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Mostrando postagens de abril, 2020

Moro em casa

Sérgio Moro não aguentou a bronca. Pior do que terminar namoro por telefone, já que o presidente gosta dessas metáforas, o, ainda, ministro da Justiça convocou uma coletiva de imprensa (grande inimiga de Bolsonaro) para demitir-se. Numa, bem executada, tabelinha midiática, tudo foi muito bem pensado e posto em prática.  Bolsonaro já esperava tiro vindo de todos os lados, mas foi surpreendido por Moro, que caiu atirando, revelando graves acusações. O presidente também fez um pronunciamento, dizendo que previu uma traição de Moro. Em breve, saberemos quem se mantém confiável. Quando tudo se esclarecer Bolsonaro perderá a credibilidade restante ou Sérgio Moro manchará sua biografia. Com a queda do ex-magistrado, Lula tem mais uma narrativa enfraquecida. A, suposta, suspeição de Moro, como juiz, desceu pelo ralo. Os advogados do ex-presidente vão ter que tentar outra chicana jurídica. O ex-ministro da Justiça pode dar consultorias (reais), palestras (verdadeiras), lecionar e

Hamlet ⚫️

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Quando eu estava no Ginásio (Ensino Fundamental), a professora inventou de convocar-nos para uma enfadonha Feira de Ciências. “Trabalhar” nesse maldito evento, valeria nota. Então, vamos lá. Mas apresentar o quê, o trabalho era individual, e eu não era nenhum geniozinho. Chegando em casa, me vi sem saída de onde me meti. Quando, do nada, avistei um crânio velho, parecendo falar: “Leve-me, leve-me”. Tal qual Hamlet, diante de um dilema, não tive dúvidas, com a culpa de quem está cometendo um grave delito, apanhei aquele crânio insepulto, escondi na mochila e saí correndo. Aquele objeto havia sido perfeitamente modelado em argila por meu irmão (este sim, um geniozinho), para uma dessas odiosas feiras escolares. O trabalho já estava pronto. Bastava levá-lo e expô-lo no evento. Com o mais difícil pronto, engambelar a sociedade estudantil seria o mais fácil. No dia, planejei a fuga, coloquei a peça na mochila, esperei o momento propício, para não ser flagrado em pleno delit

Fique em casa, cego, surdo, mudo e louco

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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta saiu, e entrou Nelson Teich. O ex-ministro só não caiu porque já estava de joelhos para a grande imprensa e a oposição, enfim, todos os que torcem pelo vírus. Mandetta foi o ministro da doença, pois, em entrevistas coletivas, só divulgava o número de mortos e internados. O número de recuperados não era atualizado, gerando flagrante distorção no grau de letalidade informado. O “Doutor Morte” mostrou a que veio, na “cerimônia” macabra, onde beijou, abraçou e cantou, demonstrando uma felicidade rara. Mandetta é ortopedista e deputado federal, portanto, mais político. Deu para notar que a política falou mais alto nas decisões. Teich é oncologista, portanto, mais médico. “Caiu a casa” de políticos e da grande mídia. Vários políticos profissionais confabulam, esperando uma boquinha pública; a grande imprensa finge-se de cega, surda e muda, sendo que devia ser os olhos e ouvidos da sociedade. Temos visto -na internet- cenas impensávei

Tem índios por aqui! 🔵

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Bertioga, litoral de São Paulo, alguns dias na praia, ninguém é de ferro. Sol, cerveja, descanso, até que a minha irmã teve uma “brilhante” ideia: conhecer uma tribo de índios totalmente isolada. Tudo bem, isso traria enriquecimento cultural. Tem mais, para guarulhense programa de índio nunca é exagero.  Avistamos a Mata Atlântica, eu não via a hora de surpreender os nativos num raro ritual, como nos livros de História. Uma flechada ou outra não significava nada, pois a expectativa da aventura era grande. Fomos aproximando, nada de aborígenes. Quanto mais passava o tempo, eu me sentia mais Bispo Sardinha e menos Orlando Villas-Bôas.  Para quem esperava um contato antropológico (não antropofágico), até um ameaçador caldeirão borbulhante era válido. Porém, o cenário era de um vazio desolador. Mas vamos lá, os autóctones devem ter notado nossa presença e estão escondidos. Certamente, percebem a ameaça que o homem branco representa, teorizei. Seguimos no encalço dos silvíc

A Marcha da Insensatez

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O principal mal que o vírus chinês trouxe, foi a insana corrida entre João Dória e Wilson Witzel e outros tantos políticos, que se eu escrever seus nomes, esse texto parecerá uma lista telefônica (acho que nem existe mais), ficando chato de ler. Esses sujeitos não aguentaram e libertaram o ditador que havia em cada um deles. Democracia, Constituição e Estado Democrático de Direito, palavras que nunca significaram nada, quando ditas por ocasião. Estas palavras, quando expelidas por alguns políticos, são subterfúgios para encerrar qualquer discussão e monopolizar tudo de bom que seus significados trazem. Vejam, na primeira oportunidade agiram como ditadores, com a anuência bovina de grande parte da Imprensa. Esse vírus, como todos os vírus, não pode ser visto a olho nu, e desnudou essa galera que sonha com aquela política que não podia ser vista à luz do do dia Todos morrerão, mas fiquem calmos! A Imprensa, mostrou sua real intenção, pegando carona no coronavírus, com um

Ciro Chorou - 4 Elementos

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A personalidade de hoje é Ciro Gomes, o “coroné” de Sobral/CE. Eu poderia citar outros nomes que surfam na onda coronavírus. Os quatro elementos aos quais me refiro são: terra, fogo, água e ar. Esses elementos, significando tragédias para o Brasil, deram carona para políticos e outros  oportunistas. Terra - O soterramento de Brumadinho/MG, proporcionado pela Vale, trouxe um punhado de profissionais, à espera de uma tragédia, que “sabiam”, como o  pior poderia ser evitado. Novos deputados federais, ávidos para instalar uma CPI para chamar de sua, tomaram posse. Ciro Gomes, especialista em tudo, correu apontando os culpados e as soluções. Fogo - Incêndio na Amazônia, a comoção foi planetária. Com, suposta, razão, porque as notícias correram com certo exagero. Isso não aconteceu com a Austrália, mesmo que lá tenha sido  muito pior. Aqui, apareceram: especialistas de plantão; a sazonal candidata a presidente da República e eterna ambientalista, Marina Silva; cantores, modelos,

Navegar é preciso, viver não é preciso 🔵

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Litoral de Santa Catarina, estava tudo ótimo, mas alguém teve a ideia de mergulhar, afinal havia placas de agências convidando para o passeio. Por que não? Antes, uma aula e algumas perguntas. As questões eram do nível: O que acontece se eu parar de respirar? Todavia, eu completei o questionário como se fosse uma prova da Fuvest. Eu acredito que todos encaravam aquelas folhas como uma competição, afinal estavam todos concentrados naquelas perguntas tolas.  No dia seguinte, partimos para a inédita aventura. Entramos num barco que parecia aguentar ida e volta sem afundar. Chegamos no local, uma ilha bonita, água cristalina e, no barco, um bando de turistas que mal sabiam a diferença entre uma galinha para um tubarão. Mas eu também era neófito na exploração do fundo do mar. Além disso, eu conhecia razoável variedade de peixes por fotos, aquários e bancas de pescados. O mergulho, propriamente dito, foi de, no máximo, seis metros de profundidade. Mas tudo correu bem e pude

Pura Paisagem 🔵

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Nêga A Nêga era uma catadora de entulho.  Nêga: este termo era usado nos anos 80, auge do politicamente incorreto e quando o “bullying” (que não tinha sequer esse nome) era comum. Se fosse hoje (2022, em tempos politicamente corretos), a Nêga chamaria Afrodescendente e seria uma recicladora de materiais. Ela protagonizou uma cena digna de Steven Spielberg. A Nêga desfilou na minha rua, vestida de noiva, em companhia de um noivo imaginário ou se casando com a vida. Com um impressionante vestido, achado não se sabe onde, era de, literalmente, parar o trânsito. Essa,  realmente, não é uma cena que se vê todos os dias.  Na vanguarda, (essa palavra é horrível, mas é o que tínhamos pra hoje), ela resolveu fazer o que teve vontade e jamais fariam por ela. Bar da Maria Aquele não era um ambiente bom. Se o local não podia ser recomendado a adultos, menos ainda a nós, crianças. A Maria, coitada, era a proprietária do comércio etílico e a maior consumidora do estoque. No meu aniversá

Gazeta Expl💥siva ⚫️

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As empresas jornalísticas e de entretenimento Organizações Gazeta Explosiva , em franca expansão de seu complexo de comunicação, vêm comunicá-los, no afã de prestar o nobre serviço de informar, os passageiros contratempos nas suas prerrogativas. Sempre com o intuito de levar a verdade dos fatos, pedimos sinceras desculpas pelos transtornos causados pelas recentes mudanças. É importante alertar que, para melhor informar os fatos, dispomos de nababescas instalações e temos uma enorme e bem preparada equipe de jornalistas para trazer a verdade.  Nosso parque gráfico, além de ser nossa propriedade, é o que tem de mais atual no universo da impressão e difusão de acontecimentos. Adquirimos imóveis em todas as capitais, bem como um edifício de 32 andares, inteiramente nosso, no Distrito Federal. O que nos alça à vanguarda da apuração e independentes de agências de notícias, é nossa principal melhoria: a compra e instalação de escritórios ao redor do mundo. Máquinas de última