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Mostrando postagens de outubro, 2022

No dia seguinte...

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  Amanheceu chovendo muito! Mas ainda não caiu nem acém do céu. Prometeram um Brasil pacificado, despolarizado e democrático. Não é isso que estou vendo e, pelo jeito, isso não vai acontecer. Apesar de tudo, deram um jeitinho brasileiro nas eleições. Bolsonaro recebeu discursos cheios de rancor, ameaças de morte e xingamentos (inclusive charlatão e canibal!). Com o esgotamento do dicionário de impropérios, restará chamá-lo de feio, bobo e cara de melão. Tudo e todos contra, por quê? Como o Lula venceu, nós veremos quem se beneficiou e quem ficará com o ônus; afinal, não é todo mundo que pode se refugiar em Paris.  Mesmo assim, é assustador que o discurso anacrônico de “pai dos pobres” ainda “encante serpentes”. As promessas vazias de “ser feliz” e “chuva de picanha” soem como música, em vez de “teto de gastos”, “Independência do Banco Central”ou “responsabilidade fiscal”. O PT (Partido dos Trabalhadores), inteligentemente, relegou estes “palavrões” a coisa de “neoliberal”. Mas q

Brasil para Lula

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  O MPE (Ministério Público Eleitoral) de Goiás pediu investigação de adega que “cometia” a promoção de vinhos a R$ 22. A caneta da lei agiu para não impedir a propaganda irregular de Bolsonaro. A ironia me obriga a inferir que a garrafa não estava em oferta adequada; o ideal, para a Justiça seria comercializar a bebida por R$ 13. “Ridendo castigat mores” (rindo se corrigem os costumes). De tão ridícula e absurda, a medida encorajou uma chuva de “promoções” provocativas. Exemplo: automóvel a R$ 222.222,22.  Até 2:22 da tarde. Tem, também, o fusquinha de velho que ficou nacionalmente conhecido. Por que? Porque foi envelopado com a propaganda de Bolsonaro. A sensação se confirmou: todos que se opuseram ao Capitão, fizeram uma propaganda involuntária. Toda vez que impetravam um pedido insano e determinavam uma arbitrariedade, eu imaginava uma transferência de votos em massa. Se não for para evitar a lembrança do número do candidato, eu não consigo imaginar alguém decidindo a escolh

A bruxa está solta

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  Vendo a realidade (quem quer ver) é óbvio qual é o candidato que ganha a eleição para a Presidência da República. Entretanto, como existe muita força contrária, lamento, mas é muito difícil. Forças terríveis estão à solta. Consórcio de jornalistas, políticos e instituições com abstinência de cargos e verbas.  Incrivelmente, populares estão torcendo pelo “establishment” que sempre quis o brasileiro alienado com os mantras paralisantes: Brasil, o país do futuro e Brasil, o país do futebol. Desmonetização, pesquisas “errando” intenções de votos, censura prévia, muitas inserções políticas boicotadas nas rádios do Norte e Nordeste, números artificialmente inflados no podcast Flow (fraude reconhecida pelo dono do Flow) etc. A palavra “higidez” foi repetida, pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), quase como um mantra. A insistência em defender o processo eleitoral, apesar dos acontecimentos, já despertou a desconfiança. Foram muitas movimentações escusas e obscuras. Tudo

Deu no New York Times

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  Por onde passa, ficando um certo tempo, Alexandre de Moraes contamina o ambiente. No STF (Supremo Tribunal Federal) foi assim. De repente, ministros começaram a mudar de opinião, caindo, inclusive, em contradição. Ainda não sabemos a influência que força mudanças de votos. Quando foi presidir o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), deixou um rastro de autoritarismo e levou a mão pesada para o processo eleitoral. Cármem Lúcia deu um nó no próprio cérebro e no de quem tentou compreendê-la, ao refutar qualquer tipo de censura e, depois, corroborar uma decisão censora. Com uma conjunção adversativa (mas), ela deu um “duplo twist carpado” e pronunciou um voto vergonhoso para quem se diz ser contra a censura. Temos a relativização da censura. Proibição, “só até achatar a curva”. Sei... New York Times e Wall Street Journal noticiaram o que brasileiros insistem em negar, se acovardam em admitir ou simplesmente ignoram. NYT: “Alexandre de Moraes é o homem que decide o que pode ser dito on-l

O Mensalão, o Petrolão e o fujão

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  Lula tinha compromisso mais importante que dar satisfação por que quer voltar à... Presidência da República. Jair Bolsonaro, que não foi neutralizado neste ano, compareceu. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) transferiu para Lula um latifúndio de inserções na televisão. Entretanto, caiu no colo do candidato à reeleição uma sabatina que era para ser um debate. O “pool” de imprensa que sabatinou Bolsonaro “pegou leve”. Não poderia ser diferente, já que a simples presença do morador do Palácio da Alvorada garantiria uma ótima audiência. Mas ele “deitou e rolou”. Fez da sabatina seu “cercadinho” no SBT; fez propaganda do seu governo; convocou a audiência para uma “live”; colocou “acidentalmente” seu número (22) na tela e, mais incrível, manteve a calma, não respondeu nenhuma pergunta atravessada, não deu uma voadora em nenhum jornalista, não distribuiu coices e não precisou voar com os dois pés no peito de ninguém. Na Record foi melhor que no SBT. Na emissora do bispo, ele pôde desg

Censura livre-se

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  Desordem informacional é o novo eufemismo que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) inventou para evitar usar a palavra “censura”. Pega mal utilizar a ferramenta que repudia-la foi meio de vida pra tanta gente. Entretanto, com os interesses, somados ao poder, lançaram mão de um dos instrumentos mais abjetos: a censura prévia. Tendo a produtora de vídeo Brasil Paralelo, mas também a emissora Jovem Pan como alvos, o Jurídico estendeu seus tentáculos repressores a quem tem tradição no Jornalismo, portanto longo alcance, respeito e, logicamente, tradição. Nesses dias de polarização e paixões políticas, somente quem teve coragem se solidarizou ou se indignou com o absurdo. Muitos se calaram e, estranhamente, outros até aprovaram o que está ocorrendo. Em tempos de militância política explícita disfarçada de Jornalismo dava até para esperar o silêncio e a aprovação da censura prévia.  É compreensível o gosto que os “progressistas” têm pelos regimes de exceção; é sabido que a tal “luta

Ofensa bárbara

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  Quando critico o atual nível do Jornalismo, estou falando da militância. Contudo, não acho que o Jornalista não deve assumir o seu viés político, pelo contrário, só não deve fingir isenção, imparcialidade. Jornais que foram referências estão publicando quaisquer coisas que os colunistas resolvem escrever (ou melhor, cometer). Ódio por quem pensa diferente, ameaça de morte etc. Porém, a Barbara Gancia acordou mal-humorada... Não, pela frequência dos absurdos que escreve, corrijo, nasceu mal-humorada e despejou no Twitter o seguinte (ipsis litteris): “Pra bolsonarista imbrochável feito o nosso presidente, quando a filha do Bolsonaro se arruma, ela parece uma puta” Sim, uma jornalista da Folha de São Paulo escreveu isto. Foi no Twitter, mas trata-se da mesma pessoa. Além de pessimamente redigido, o texto exala mágoa e rancor que até pinga. A Laura (filha do Bolsonaro) completou segunda-feira 12 anos de idade! Se a Barbara Gancia não se arrepende, ou pior, queria e se diverte com

⚫️ Churrasco Grego

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  Caminhando pelo Centro de São Paulo, tinha o trabalho de desviar do lixo. Dizem que Nova York também é assim. Mas lá não tem o Churrasco Grego. Assim como o beijo, o iogurte e o presente, são coisas que, apesar do nome, não são típicas ou facilmente encontradas na Grécia. Aquela traquitana, apesar de inexplorada, era familiar. O comerciante com o desbotado avental azul — avental ostentando um logotipo referente a algum bar inexistente. O tal churrasquinho era uma pilha de gordura, algo indecifrável e algum tipo de carne girando.  Não sei se pela fome ou pela determinação do desafio autoimposto, mas o conjunto comestível me hipnotizou. Li o aviso da promoção que parecia pouco atraente, embora eterna: lanche + suco. A carne tinha um aspecto atraente, mas os sucos amarelo e vermelho, eram demasiado artificiais. Disputei espaço com desocupados, transeuntes, motoboys e demais trabalhadores com “ticket” de vale-refeição insuficiente para um prato-feito. De fato, o baixo preço era c

Censura livre

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  Barbra Streisand, atriz e cantora americana, resolveu processar um fotógrafo que registrou sua mansão. Ela quis a retirada da fotografia e um punhado de dólares. Resultado: a notícia propagou a curiosidade, e a foto bombou. Desse episódio surgiu a expressão “Streisand Effect”, que significa quando tentam remover, ocultar ou censurar uma informação. Efeito: esta tentativa gera o efeito contrário, disseminando muito mais o que se tentava esconder. Com a internet e o destemor da “molecada” a replicação do que seria proibido é certa. Livros, exposições, vídeos, imagens etc, quando foram proibidos, mesmo que de qualidade ruim, ganharam muita repercussão. A simples notícia da proibição tornou-se propaganda gratuita e viralizou devido à curiosidade. As sucessivas censuras a tudo o que é de um específico espectro político levantou quem é simpático a esse mesmo lado político, tornando as medidas ditatoriais, mais que sem efeito, de efeito contrário. Uma prova disto: eu, que nem assino

O encantador de serpentes

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  Em agosto, Natuza Neri, da GloboNews, relatou como Lula circulava nos salões republicanos sendo tratado como um verdadeiro presidente, ao contrário de um Jair Bolsonaro sisudo e escanteado. É fácil imaginar a plausibilidade da cena, pois Lula franqueou facilmente o acesso aos cofres públicos a qualquer espectro político. Além de tudo, é fácil imaginá-lo circulando com desenvoltura como um mafioso pelos salões de Brasília. Natuza Neri, ao contrário de preocupada, parecia deslumbrada a ponto de chamar Lula de mito. Sim, ela não chama Bolsonaro de mito porque, para a jornalista, mito e futuro presidente é o petista. Fica óbvio que a moça está sofrendo da Síndrome de Estocolmo em estágio avançado e irreversível ou é uma dedicada funcionária das Organizações Globo, para a qual ela dedica todo o seu empenho, acima até de sua própria honestidade e moral.  Nas andanças do petista, não houve a participação orgânica do povo. Para Lula, com mais uma demonstração de que não está interessado

Vicky Vanilla, o satanista camarada

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  Candidatos do PT (Partido dos Trabalhadores) já prometeram “fazer o diabo” para ganhar as eleições. A conta chegou. A conta veio, inconvenientemente, próxima do segundo turno da eleição presidencial. O Cramulhão surgiu numa figura andrógina, parecido com um vocalista de banda de tecno-brega baiana. Exercendo um satanismo tão ameaçador quanto feitiço “Wicca” de bruxinha de faculdade, o bruxo Vicky Vanilla é engraçado. A maior desmoralização para alguém que se apresenta como um enviado do Capeta é causar gargalhadas. E é essa a reação gerada pelo esforçado satanista de penteadeira. O ocultista “gourmet”, “Vic Vaporub”, recita palavras macabras com uma doçura desconcertante. Nosso bravo herói roga suas pragas como o meigo bruxinho Harry Potter espalharia suas travessuras com a varinha mágica.  Apesar de invocar forças ocultas, após a primeira manifestação do Mal o “Vic Varicela” tornar-se-á cristão. Eu imagino a cena: depois de proferir palavras satânicas, “Vic Vigarista” lambe um

Rodrigo Pacheco, o Covarde

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  O adjetivo substantivado histórico não é à toa. Com postura e discurso pretensamente de líder, o presidente do Congresso só está lá para se evitar um mal maior e, a princípio, estava alinhado com o chefe do Executivo. Engano. O senador, que foi eleito para evitar a volta de Dilma Rousseff, chegou a cogitar sua candidatura à Presidência da República. O Covarde só chegou a esse nível de megalomania porque a velha imprensa lhe estende o microfone. Ele é conhecido como covarde porque, logo no início, desativou suas redes sociais para não ser cobrado de um megapedido de “impeachment” de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Após esse, outros pedidos para cessar o ativismo judicial do Supremo. No entanto, apesar de protocolados e bem embasados, Rodrigo Pacheco empilhou e engavetou os pedidos. O mineiro é, também, um advogado altamente interessado nas decisões que vêm do STF. Apenas isso já inibe qualquer movimento e “algema” suas mãos. O “rabo preso” também

Os surfistinhas

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O que Dayane Pimentel, Joyce Hasselmann, Alexandre Frota, os “Irmãos Weintraub e Soraya Thronicke têm em comum? Todos surfaram na onda bolsonarista de 2018, o sucesso  subiu à cabeça, desgarraram do Capitão, aderiram ao “antibolsonarismo psicótico” (expressão de Ana Paula Henkel), se candidataram,  porém  não se elegeram. Supostamente, por não serem contemplados numa esperada distribuição de cargos, passaram a exercer uma oposição raivosa, ou seja, o “antibolsonarismo psicótico”. Alguns, como Joice Hasselmann e Alexandre Frota acreditaram, inocentemente, no próprio capital político e não no herdado de Bolsonaro. Se deslumbraram com as festas de Brasília e, com alguns tapinhas nas costas, achavam que poderiam confiar em alguém, articulavam alianças e estavam costurando ótimos acordos. Foram enganados. Soraya Thronicke não fugiu do “script”, achou que chegou ao Senado por forças próprias e bastava fazer cara de má para galgar cargos maiores. O engano se materializou em forma de “memes” 

Escusas eleitorais

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  Depois das “pesquisas incontestáveis” vieram as desculpas esfarrapadas. A cara de madeira é tanta, que a sensação incômoda é de estar por fora de algum acontecimento importante. É exatamente isto o que acontece. As “lojinhas de porcentagens” decepcionaram (manipularam, influenciaram?), de modo que deveria se recolher a uma relevância de horóscopo de jornal de bairro. Horóscopo de jornalzinho de bairro, porque é escrito pelo estagiário e não por um astrólogo; as supostas pesquisas deveriam ser “chutadas” por qualquer estagiário e publicadas em qualquer cantinho do folhetim.  Nada disso é por acaso. Cientificamente, foi comprovado que grande parte das pessoas tem tendência a seguir a maioria. Mesmo que no início seja claro que foi escolhida a opção correta, seguem a suposta unanimidade — Efeito Manada, popularmente conhecido como “Maria vai com as outras”. As pesquisas estimulam esse comportamento. Candidatos desistiram da campanha, influenciados pelas pesquisas iniciais; candid

Vendem-se pesquisas

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  DataFolha e outros institutos de pesquisas começaram as campanhas desacreditados. Já não se confiava pelo histórico; viraram motivo de chacota pela insistência em negar a realidade. Sempre “errando” para o mesmo lado, o comércio de preferências, de tanto se enganar foi questionado quanto ao método, local de amostragem, quantidade de entrevistados ou idoneidade. Mais eficaz, embora nada científica, é a impressão popular — algo mais confiável, como a sensação térmica ou a sensação de segurança. É a realidade espanando a frieza dos números. Foram promovidos a termômetros da corrida eleitoral o Datapovo e o Datafeira. Lugares como a fila do supermercado, a barraca de frutas e o boca a boca ridicularizaram, mais uma vez, o militante DataFolha. Insistindo com o argumento de que a pesquisa é um “retrato do momento”, os institutos revelar-se uma fraude ou, utilizando o eufemismo, enganaram-se.  As pesquisas estimularam um arrogante, porém falso, discurso vitorioso; do outro lado a confi