Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2023

Marina Silva, a Amazônia e a caixa-preta

Imagem
  Marina Silva resolveu que a palavra composta “caixa-preta” é racista. Desvio de foco, “cortina de fumaça” ou loucura? Seria desvio de foco se, em vez de combater o racismo real, a ministra atribuísse a uma simples palavra a origem de todos os males. A “cortina de fumaça” é muito conveniente para esconder a pusilanimidade, enquanto a Floresta Amazônica e o Pantanal ardem em chamas. A falsa denúncia pode ser um sintoma de loucura. Ultimamente, a ministra andou falando em nanomísseis, irregularidades cósmicas, corredor humanitário (contra mudanças climáticas?) e caixa-preta (racista). As teorias exdrúxulas foram exprimidas com esses termos e sem nenhuma coesão.  Marina sabe que, simbolicamente, já representa a causa ambientalista. Demonstrando a personificação da Natureza exaurida, espera-se que a esquálida figura diga algo genial. A “intelligentsia” mundial aguarda, com apreensão, a pronúncia sôfrega de algumas palavras de sabedoria. Sabendo dessa expectativa, a ministra do Meio Ambien

Alexandre e o Hamas

Imagem
  Qual é a semelhança entre o ministro do STF (Superior Tribunal Federal) e o grupo terrorista? Sua tirania ensaia uma trégua quando liberta alguns “reféns” com vida. Mas as semelhanças se resumem a isso. É inacreditável, mas o grupo terrorista, que esboçou alguma Humanidade, cumpriu o acordo: libertou reféns em troca do cessar-fogo israelense. Quando a ministra Rosa Weber, em sua despedida da presidência do Tribunal, fez menção a Alexandre de Moraes, lembrou-me uma telemensagem (dada a breguice e bajulação). O que a ministra disse continha, implicitamente, uma cumplicidade e ironia, porque ambos sabiam que o que era dito não relatava a realidade. Alexandre, em evidente constrangimento, exibia um semblante amarelo, um sorriso nervoso e envergonhado, quase implorando para Rosa encerrar o que ela julgou ser uma homenagem. Rosa Weber: “Ministro Alexandre de Moraes, companheiro indefectível de andanças, jamais recusou um dos meus convites para visitar unidades prisionais, e me tornou teste

🔵 O segredo

Imagem
  Inventaram um novo nome para o palestrante: “coach”. O nome gringo é apenas para dar uma “gourmetizada” no velho guru de palcos. O”coach” cobra mais caro, mas, no fundo, a essência é a mesma: ao som da musiquinha do Ayrton Senna, surge, no palco, um cara que explica como ele se tornou um sucesso e como ele é demais. Depois de esfregar o sucesso na cara da plateia, ele ainda vende livros. Digo, a secretaria do guru fica com todo o serviço sujo. O guru, assim que terminou sua apresentação, sumiu. De certo, ascendeu à abóbada celeste e agora está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso. Geralmente, um animadão palestrante pede para você virar para quem está ao lado e afirmar platitudes mentirosas como: Você é um vencedor, você é do tamanho dos seus sonhos ou você pode ser o que você quiser. Isso tudo é besteira. Dizer frases motivadoras pode até levantar a auto-estima, mas encoraja o medíocre a continuar como está. Sinceramente, se alguém que nem sequer conhece o outro, vira para o

Bolsonaro e a baleia

Imagem
  A imprensa, que se fingia de isenta, vem lançando factoides. A mais recente, é surreal: “Bolsonaro é investigado por importunar baleia jubarte no litoral de SP”. A manchete da CNN é extraordinária! Pilotando um jet-ski, ele (Bolsonaro) aproximou a 15 metros do animal (a baleia). Foi isso! De tão absurda que é a denúncia e a investigação, o bolsonarismo cresce. A pobre baleia jubarte, com graça e elegância, estava fazendo suas evoluções e outros truques aquáticos, impressionando os turistas de São Sebastião, litoral de São Paulo. O fim de semana estava normal e animado, quando chegou o terrível ex-presidente. Isso foi o suficiente para interromper a paz e a harmonia praiana. Não demorou muito, a simples aproximação do mamífero (a baleia) bastou para ativar o ódio de antibolsonaristas históricos, jornalistas, socialistas, associações representativas de minorias e ambientalistas. O cetáceo (a baleia) não foi abatido nem avariado, no entanto, a inoportuna aproximação do genocida (Bolsona

“Una cervecita y una picaña con una gordurita...: la garantía soy yo”

Imagem
A artífice do “Tá ruim, mas tá bom” na versão “Foi tão bem, que ficou mal” Parece que querendo escorregar numa casca de banana, Lula comprou a briga da eleição presidencial argentina. Não contente com o processo acelerado de destruição do Brasil, nosso eterno ladrão exportou sua equipe de marketing. Desconfia-se o porquê; para Lula, esse pleito era questão de honra. Perdeu. A quadrilha marqueteira fez o que sabe: na falta de argumentos para defender um desastroso ministro da Economia (Sergio Massa), aplicou a “conversinha” de prometer uma abstração chamada “democracia”, ameaçou (cultura do medo: fim dos benefícios sociais) e movimentou o aparelhamento estatal, lógico, em seu favor. Só poupou os “hermanos” do “golpe da picanha”. O vencedor, Javier Milei, é quase tão desconhecido aqui como lá. Isto já é bom, porque os argentinos ficam livres do peronismo, do  kirchnerismo e do lulismo (que tentou chegar lá); e é melhor, porque elimina a intenção de pintar a América do Sul de vermel

🔵 Uma Coca-Cola no deserto

Imagem
  Não era um lugar qualquer, era uma serra gaúcha. Não aquela Serra Gaúcha turística, conhecida em guias de viagem, onde as pessoas são transportadas pelos pontos conhecidos e manjados. Era a zona rural do Rio Grande do Sul, a serra gaúcha “roots” (raiz), onde o Homem tem que dominar a natureza, e o vizinho mais próximo mora numa outra montanha. A caminhada era necessária. No início do trajeto, carros de boi, criações e uma vastidão de fazenda era quase tudo o que os olhos enxergavam. As únicas diversões eram atacar pedra, partir lenha e colher folhas de fumo. Enfim, diferente do que eu imaginava, ali a vida era bruta, quase um teste de sobrevivência, não um fim de semana na fazendinha da vovó. Basicamente, tudo o que era trabalho, era o nosso passatempo. Aquele ambiente hostil parecia incompatível, sobretudo perigoso, para moleques de 15 anos de idade, acostumados com a vida urbana da Grande São Paulo. O dia ensolarado, um calor absurdo, a estradinha de terra poeirenta e uma caminhada

Terrorismo primavera/verão

Imagem
  O que leva alguém a vestir um boné ou uma camiseta de grupos terroristas? Diferentemente de uma peça de roupa que aparece para apoiar uma entidade, o boné do MST e a camiseta do Hamas, são usadas como artigos da moda.  Algo parecido, mas inofensivo, aconteceu quando proliferaram camisetas piratas da campanha do ‘Câncer de Mama’. Perseguindo a moda, mas estabelecendo um conflito ambulante: garotinhas, que não tinham aspecto de quem conhecia um universo além da cantora Taylor Swift, estavam exibindo estampas das bandas ‘Motörhead’ e ‘Ramones’.  Domingo (12), em São Paulo, Avenida Paulista, houve uma coisa. Não é vocabulário restrito, eu qualifico esse evento como ‘Coisa’. Com boa vontade, eu imprimiria faixas e cartazes escrito: “1ª Coisa Parade”. Uma reunião que junta terroristas de playground, militantes políticos, gente que aceita “lutar” por qualquer causa, sambistas de sapatênis e um padre é  inominável. Somente seria identificável pejorativamente. O Brasil sempre foi conhecido po

⚫️ Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás

Imagem
  Tenho o hábito de verificar o que estão dizendo aqueles que, no Twitter, xingam as pessoas como eu de nazistas, fascistas, genocidas... De cara, fiquei orgulhoso, pois planejam uma luta armada. Essas informações já seriam suficientes para eu enfiar o indicador na cara de algum senhor e dizer: esses, sim, são comunistas de verdade; não aqueles sindicalistas famélicos perdidos no Araguaia! Mas meu entusiasmo inicial “era fino e se quebrou”. Logo veio a decepção, quando vi que aqueles supostos revolucionários eram o produto mais sugestionável de uma aula mal elaborada de História (que resume tudo a opressores e oprimidos) e Geografia (pobreza, superpopulação, unha encravada etc são culpa do Capitalismo). Além disso, aquela turminha tinha um visual muito inofensivo, do tipo que o máximo de subversão que haviam ousado praticar na vida foi apertar todos os botões do elevador e sair correndo. Dessa galerinha tão “Nutella”, o pior que pode-se esperar é apanhar uma gripe, vítima de uma e

🔵 Pico D’olho D’água

Imagem
  Pico D’olho D’água é o topo de uma montanha da Serra da Cantareira na cidade de Mairiporã. O passeio indicado para ir com a família, tornava-se uma alternativa nada recomendável para ir à noite. Pois, uma iluminação mental sem limites recomendou que fôssemos beber a saideira ao som de rock n’ roll, longe da iminência de assistir a uma inundação de água e sabão. Uma breve deliberação depois... A turma irresponsável e destituída de algum grau de bom senso achou aquela ideia brilhante. Assim, saímos para o endereço bucólico. Enfrentada a estrada e a floresta, lá no alto, tudo foi como planejado: som alto e os estalos das latas de cerveja sendo abertas. Diferentemente dos alpinistas, não estávamos exaustos e, apesar de alcançarmos o topo sem escalar a montanha, fomos premiados com a paisagem alpina e alguma ventania. Aquela combinação (música e cerveja) trazia um relaxamento e uma perigosa desatenção. Sem saber, estávamos no lugar errado, na hora errada. Com o destemor típico da irr

Deslumbrada

Imagem
Devo estar bêbado, chapado de remédios ou dormi pouco, mas tive a impressão de ter visto Janja e Xuxa discutindo a vacinação. Janja já apareceu cantando, viajando, dançando, distribuindo conselhos contábeis e discutindo na internet. A moça, mesmo sem votos, vem exercendo certa ingerência na Presidência da República. Talvez essa seja a explicação da atual situação. No entanto, estou confuso, pois a cadeia sucessória é terrível: Lula e Alckmin. A Rosângela já veio com um apelido que sugere uma simpatia, como alguém legal e íntimo, que já é de casa. Somado a esse perfil, a gente começa a desconfiar quando jornalistas visitam a casa e promovem um ensaio fotográfico com ela. Tenho a impressão que — nesse processo de introjeção da primeira-dama no dia a dia, no imaginário popular e no debate nacional — Janja ainda será produzida para programas da ‘GloboNews’ (jogando golfe, pintando um quadro, tocando um instrumento musical...). A fila de jornalistas bajuladores é grande, mas a Natuza Nery t

Ludmilla e o ENEM

Imagem
  Tá, a cantora Ludmilla travou na hora de “esmerilhar” o Hino Nacional Brasileiro. “Bola pra frente”; “amanhã será outro dia”; “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Nada disso, a cantora deve enfrentar um desafio bem mais espinhoso. No dia da gafe começou prontamente um trabalho para manter a nossa cultura medíocre, bem como aceitar alegremente a escravidão da Lei Rouanet, que mantém os artistas preguiçosos e dependentes do governo. Mas a Ludmilla não tem culpa. Ela é apenas o fruto da Educação brasileira. Quem jogou a cantora nesse “rolo compressor”, passando-se por palco, está adorando a repercussão. Isso, que apelidaram de empoderamento, mantém as massas conformadas com “um Fusca, um violão, o Mengão e uma nêga chamada Tereza. Com uma linguagem ideológica do século XIX, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), tamanha é a precariedade do teste, expôs o nefasto instrumento de imbecilização. A fábrica de analfabetos funcionais despeja uma multidão de despreparados para en

Tá ruim, mas tá bom — Elvira do Ipiranga...

Imagem
Nossa intérprete do Hino Nacional Brasileiro (Fórmula 1) não teve culpa. Mesmo que tivesse, a culpa é dela e ela bota em quem quiser. Foi isto o que ela fez: “defeito técnico”. Ahamm. Na verdade, a culpa foi de quem contratou a artista, sabendo que a letra não poderia ser mais complexa do que os versos: “vai descendo até o chão” ou “quica com força”. Deixando minhas infelizes anedotas na obscuridade, o garoto do cavaquinho, esbanjando toda sua alegria e simpatia, bem como a malemolência brasileira, fez a sua parte. Tem também o gueri-gueri, o vai-que-não-vai... Pois bem, o menino deu azar, porque o apagão da Ludmilla expôs ao mundo um cavaquinho sendo espancado. Mas tudo bem, para mudar de ideia quem acha admirável alguém que arranha um berimbau de 4 cordas, se surpreenderá quando algum pirralho europeu executar a “5ª sinfonia de Beethoven”. A artista Vanusa já havia provado que era uma grande cantora, no entanto, também falhou na cerimônia onde cantava o Hino Nacional Brasileiro, como

Efeito retardado

Imagem
  Numa guerra, já sabemos, a primeira vítima é a verdade. Porém, com o uso da internet e a polarização da geopolítica, a confusão gerada pela desinformação atingiu o paroxismo. Para frear essa verdadeira torcida (como num Corinthians x Palmeiras), o Consulado de Israel em São Paulo achou necessário apresentar como tudo começou.  O objetivo da organização terrorista Hamas é acabar com o Estado de Israel. O “start” foi cegamente obedecido; as atrocidades envolveram sequestros, estupros e decapitações. Este foi o conteúdo do filme. O resultado da exibição do vídeo foi como previsto: jornalistas mais sensíveis, chorando, deixaram a sala. A cena lembrou alguns alunos, na escola, reagindo àqueles antigos filmes sobre aborto (ou, de acordo com a lenda urbana, durante a “brincadeira do copo”). A sessão de cinema macabro, espera-se, deve ter surtido efeito: fazer com que a imprensa trate o Hamas pelo que ele é: uma organização terrorista; os estudantes parem de seguir, como zumbis, “gurus” ideo

Buraco afrodescendente

Imagem
  Anielle Franco achava tudo muito chato, menos a Terra, que, para pessoas espertas, como ela, sempre foi redonda. Quando a ministra da Igualdade Racial veio à luz, descobriram a inutilidade de seu ministério. Com essa descoberta, poderiam desconfiar que a moça era incompetente. Para isso não acontecer, Anielle tomou providências. Anielle Franco se destacou por ser irmã de Marielle Franco; esta se destacou porque foi assassinada. É isso. Pois bem, Anielle ficou conhecida ao inventar uma pauta em São Paulo, no Estádio do Morumbi, na finalíssima da Copa do Brasil, durante o jogo do seu Flamengo. Ora, vejam só, quanta coincidência!  Para piorar a situação, a ministra ostentou o privilégio de ir ao jogo do “Mengão” num jatinho da FAB (Força Aérea Brasileira), e sua assessora expressou todo o seu racismo. A essas alturas, não seria necessário um telescópio superpotente, a sinecura poderia ser vista a olho nu. A solução para fingir competência e que seu ministério era útil: ela caçou uma pal

A luta dele

Imagem
  Sempre achei que os neonazistas estivessem escondidos atrás daquele estereótipo caricato meio antissocial, ultranacionalista e agressivo. Acho até aceitável o rótulo supremacista branco, a “Ku klux klan” nunca me deixou negar sua existência. No entanto, a História evidenciou que havia exagero quando xingavam qualquer um de fascista e nazista. Surpreendentemente, vimos justamente a verdadeira face daqueles que, por fanatismo político, saíam acusando os adversários de nazista, fascista, genocida, pedófilo, terrorista, golpista etc. Eu sempre pensei, e creio que estava certo, que esses adjetivos terríveis eram pronunciados a esmo, como uma nova e curiosa modalidade de ofensa. A guerra “Israel X Hamas” revelou a manifestação do antissemitismo da turma do “o amor venceu”, o “terrorismo ambiental”, as “feminazi” (feministas radicais), os “antifas”, etc. Provavelmente, disfarçando algo horrível dentro de suas personalidades, coisa que nem eles mesmos suportavam, veio à tona. No clássico est