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Mostrando postagens de setembro, 2023

🔵 Vozes do além

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  Acordei ouvindo vozes. Na verdade, era uma só voz, o que me pareceu bem mais assustador. Ainda com sono, eu demorei a entender o que estava acontecendo. Já que à medida que a idade vai avançando, a possibilidade de comunicação com os mortos aumenta, me conformei que aquela voz vinha de algum espírito. Devidamente desperto, livre da desorientação típica de quem acordou de madrugada apavorado e com o coração acelerado, me localizei e prestei muita atenção no conteúdo da voz do além. Juro que, mesmo acreditando em comunicação com os mortos, imaginava que quando isso acontecesse, eu ouviria algo como: “Aqui é o..., eu estou bem, não se assuste”. No entanto, o discurso continha teor futebolístico. Constatei que há muito tempo eu deixei de ser fanático, portanto descartei a possibilidade de serem vozes da minha cabeça. A palestra noturna era sobre futebol, o que parecia bem estranho. Cercado de interrogações, inclinei-me sobre os dois cotovelos a fim de localizar a origem do monólogo espor

A corte pede carona

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  A turma desse governo federal, apelidada de Carreta Furacão, está muito ocupada viajando o mundo para aplaudir o presidente Lula. Como não há motivo para aplaudi-lo, a Carreta Furacão cumpre a necessária função de claque. Nesse embalo, a corte lulista pega carona e faz um périplo aéreo nos jatos da FAB (Força Aérea Brasileira). O nível de deslumbramento e aproveitamento da boquinha estatal só é  comparável ao desembarque da corte de Dom João VI aqui. Os “aspones” alojados em Brasília sobrevoam o Brasil para visitar parentes, participar de eventos particulares e, inclusive, assistir a uma partida de futebol. Dia 24 de setembro, a ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle Franco, Anielle Franco, foi ao estádio do Morumbi... num jatinho da FAB. O que qualifica Anielle não é o currículo ou a esperada competência, mas o histórico de ser... a irmã de Marielle. Pois bem, a moça embarcou no jatinho e foi à final da Copa do Brasil assistir ao jogo. A justificativa que a ministra

🔵 Catraca Livre — Direitos estudantis

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  Era importante penetrar naquele imóvel sem ser descoberto. Definitivamente, eu me senti um infiltrado naquele ambiente inóspito repleto de arquétipos esquerdistas. Na verdade, um criadouro de revolucionários de praça de alimentação de shopping center sustentados por mesada. Os arquétipos que eu encontrei: o amigão com consciência social, a mina empoderada, o estudante de filosofia (que está na USP há uns 10 anos) e o auto-intitulado líder social de apartamento da Vila Madalena (flanelinha de minoria), todos cultivando uma aparência de despojamento de bens materiais.  À distância, é difícil saber se pela lobotomia em sala de aula ou pelo medo de se isolar socialmente, o pagante de pedágio ideológico abriu mão de sua própria personalidade em troca de aceitação. Ali, como num zoológico humano, eu pude ver algo que, ingenuamente, suspeitava não existir mais: o anacrônico jovem comunista. O jovem comunista é obrigado a exercer uma prática apelidada de pensamento crítico. O bonito nome até

Lula na ONU

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  Estão criticando Lula por levar a claque ambulante à ONU (Organização das Nações Unidas). Esta organização finge uma importância que não existe. No entanto, o presidente do Brasil está correto ao gastar altos valores para ser aplaudido ao mentir. O ato desesperado seria justificado principalmente se o sindicalista dissesse besteiras ininteligíveis como Dilma Rousseff dizia; do contrário, o discurso seria encoberto por risos comparados à claque do ‘Chaves’, ‘A Praça é Nossa’ ou ‘Zorra Total’. O palavrório, que o mandatário com nome de molusco cometeu no púlpito da ONU foi repleto de platitudes entreguistas. Ou seja, Lula falou tudo o que queriam escutar, o que sempre foi praxe para o famigerado populista. Mas na hora de recolher os frutos da subserviência estatal, o molusco de paletó foi ignorado. A cena do Joe Biden acionando a “saída estratégica pela direita” deu uma impressão de sobrevida ao presidente americano. Eu estava até animado, achando que a decadência pessoal de Biden

A jabuticaba — Ditadura democrática

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  Para nossa atenção, há um preocupante recrudescimento do uso da palavra “democracia”. Não deveria ser assim, mas é. Sem precisar citar nomes, assisti a absurdas figuras esvaziando o real significado do termo, à medida que atrofiavam-no. Cheios de péssimas intenções, esses estelionatários falam em “democracia”, enquanto puxam a sua carteira. Como um mágico, eles atraem as atenções para uma mão, enquanto a outra executa o truque. Atualmente, para ligar o “pisca-alerta”, e desconfiar das intenções, basta eu ouvir a palavra mágica “democracia”. Um exemplo notório de desvirtuamento do real significado das palavras é “antifascista” e suas variantes. Duas torcidas organizadas, com as mãos tingidas de sangue, deram-se as mãos para, hipocritamente, lutarem pela pauta “do bem”; escondidas numa embalagem simpática; o Muro de Berlim disfarçava suas real vocação sob um nome singelo: Muro de Proteção Antifascista; países como Coreia do Norte e Alemanha Oriental escondem e escondiam regimes di

🔵 Um furto furtivo

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  Não seria nada fácil levar o Vectra prateado. As luzes estavam acesas, então havia gente na casa. Provavelmente, estavam todos dormindo, pois era bem tarde, no entanto, tratava-se de uma casa de praia em Ubatuba. Esse cenário exigia uma dose extra de precaução, já que os hábitos das famílias nas férias são imprevisíveis. Para não acordar a família, abrimos o portão e empurramos o carro sem ligá-lo. Pronto, ganhamos a rua e fomos andar na cidade. Tudo saiu conforme o planejado. A molecagem quebrou o marasmo que seria uma noite jogando cartas e nos empanturrando de refrigerante barato numa casa isolada no litoral de São Paulo. Sim, “furtamos” o carro do pai do meu amigo, com a colaboração da turma hospedada na “choupana”. Apesar do deliberado conluio e da ação sub-reptícia, por uma infeliz coincidência, a turminha  tinha descendência e dependência da vítima. Depois dessa “associação criminosa”, subimos ruas, descemos, contornamos, aceleramos, freamos e fingimos ser os donos daqu

A História se repete

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  Reichstag, o parlamento alemão que foi incendiado em 1933, supostamente, sofreu um autogolpe. O partido nazista teria provocado o incêndio e colocado a culpa nos adversários políticos. De qualquer maneira, o fato deu abertura a medidas arbitrárias. Ou seja, quem obteve “lucro” com a situação foi a aparente vítima. A invasão do Capitólio, Estados Unidos, impressionou os mais distraídos, os influenciáveis e os torcedores anti-Trump. No entanto, depois de muitas exigências, as imagens foram exibidas, revelando uma condescendência com os invasores, parecendo muito uma visita monitorada. Resultado: tudo lembrou a estratégia que teria sido implementada no Reichstag. Acabou prejudicado o ex-presidente “nazista, fascista, homofóbico, supremacista branco” etc. No Brasil, alguns jornalistas previram que aqui haveria a replicação da infalível tática. Não deu outra. O nosso país não deixou de confirmar o eterno vaticínio: “Brasil, o país do futuro”. Por falta de um Capitólio, destruíram o Execut

Canetada

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  Bonnie & Clyde foram metralhados, mas eles estão sendo representados pela dupla Lula & Janja. Agora todos sabem o que os parceiros pilantras tanto fazem juntos em viagens dispendiosas. A duplinha de pilantras traz... canetas. Eu já vi esse comportamento reprovável de perto em um casal que, achando que os bares e restaurantes eram provedores de souvenires gratuitos, furtavam taças e talheres. Tudo com uma sincronia bem ensaiada, como em uma jogada de vôlei ou linha de montagem. Lógico, um sabia que o outro não valia nada, mas a cleptomania era muito mais forte. Assim é o casal “globetrotter” que ocupa o Palácio da Alvorada. Mas canetas! Tá bem, eu já tive a péssima mania de colecionar esferográficas franqueadas em feiras e exposições (Anhembi, Centro de Exposições Imigrantes, C. E. Center Norte etc). No entanto, mesmo legalmente, eu abandonei o colecionismo, antes que a oportunidade de obter algum item sub-repticiamente desafiasse minha índole. Lula, o anão diplomático, ignora

🔵 Bar de jazz?!

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  Foi estranho ver aquele sujeito com características de um legítimo punk falando que segunda-feira todos estariam num bar de jazz. De cara, incrédulo, eu fiz a pergunta retórica e um tanto tola: de jazz?! Para quem sempre gostou de música, tanto faz rock ou bossa-nova. Fui. Saí da universidade e, em vez de ir pra casa, desviei o caminho, rumo ao tal bar. Chegando lá, um sonzinho de piano não deixava dúvida de que havia encontrado o lugar combinado. Era incomum vê-los sentados ouvindo um pianista. O ambiente meia-luz, com aquele sonzinho de elevador, ou sala de espera de consultório, lembrava que aquilo era um bar, não uma recepção de casamento. Nossa conversa estava mais alta que a música. Enquanto isso, tudo conferia um bom gosto e uma sofisticação que destoava da nossa idade, visual, comportamento e histórico. Entretanto, essa incompatibilidade, concomitantemente à estranheza que causava, era bem vinda, muito diferente dos bares e shows de rock que frequentávamos. Aquele ritu

A turma do cachorro-quente

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  Jabuticaba, assim como a fruta, é como ficou conhecido tudo o que só existe aqui no Brasil. Todo o significado de ter um Lula como presidente é algo que só existe aqui. A celebração do Dia da Independência estava tão vazio que eu digo que um tiro-de-guerra ou colégio de periferia reuniram maior plateia. Um 7 de Setembro sem povo foi o que se viu. Mas não só isso: já faz algum tempo, o nosso Exército (melancia: verde por fora, vermelho [comunista] por dentro) parece composto por um “batalhão” de generais com a mesma firmeza de caráter de um general G. Dias. Neste 7 de Setembro, os militares, envergando uma farda camuflada, entregaram pães com salsicha. Definitivamente, a grandiosa data foi reduzida a uma festinha sindical. Lula conseguiu esvaziar a data cívica, o Exército, a Polícia Federal e o seu próprio governo. Governo que não consegue disfarçar a impopularidade. Os institutos de pesquisa lulistas, mais uma vez, viraram piada tentando hipertrofiar a adesão  popular. Na matéri

🔵 Museu da Língua Portuguesa

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  Foi impossível adivinhar o que poderia ter no ‘Museu da Língua Portuguesa’ além de palavras. Num museu, seja lá quem o artista for, eu não consigo disfarçar quando a obra for ruim. A coisa começa a denunciar picaretagem quando a, digamos, manifestação artística surge com uma máscara moderninha chamada de: ‘instalação’ ou ‘performance’. No entanto, a visita ao ‘Museu da Língua Portuguesa’ contrariou a falta de perspectiva. Sim, pode ter sido melhor com a turma da universidade. Em princípio, como suspeitei, as palavras estavam lá. Como as professoras estavam presentes, circulando pelo museu, fiz uma cara de inteligente, como quem apreciava a ‘Capela Sistina’. Tive que manter a farsa para fingir que eu estava realmente interessado em decifrar palavras soltas. E as professoras continuavam circulando como se esperassem que os vocábulos revelassem algum sentido oculto. Mesmo com a falta de interesse, fiz o mesmo. Diante da insistência das palavras em não dizerem nada além do que estava pat

O gato, o lobo e o cavalo — Fábula para adultos

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  A Janela de Overton é uma tática de engenharia social que consiste em “empurrar a história”, ou seja, deixar tudo mais tolerável. O espetáculo do ‘Cavalo Tarado’, que foi apresentado numa escola para crianças, foi apenas um lamentável capítulo da Janela de Overton. O número “artístico”, rompendo a Espiral do Silêncio, chocou a opinião pública, mas a tendência é introduzir algo mais “aceitável”, embora atualmente reprovável. A Espiral do Silêncio, no caso, mantém a opinião pública calada, com medo de cometer alguma “falta social” que pode ser rotulada como homofobia, transfobia ou qualquer “crime da moda”. O ‘Cavalo Tarado’ provavelmente foi recebido como um cavalinho, na pior das mentes, malvado, pela reação das crianças. Eu interpretei a reação infantil como um lobo mau ou um vilão qualquer invadindo a cena. Entretanto, o equino se empolgou e proporcionou uma atuação imprópria a plateias de todas as idades. Ah, tudo isso acompanhado de um funk pornográfico coreografado. Em qu

Câmera escondida

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  Sempre ele, Flávio Dino, nosso herói com nome jurássico, além de involuntariamente engraçado, é mentiroso. Não, como mente e cai em contradição com ênfase e certeza convincente, ele pertence a uma casta diferenciada de mentirosos: os mitômanos. Dino, o ministro da Justiça e Segurança Pública, escondeu as imagens do 8 de Janeiro até afirmar que apagou. A alegação foi tão infantil, que beirou a desculpa de que o irmãozinho quebrou, o cachorro comeu ou a mãe jogou fora na limpeza. Lamentável. Sem nenhum exagero, uma câmera de firma armazenaria e disponibilizaria com eficiência a movimentação 24 horas. G. Dias (sombra do Lula) me fez lembrar que é necessário atualizar as atribuições de um general do Exército. Ou será que apenas o G. Dias é “melancia” (verde por fora e vermelho por dentro)? A revelação das imagens fizeram o “bravo” general parecer tão enérgico quanto um militar trapalhão num quadro de ‘A Praça é Nossa’ (Comando Maluco). Um cursinho de segurança por correspondência,