Gazeta Explosiva

  Naquele tempo, durante as eleições, estava aberta a temporada de showmícios (comícios com apresentações musicais), favores e farta distribuição de brindes - chaveiros, canetas, camisetas e outros badulaques. Nesses eventos, tive a oportunidade de assistir aos ídolos trash Chacrinha e o cantor Ovelha. Nesse cenário, um candidato a vereador pelo meu bairro, com jeitão de mafioso, ofereceu uma churrascada. Meu cunhado e minha irmã, que não desperdiçavam uma boca livre, me raptaram. Fomos ao regabofe apoiar aquela candidatura duvidosa em troca de uma peça de alcatra bem passada. O local, que eu conhecia como um imóvel abandonado, estava lotado. O postulante à Câmara Municipal circulava dando palavras de ordem, com a coragem de quem andava escoltado por capangas. Aquele visual e o modo que se comportava me lembravam muito um chefe do tráfico ou um bicheiro. Havia também uma salinha reservada - com movimentação suspeita -, onde o nosso futuro representante deveria atender favores, bancand

  Os governadores estão brincando de SimCity, só que ao contrário. Estão manipulando as cidades e o final é a destruição. Como toda distopia, a tragédia é iminente. Não precisa ter a mínima simpatia por Bolsonaro para sacar que estão tentando destruí-lo. Na verdade, o objetivo é destruir o País para emparedá-lo e assim arruinar sua governabilidade. Basta ver as figuras que estão incomodadas e tentando derrubá-lo. O coronavírus surgiu conturbando, por isso era a oportunidade perfeita. Lula e Jane Fonda celebraram o vírus, por alvos diferentes. Lula: “Ainda bem que a natureza criou o coronavírus”. Jane Fonda: “presente de Deus para a esquerda”. Essas declarações apenas evidenciam o grau de psicopatia ou o quanto a política contaminou suas vidas, deturpou seus valores e suplantou quaisquer resquícios de humanidade.  Em São Paulo, o governador João Doria está encastelado (quase literalmente) em sua mansão. Longe do povo (em todos os sentidos), conta com um efetivo da PM (fechando sua rua)

  Alexandre de Moraes já foi longe demais, é preciso detê-lo. Sim, este verbo, que parece extraído de uma dublagem mal feita dos anos 80 é intencional. Ele tem cara e age como vilão de filme de super-herói, só falta a risada malígna.  Esse juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) não seria juiz se não fosse nomeado por Michel Temer. Até aí tudo bem, essa é a regra do jogo. Acontece que ele vem ultrapassando todos os limites, desrespeitando o processo e rasgando a Constituição. O sujeito esqueceu de que é um servidor público, apesar de que não recebeu um único voto para a cadeira de ministro do STF. Alexandre de Moraes já tomou medidas arbitrárias contra a população e seus representantes. Parece o próprio ou representa um Luís XIV de sanatório, quando age como vítima, investigador (“tira”) e juiz de processos kafkianos. Deve pensar, só não teve coragem de falar como Luís XIV: “L’État c’est moi” (O Estado sou eu). Quando os injustiçados pela Justiça reclamam, ele, dobrando a aposta na inse

  Parecia tentador, um presente jamais visto. Um enorme cavalo de madeira. Cavalo-de-Troia e presente de grego servem, até hoje, de metáforas para ilustrar algo que tem aparência boa, mas é ruim. A doutora Ludhmila Abrahão Hajjar foi o mais recente cavalo-de-Troia que tentaram introduzir para destruir o Brasil e voltar ao poder. Porém a estratégia não funcionou. O plano falhou, o desastre foi análogo a uma descoberta de um vilão do Scooby-Doo, faltou alguém para arrancar o disfarce, literalmente.  Alguns fatos que desabonaram a médica: ▪️ teve uma cena impagável. Ludhmila, numa serenata, obrigou Dilma Rousseff a apreciar sua interpretação de Amor, I love you ; ▪️ nossa heroína cometeu uma live com quem ela chamou de presidenta. É isso; ▪️ Lud ostenta uma vergonhosa fotografia com a dupla Gilmar Mendes e Rodrigo Maia; ▪️ a ex-quase ministra da Saúde correu para anunciar à imprensa que recebeu o convite e não aceitou. Fábio Faria, ministro das Comunicações, negou o convite; ▪️ a médica

  Há muitos anos, Luciano do Valle já era um entusiasta do futebol feminino. Mas muita coisa mudou, só permanece a jogadora Formiga, com 42 anos. Na Copa do Mundo, a Rede Globo despertou um fugaz  interesse pela modalidade. Ou será que tentam te empurrar, fingem um ufanismo, um entusiasmo que não existe? O futebol feminino, para a Globo, é um produto e não poderia ser diferente. Meio de comunicação tem que render lucro. Só que é hipocrisia ela “lacrar”, pregando paridade salarial entre a Marta e o Messi ou o Neymar Jr.; e que tenha mais público no futebol feminino. O mercado regula as coisas de acordo com a oferta e a procura. Os nomes Neymar e Messi, por exemplo, “vendem” muito mais; a Globo, na próxima negociação, pode oferecer o mesmo “caminhão” de dinheiro, a CBF apoia. A Band sempre exibe futebol feminino; a Globo exibiu a Copa do Mundo, quase que apenas dando destaque a aspectos muito particulares das jogadoras e técnicas, o que serve só para estigmatizá-las ou coisificá-las. A C

  O Playcenter foi um lendário parque de diversões em São Paulo. Ter o Passaporte da Alegria era motivo para perder o sono, sabendo que no dia seguinte ficaria entre a montanha-russa, a auto-pista, o barco Viking e outras atrações. O parque era uma espécie de Neverland (sem o Michael Jackson). O Passaporte era como o Bilhete Premiado, que dá acesso à Fábrica de Chocolate. Lá, além das atrações fixas, havia as promocionais e/ou temporárias e algumas que fizeram história. Exemplos: Monga, a Mulher-macaco - imitação de circo de horrores, show de aberrações ou freak show .  Na verdade, um truque barato de espelhos; O Show dos Ursos - um bando de ursos mecânicos músicos; e alguns mamíferos escravizados e amestrados, como a   Orca, a Baleia Assassina - fazendo a alegria de famílias entupidas de pipoca, refrigerante e cachorro-quente.  O Playcenter foi um parque com a cara dos anos 80, mas foi nos 90 que a brincadeira não teve tanta graça. Sem nenhuma criatividade, resolvemos ir ao manjado

  A ilha de Itaparica, Bahia, tem uma criatura estranha para chamar de sua. Não bastasse a pandemia, aparece um monstro para apavorar, ainda mais, a população. Vai que a GloboNews resolve espalhar o medo! Agora é muito mais fácil, tudo está fechado e as pessoas estão trancadas em suas residências. Quando isso acabar, o turismo estará impulsionado. Quem não quererá conhecer a Ilha da Coisa? Abaixo, algumas lendas que permanecem: ▪️ Pé-grande ou Sasquatch, é um tipo de macaco que habita o imaginário de caçadores de regiões selvagens e distantes dos Estados Unidos e Canadá. De vez em quando, o bicho aparece, mas ninguém acredita em quem o vê; ▪️ O Monstro do Lago Ness, como um aposentado, também vive dando prova de vida. A serpente, que também atende pelo simpático apelido Nessie, às vezes, interrompendo algum  bucólico piquenique, emerge nas Terras Altas da Escócia; ▪️ Roswell, Novo México, só é conhecida por causa do Caso Roswell. Em 1947,  extraterrestres barbeiros perderam o controle

  A professora pediu para formarmos os grupos e elaborarmos os trabalhos de Ciências. O nosso grupo foi formado. Uma breve reunião definiu que arrebentaríamos exibindo o “trato digestivo” de uma galinha. Fomos direto para uma granja. Durante o caminho, fomos “viajando” na ousadia e superprodução: a professora ficaria espantada com o esmero e a criatividade para executar tão brilhante ideia; todos os alunos ficariam impressionados com a exposição do interior de um galináceo; e uma parte dos espectadores sairia correndo, como num circo de horrores, diante do freakshow . Chegamos no local. O atendente trouxe um franguinho vivo, colocou-o numa bancada junto de uma afiadíssima e reluzente faca e perguntou quem faria o serviço. Pronto, todos entenderam o que o funcionário quis dizer com “serviço”. O maior dilema de nossas incipientes existências estava colocado na nossa frente, numa mesinha. Quem, e como, mataria o frango? Aquela catatonia temporária foi abandonando cada um. Estabelecemos um

  A Brasil Paralelo é uma empresa de produções audiovisuais totalmente independente, sendo inteiramente financiada por membros assinantes, sem dinheiro público. Dessa maneira, ela já produziu filmes e documentários, com muita qualidade, liberdade e compromisso com a verdade, que não era o que víamos em “obras” que pagavam pedágio a grupos de interesses. As amarras do viés ideológico “martelaram”, durante gerações, que a descoberta do Brasil e a vinda da Família Real foram eventos acidental e atabalhoado, respectivamente. A BP recontou a história do Brasil sem ressentimentos ou guerra de narrativa. Respeitando a lógica, sabemos que atravessar o Oceano Atlântico 500 ou 200 anos atrás, não era como descer de São Paulo à Praia Grande. O seu mais recente lançamento, A Queda - Argentina ( trilogia), mostra o processo de venezuelização (“Argenzuela”) daquele país, que já foi chamado de “Europa da América Latina”. Bem como, o Brasil, nesse caminho, pode tornar-se uma Argentina. Esse documentár