Quem procura, acha

 


Natuza Nery e Janja percorreram alguns cômodos do Palácio da Alvorada. Numa estética que remetia imediatamente à revista Caras ou a um programa que visita as casas dos ricos e famosos, ambas examinaram as avarias no imóvel e o sumiço dos móveis supostamente usados pela família presidencial anterior.


A repórter da GloboNews abandonou as técnicas jornalísticas e bancou uma bajuladora colunista social. Demonstrando indignação, a repórter seguiu o roteiro de Janja. A moça tem método, não à toa ela é esposa do Lula e petista.


Michelle Bolsonaro avisou onde a mobília deveria estar. Mas os comparsas já haviam tramado tudo, e a nova mobília teria que ser comprada sem licitação. Não um estofado em 12X na Marabraz; não um lindo guarda-roupa de 8 portas no crediário das Casas Bahia; não um conjunto de mesa e 4 cadeiras no cartão Gazin, mas móveis finos com caríssimas e renomadas assinaturas.


Ao ver a descrição de uma poltrona eletrônica, parecia a exibição das vantagens de se adquirir por telefone uma daquelas traquitanas da televisão. Bugigangas típicas de novo rico — ou quem tá com um dinheirinho sobrando — com “dor nas junta”, esses produtos, paradoxalmente, são de uma praticidade complicada. 


Pois os móveis foram encontrados. Lógico, depois da compra emergencial, portanto, sem licitação. Natuza, em vez de demonstrar a indignação própria de quem foi enganada, acusou o golpe,  exibindo a vergonha de quem sabia que estava construindo uma farsa.


A falcatrua de cama, mesa e banho custou muito dinheiro público. Sabendo do nefasto gatilho emocional que qualquer referência aos bolsonaros aciona no casal perturbado psicologicamente, uma cômoda causaria incômodo.


Antigamente, o ilusionista David Copperfield ficou famoso por fazer sumir grandes objetos (por exemplo, um avião), mas a dupla Lula & Janja superou a façanha ao proporcionar o sumiço de 261 móveis.


É óbvio que nunca encontraram, porque não procuraram. “A casa caiu!”




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