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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto...

Já disse Tom Jobim: “O Brasil não é para principiantes”. A Operação Lava Jato tem sofrido diversos ataques. O modo como essa força-tarefa segue em frente, lembra o filme Mad Max 2 , onde um caminhão, carregado com combustível, seguia à toda velocidade, sendo atacado por vários ladrões querendo “desviar” a carga. Com esses áudios receptados pelo Glenn Greenwald (já descobertos) e publicados no blog The Intercept Brasil e repassados a outros órgãos de imprensa, tentaram derrubar Sérgio Moro e agora viraram sua artilharia para Deltan Dallangnol. Mas já houve outras tentativas de, quem sabe, afastar a iminência da prisão de eminências. Tem político dormindo de paletó. Você, ter que assistir a um sujeito como o Renan Calheiros inquirindo o Moro, é ter que ver o juiz se explicando ao bandido. Isso é a inversão de papéis. A Glesi (crazy) Hoffmann parece uma vidente com Alzheimer -sabe de tudo de ruim que irá ocorrer nos próximos anos, mas não se lembra de tudo de péssimo

Trump & Bolsonaro

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     Emilio Odebrecht,em delação premiada. Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). É o Brasil frequentando o “clube dos ricos”, mas ainda ingressando pela entrada de serviço. Eu digo isto, porque ainda faltam muitos trâmites e tempo para isso se concretizar. Não existe amizade entre chefes de nações, existem interesses. Mas é óbvio que agora temos um alinhamento com os Estados Unidos, essa reaproximação gera uma maior possibilidade de entrada na OCDE. Antes, os nossos governantes não tratavam os EUA com muita simpatia, até se referiam a esse país, pejorativamente, como “imperialismo norte-americano”. Durante muito tempo, a imprensa, que polarizou a política, torceu contra. Para relativizar, e até transformar o acontecimento em notícia ruim, disseram que se o Brasil ingressasse na OCDE, deixaria de liderar os países emergentes. Isso é como lamentar que um time não caiu para a segunda divisão, porque lá teria chance de ser campeão, e na primeira

As aventuras de Hitler

Sempre que algo incontestavelmente repugnante acontece, pessoas incontestavelmente em, para dizer o mínimo, baixa conta, aparecem como arautos do bem público. São sempre eles: Davi Alcolumbre, presidente do Senado; Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados; José Dias Toffoli, presidente do STF; Gilmar Mendes, ministro do STF; e Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).  O corporativismo impede criticar seus pares, mas quando o erro ou “malfeito” vem de longe, essas figuras emergem do pântano e posam de defensores da moral e dos bons costumes. A retórica deles, sempre vem fantasiada de defesa da Constituição, da Democracia, das instituições ou do Estado Democrático de Direito.  A mais recente aparição dessa turma, foi na performática fala do secretário especial da Cultura, Roberto Alvim. A cena toda, que causou vergonha alheia, era anacrônica. Essa peça foi composta com um triunfalismo que faria Joseph Goebbels aplaudi-lo em pé, ou, no mínim

Ação entre amigos

Lula foi “escapado” da prisão pelo STF e, além da malfadada caravana, ele resolveu dar entrevistas. Do mesmo jeito que a caravana tem plateias amestradas, as conversas têm entrevistadores escolhidos a dedo. Juca Kfouri e José Trajano, como dois bons amigos de Lula, levantaram a bola pro chefe chutar. A jornalista Talita Galli também estava lá, mas pouco participou. Juca, que já teve uma certa credibilidade, se presta a lacaio dele, que acha que foi preso injustamente. O comentarista esportivo não teve nenhuma vergonha, bajulando o ex-presidente, como um funcionário elogiando o chefe a cada tacada horrível, no jogo de golfe. Juca demonstra sua destreza observacional ao reparar que Lula (devidamente tratado como presidente) emagreceu. Ah, esse Juquinha, sempre surpreendendo! Amigo é pra essas coisas. José Trajano, tipo de palhaço Krusty sem maquiagem, é um folclórico jornalista esportivo carioca. Ele é um espécime raro que insiste em torcer (sofrer) pro América do Rio de Jan

Documentário em Vertigem ⭕️

O documentário Democracia em Vertigem, da cineasta Petra Costa, irá concorrer ao Oscar. Essa obra tenta mostrar os bastidores do impeachment, mas a visão é tão particular e inventiva, que o resultado é um mergulho na ficção. É a difusão da tese “foi golpe” nas telonas. Petra Costa, herdeira do império da construção Andrade Gutierrez. Essa empreiteira, envolvida na Lava Jato, não é a única ligação perigosa da família da autora do documentário com a família de Lula. Na década de 90, Marília Andrade, mãe de Petra, hospedou Lurian, filha de Lula, em Paris, França. A amizade das famílias é antiga, os vínculos são estreitos (sobretudo, no Petrolão) e o Oscar está sendo usado para premiar essa narrativa de que foi golpe. A cerimônia do Oscar, faz anos, virou palco de hipocrisia e “lacração”. Filmes enfadonhos, atores e diretores são premiados, não porque são melhores, mas porque passam uma suposta consciência social. Isso é hipocrisia, porque muitos que discursam, apontando o dedo

É fogo!

Foi incrível! Não como Emmanuel Macron tentou, e conseguiu, desviar o foco dos seus problemas (que não são poucos) na França. Ele apontou para um país (Brasil) longínquo e terceiro-mundista, na América do Sul, bem longe da Europa. Mas foi inacreditável a anuência com que parte da imprensa e a totalidade da oposição ao governo da vez comprou esse discursinho oportunista, populista e de pretensa, e falsa, preocupação com o futuro do planeta. É a vocação  atávica para colonizado, perante o colonizador da vez. Em pleno século XXI! Segundo Macron: “(...) a nossa Amazônia “. Deles? Eu conheço a floresta amazônica assistindo ao Globo Repórter, e me recordo de ter presenciado   outros incêndios por lá. Outros biomas também são reiteradamente castigados: o Cerrado sofre queimadas devastadoras e a Mata Atlântica foi quase toda dizimada.  Creio que a certeza de não punição encorajou a quem interessasse “limpar” a área com fogo; assim como o  “climão” de pouca, ou nenhuma, leniência com

knockin' on heaven's door

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A produtora Porta dos Fundos sofreu um ataque terrorista, depois de um filme de, suposto, humor. Esse filme é um, suposto, especial de Natal. Esse, dito, “Especial de Natal” foi uma tentativa de ser engraçado, como conseguiram em outros sketches . Dessa vez, pegaram pesado. O Porta já cometeu episódios lamentáveis, com essa inspiração, outras vezes. Isso não é por acaso. Alguns integrantes do grupo, principalmente Gregório Duvivier, gostam de “trolar” a religião católica e tudo que eles querem combater. Humorista misturando opinião com piada, fica sem graça. Não adianta se esforçar para parecer muito louco, quando muitos senhores “enfiaram o pé na jaca” nos anos 60. A trupe dá sinais de que gostariam de ter o talento que foi concedido ao Monty Python, surgido, vejam só, em 69. Mas não foi desta vez. Talvez por isso eles tenham tanta raiva de Deus. A influencia do grupo inglês, na comédia, é comparável aos Beatles , na música. Ficando nessa comparação, o Porta seria o É o Tc

Libertadores

A política tornou-se papo de boteco. Hoje, é mais fácil encontrar quem saiba a composição do Supremo Tribunal Federal (STF) que a escalação da Seleção Brasileira. E é esse olhar atento que revelou que o STF só é supremo no nome. A lógica diz que chega ao STF quem está no topo da Magistratura, ou seja, os melhores juízes. Só que não. Em parte, sim: o STF é o auge da Magistratura. O atalho para quem não sabe nem sequer o artigo 171, é que o cargo é provido por indicação política. José Antonio Dias Toffoli, o Toffoli, atual presidente do STF, foi indicado pelo Lula, quando este era presidente da República. O detalhe: foi reprovado em dois concursos que (não) prestou para juiz. Entretanto, ele era advogado do PT, como era amigo do Lula, ascendeu na carreira. Toffoli estava, enfim, perigosamente investido de autoridade pública. Desde então, ele vem executando desmandos que vão de encontro com o povo, de quem, ao menos na Constituição, o poder emana. Ricardo Lewandowski, outro mi