a chamar de “império estadunidense”. Seria mais crível se fossem à Disney ou comprar muamba. O grupo de excursionistas foi basicamente reclamar o direito de descumprir leis e violar a Constituição. O “jus esperneandi” é um direito, mas essa galera fez isso encontrando a “Maria do Rosário, a Talíria Petrone, o Glauber Braga ou a Sâmia Bonfim” americanos. Mas não é só isso, o “bonde dos progressistas” encontrou o senador Bernie Sanders, um extremista de esquerda. Definitivamente, ninguém leva isso a sério. Essa excursão s

Atila, o rei dos energúmenos

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  De acordo com o que Umberto Eco disse, a internet permitiria que todos falassem, inclusive imbecis. É verdade. Porém, diversos talentos, que nunca seriam conhecidos, pois jamais alcançariam mídias tradicionais, passariam despercebidos.  Exemplificando o que o escritor italiano disse, eu cito Atila Iamarino. O influenciador, que não seria levado a sério numa mesa do ‘Bar da Rose’, virou cientista respeitado quando chutou que, no Brasil, morreriam 3 milhões de pessoas de Covid-19. O “youtuber” deve ter levado em consideração suas conclusões tiradas de um “laboratório químico infantil” ou deixou sua paixão política falar mais alto. O fato é que morreram pouco mais de 700 mil pessoas. O número é alto, mas muito distante do que o cientista maluco previu. Pois, Atila, o rei dos energúmenos voltou. Depois de um longo exílio — o bastante para esquecer que o que ele fala não deve ser levado a sério. Depois de fazer um intensivão com Miriam Leitão, ele reapareceu. Renovado, ele exibe sua técni

Os políticos fazendo a festa

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  No bom sentido, a festinha do “donatário” da “capitania hereditária” do Maranhão e ex-presidente, José Sarney, reuniu muitos políticos que, inocentemente, achávamos que eram inimigos. Randolfe Rodrigues proporcionou um beija-mão cinematográfico. A sabujice lembrou, automaticamente, uma reverência ao chefão da máfia Don Vito Corleone, porém era o “Coroné” do Maranhão, Sarney, outro propositor de “propostas irrecusáveis”.  As nababescas homenagens ao velho governador do Maranhão remeteram ao ‘Baile da Ilha Fiscal’, o último suspiro da monarquia. Quem sabe, as coincidências não parem por aí! De fato, essa festa e os estertores da realeza foram muito parecidos.  Talvez, Glauber Rocha tenha filmes menos assistidos pelo público e mais aclamados pela crítica. No entanto, não vou falar de ‘Deus e o diabo na terra do sol’, ‘Terra em transe’ ou ‘Barravento’, mas ‘Maranhão 66’. O título parece remeter a em longínquo e inesquecível verão no Nordeste, porém é um curta-metragem exaltação encomenda