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Mostrando postagens de 2024

Entre meias e gravatas

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  O filho mais novo do Lula foi acusado de agredir a esposa. O silêncio foi, com perdão do oxímoro, ensurdecedor. Entretanto, o presidente não poderia deixar passar em branco, portanto, tomou uma atitude. Imbuído de poder presidencial e, talvez, pensando na vantagem de ser o “grande líder”, vestiu meias com estampa da pintora mexicana Frida Kahlo. Pronto. Com este simples gesto, o nosso mandatário “resolveu” o problema da violência às mulheres, acenou às feministas e, secretamente, avisou ao filho que o “pé-de-meia” está garantido. Alguns dias atrás, morreu Joca, o cão. O animal morreu durante transporte aéreo, Lula entrou em ação: vestiu uma gravata em homenagem ao cachorro. Pronto. A primeira-dama, Janja, que sugeriu a gravata, “pegou rabeira” e também explorou a morte canina. Sabendo que o bichinho despertou uma comoção pública, ela convocou um constrangido ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Infelizmente, o óbito do “golden retriever” foi usado para atenuar a qued

🔵 Machucado: o soco que nunca existiu

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  O sinal iniciava a correria. Numa escola, a prioridade era, logicamente, a aula, mas no recreio valorizávamos cada segundo. Bola, copinho de plástico, papel amassado ou pedra eram chutados, quando as pernas eram poupadas. Pois bem, o alarme começou a esvaziar o pátio, os corredores e a quadra. Tendo sobrado apenas eu, a sensação de solidão e medo foi estranha. No primário, eu ainda tinha medo de chegar na sala de aula e pedir licença para entrar. A porta ficava na frente da sala, isso deixava as coisas muito mais complicadas. Para não deixar a timidez tornar a situação incontrolável, eu não poderia ser o centro das atenções. Pois era exatamente isso o que estava prestes a acontecer. Eu teria que chegar na sala de aula antes da professora. Esta corrida, que a docente participava sem sequer imaginar, começou. O vazio e o silêncio me apressaram, a ausência de adversários visíveis fazia com que a disparada cega fosse mais angustiante. O maior obstáculo era o morro que separava a quadra p

Aos que eram felizes e não sabiam

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  Durante a terceira semana de abril, presenciamos algumas pessoas confessando, ao vivo: Éramos felizes e não sabíamos. Alexandre de Moraes, Natuza Nery e Gerson Camarotti participaram dessa catarse em praça pública. Sim, ficou claro que essa frase foi dita para convencer que as mídias sociais trouxeram infelicidade. Até entendo que os donos de empresas de comunicação eram mais felizes quando detinham o oligopólio da informação. Eleger políticos e manipular o telespectador, o leitor e o ouvinte viciou. Pois, com a democratização da notícia, o telejornal da noite só apresenta notícias velhas e as tentativas de distorção, bem como, mentiras são desmentidas. É bom lembrar, talvez mais importante: a diminuição da audiência e da receita com anúncios. Qualquer tecnologia chega como um rolo compressor, e toda resistência só vence em ambientes ditatoriais. É legal lembrar da fita cassete, mas a música digital é muito mais prática e acessível; é bom recordar de quando íamos à locadora de filmes

Meia-boca [Piada grátis, no final do texto]

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  Produtos de marqueteiro, sempre que surgem denúncias o governo finge atitudes com programas plastificados que vão morrendo até caírem no esquecimento e acenos que não passam de perfumaria. Foi assim, quando o filho mais novo do Lula foi acusado de agressões: para o silêncio não ser absoluto, o presidente vestiu um pé de meia da pintora Frida Kahlo. Ostentar a peça de roupa não resolveu nada, mas agradou as feministas, forneceu material para a imprensa amiga e acalmou a militância. A solução para florestas torrando: um paredão com um novo programa para fingir que vai resolver o problema. As medidas são sempre procurando “apagar a fogueira”, sinalizando uma preocupação, em vez de resolver o problema.  Alguns ministros são incompetentes, mas estão lá para abastecer o mundo com símbolos. O mais eloquente dos símbolos é Marina Silva: visualmente, ela “é” o sofrimento da floresta. Ela frequenta debates, simpósios e cúpulas mundiais nos quais, quando ela fala, estabelece-se um silêncio espe

Uma chiliquenta na Câmara

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  Na terça-feira, 16, o deputado federal petista Glauber Braga teve um protagonismo em Brasília muito aquém das suas atribuições. O episódio mereceria, na ‘Sessão da Tarde’, o título: Um deputado muito louco. O bicho queria brigar. Primeiro, com um membro do MBL (Movimento Brasil Livre). Provocador, o sujeito do MBL sabia que o psolista era um fio desencapado. Depois de uma batalha de bisões zangados (encostando testa com testa), Glauber se beneficiou da chegada dos seguranças. Lógico, com a proteção destes, o parlamentar fingiu que estavam impedindo-o de arrebentar seu adversário. Depois, foi a vez de outro deputado, Kim Kataguiri. O azar do parlamentar do MBL foi cruzar o caminho de Glauber. Somente uma possessão demoníaca seria capaz de subtrair Kim do seu estado zen. O oriental teve seu estado meditativo interrompido por um psolista que deu tanta abertura a obsessores, que as almas perdidas tiveram que retirar senha para entrar no corpanziil do Glauber Braga. Pareceu muito claro, n

🔵 Está todo mundo preso

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  O velhinho que sentou ao meu lado era o avô da minha colega. Ele até que parecia alto, mas sua idade também deveria ser alta, uns 80 anos. Estavam impressos na carranca uma personalidade forte e aparência sisuda — aspectos estampados no rosto, próprios de quem passou a vida combatendo algum inimigo. Ao meu lado estava o Coronel Erasmo Dias, ex-secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, coronel do Exército e político. O nome pomposo ganhou maior relevância quando recordei que aquele senhor exercia o cargo no temido período militar. O senhorzinho passou a impor um respeito tácito por eu saber que ele liderou a histórica ação repressiva dentro da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e sua frase famosa é: “Está todo mundo preso”. Aquele vovô esperando a formatura da neta, que lembrava um idoso na sala de espera do posto de saúde, levantou-se para congratular a garota. De repente, voltou o vigor de quando os militares eram o governo federal. O brilho nos olhos, a voz de

Arquivos X

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  A imprensa antiga calou diante do escândalo “Twitter Files”, mas o sul-africano Elon Musk fez uma simples pergunta a Alexandre de Moraes: “Por que exige tanta censura no Brasil? Apesar de simples, a perguntinha desencadeou a fúria e a reação irada da militância esquerdista. A imprensa, como não pôde calar-se, passou a desqualificar Elon. Ou seja, como viu que seria impossível negar o que surgiu, atacou o mensageiro.  Está chegando o momento em que jornalistas militantes terão que falar a verdade, pois será impossível negar as evidências. Só que será tarde demais, porque a internet já terá herdado a credibilidade.  Alguns jornais começaram a escrever editorais acusando a ditadura embrionária. Antes, a abertura para opiniões contrárias criou um panorama favorável à censura. Opiniões divergentes, neste caso, não são recomendáveis, pois induzem algo como a esquizofrenia  ou o suicídio editoriais. Deslocamos a nossa equipe de pessoas que não têm o que fazer. Eles descobriram alguma

O corrimão do sucesso

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  Durante uma homenagem a Michel Temer na Câmara Legislativa do Distrito Federal, anunciou-se a presença de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Entre aplausos e vaias, o presidente da Câmara do DF, deputado Wellington Luiz, entrou em cena e marcou território, ou seja, praticou, com muito empenho e destaque, a pura bajulação. Sem a intervenção, os apupos, que já haviam cessado, teriam passado em vão. No entanto  Wellington fez questão de destacar a vaia. Ele interrompeu os apupos: “Só um minutinho, por favor, gostaria, gentilmente, de pedir para que respeitem o ministro Alexandre de Moraes, pessoa que é muito bem recebida nesta casa”. E continuou: “Não existe ninguém nesta mesa que não mereça aplausos”. Completou: “Eu quero deixar bem claro, nosso carinho por Vossa Excelência, ministro, por tudo que o senhor tem feito pelo povo brasileiro”. Alexandre adotou uma postura de quem queria sumir e embrulhou a cara,  como quem murmurava: “Fica” quieto. Wellington L

Tempos bicudos!

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História da histeria

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  Em 1938, Orson Welles narrou uma invasão de marcianos. Uma histeria coletiva deixou a população insana, e o pânico se instalou. Como uma “Pegadinha do Mallandro”, era tudo brincadeira. Porém, como experimento social foi proveitoso. Essa “experiência” mostrou como é fácil manipular a opinião pública. E a polêmica “Alexandre de Moraes X Elon Musk” deixou a torcida do Alexandre nervosa. Jornalistas, influenciadores e interessados em geral “passaram recibo”, ou seja, expuseram um desespero que inspirou diversos memes (nacionais e internacionais). A histeria chegou ao paroxismo quando “descobriram” e avisaram que era falsa a seguinte postagem: Moraes dá 24horas para Elon Musk entregar o passaporte e a chave do foguete SpaceX na Polícia Federal e proíbe o bilionário de deixar o planeta. É, lógico, uma piada! Entretanto, como Orson Welles, a jornalista Daniela Lima, da GloboNews, tentou transformar uma teoria conspiratória em histeria coletiva. Texto: “O Elon Musk está espalhando uma estrat

Show do bilhão

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  Foi descoberto um esquema que impedia que contas do X (antigo Twitter) existissem ou enviassem “hashtags” (#). Como os perfis pertenciam à direita, a manobra ilegal consistia em censura e interferência nas eleições. Mais grave: a determinação partiu do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Elon Musk, dono do X e pessoa mais rica do mundo, entrou na briga, o que torna a perseguição de conhecimento mundial. Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), que é a personificação da perseguição, virou o alvo a ser derrotado por Elon. Durante muito tempo, o ministro se sentiu numa zona de conforto enquanto prendia idosos, entretanto, agora entrou um bilionário maluco (no bom sentido) disposto a ir pro “all-in” (apostar tudo). “O Brasil sofrendo um ataque orquestrado da internacional fascista”. Esta frase não faz o menor sentido, mas tenho que admitir, a escolha das palavras foi pensada para a frase parecer bonita, e que estamos diante de uma descoberta bombástica. O autor do

Cenas do próximo capítulo

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  Várias novelas receberam títulos com a palavra “Brasil” (e suas variações) como metáfora para o roteiro do País. Não é à toa, diariamente, diretamente na política, bem como na periferia do poder, o desenvolvimento (no sentido de dramaturgia) segue uma realidade fantástica, como se fosse escrito por Dias Gomes. A série “House of Cards” já mereceu comparações com os acontecimentos de Brasília. No entanto, como é absurdo, o que ocorre na capital federal desafia a criatividade dos roteiristas cinematográficos. Parecia que apenas eu não assistia ao último episódio de ‘Avenida Brasil’. Entretanto, basta acompanhar algum noticiário para saber como desenrolam tramas, traições, brigas, poder, fama, cargos, finanças etc. A minha desprezível curiosidade de me manter “informado” das intrigas, melindres e dramas pessoais, também é saciada nos blocos políticos dos telejornais. Parte do jornalismo se presta a ser uma espécie de “TV Fama”, considerando as trivialidades que refletem nas decisões do E

🔵 Guerra dos sexos

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  Apesar de soar estranho, ir a um boliche foi aceito, Para dois casais, era difícil argumentar que, em São Paulo, faltou opção melhor; porém, o esporte/entretenimento, mesmo não sendo convencional era uma mania que seria praticado com chope e fritas e era diversão garantida. E o melhor: atento às armadilhas, eu poderia trafegar na minha zona de conforto. Aquela derrota na sinuca, eu estava certo disso, foi um acidente, portanto, tinha muita certeza, não a levaria à pista de boliche sem a absoluta segurança da vitória. Mesmo no Shopping Center Norte, a experiência adquirida na avenida Guilherme Cotching era suficiente para escapar das “armadilhas” mesmo lutando contra os efeitos etílicos. O esporte obscuro era uma oportunidade de eu demonstrar alguma superioridade, fingindo dominar o jogo. Mas eu não sabia que o chope iria me prejudicar. Confesso que cada “strike” realizado pela minha namorada doía no coração. Meu amigo logo viu que aquele teatro farsesco naufragaria, então não partici

Prenda-nos se for capaz

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  Querubim e Serafim, digo, Tatu são nomes que remetem a uma certa ternura. Porém, diferentemente, são os apelidos de dois integrantes de facções criminosas que fugiram de um presídio de segurança máxima. Sim, o governo federal criou a fuga de presídio de segurança máxima! Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, justificou a falha, dizendo: relaxamento por conta do Carnaval. Só faltava ele dizer, malandramente: Sabe cumé quié, ziriguidum, telecoteco, balacobaco, prucurundum... Humilhação ou facilitação, tirem suas conclusões. Dando asas à imaginação, a façanha foi cinematográfica como as peripécias de Indiana Jones. Os facínoras (Querubim e Tatu) tiveram sua aventura facilitada com câmeras desligadas, vigias curtindo um carnavalzinho e ferramentas à disposição. Sim, os fugitivos encontraram a facilidade de quem vai passando de fases num joguinho de videogame. Lewandowski, investido de poderes de “Loucademia de Polícia”, considerou a operação de recaptura fr

O Forrest Gump brasileiro

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  O instinto de sobrevivência e a modéstia me mantiveram escondido esses anos todos, entretanto, sinto que chegou o momento de compartilhar minha acidental existência. Fui o personagem de alguns retratos que eternizaram momentos cruciais, seja para o Brasil, seja para o mundo. Muito embora, frutos do acaso. No Brasil, falei que lutei pela democracia, correndo da Polícia e do Exército, enfrentando cavalos. No entanto,, levei a pior, escorregando em bolinhas-de-gude. Os policiais correram para me ajudar. Contudo, o disparo fotográfico me foi generoso, portanto, mantenho a narrativa que lutei contra a Ditadura. Perseguindo, com tenacidade, o objetivo democrático, fui surpreendido por um clique dedo-duro. Desta vez, pixando um muro. Eu estava escrevendo “Abaixo a ditadura do proletariado”, mas fui interrompido. A frase, que inclusive virou enredo de escola de samba, saiu na emergência da atitude. A fotografia ficou histórica, mas meus pais nunca gostaram dela. A Copa do Mundo de 82 me prop

“A Amazônia é o jardim do quintal”

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  Lula acumula números negativos; Macron enfrenta uma Revolução Francesa por semana. Lula, como solução, selecionou uma verba espetacular para uma propaganda bem petista. Macron municiou-se de repelente e veio até a “Terra da Dengue”, nos “Jardins Suspensos da Amazônia” passar uns dias de “Lua de Mel” com o barbudo. Um punhado de índios da ONU, e defensores das minorias lulistas enfeitavam a reunião. Vendo-se impossibilitado de controlar os agricultores franceses, Emmanuel Macron pisou nesta terra “abençoada por Deus e bonita por natureza”. O Francês saiu à francesa e trouxe debaixo do braço propostas draconianas. Lula, como de costume, logicamente, obedecerá.  Nesses momentos, eu realmente gostaria que o “presidengue” usasse todo o seu maquiavelismo. Mas não, ele infelizmente faz tudo o que o francês quer. Ruim para os brasileiros, bom para os franceses. Atingindo plenamente seus objetivos, o europeu até aceitou com alegria o cenário de povos originários e uma encantadora, pirila

Quem procura, acha

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  Natuza Nery e Janja percorreram alguns cômodos do Palácio da Alvorada. Numa estética que remetia imediatamente à revista Caras ou a um programa que visita as casas dos ricos e famosos, ambas examinaram as avarias no imóvel e o sumiço dos móveis supostamente usados pela família presidencial anterior. A repórter da GloboNews abandonou as técnicas jornalísticas e bancou uma bajuladora colunista social. Demonstrando indignação, a repórter seguiu o roteiro de Janja. A moça tem método, não à toa ela é esposa do Lula e petista. Michelle Bolsonaro avisou onde a mobília deveria estar. Mas os comparsas já haviam tramado tudo, e a nova mobília teria que ser comprada sem licitação. Não um estofado em 12X na Marabraz; não um lindo guarda-roupa de 8 portas no crediário das Casas Bahia; não um conjunto de mesa e 4 cadeiras no cartão Gazin, mas móveis finos com caríssimas e renomadas assinaturas. Ao ver a descrição de uma poltrona eletrônica, parecia a exibição das vantagens de se adquirir por telef