Futebol Feminismo

 



Há muitos anos, Luciano do Valle já era um entusiasta do futebol feminino. Mas muita coisa mudou, só permanece a jogadora Formiga, com 42 anos. Na Copa do Mundo, a Rede Globo despertou um fugaz  interesse pela modalidade. Ou será que tentam te empurrar, fingem um ufanismo, um entusiasmo que não existe?


O futebol feminino, para a Globo, é um produto e não poderia ser diferente. Meio de comunicação tem que render lucro. Só que é hipocrisia ela “lacrar”, pregando paridade salarial entre a Marta e o Messi ou o Neymar Jr.; e que tenha mais público no futebol feminino. O mercado regula as coisas de acordo com a oferta e a procura. Os nomes Neymar e Messi, por exemplo, “vendem” muito mais; a Globo, na próxima negociação, pode oferecer o mesmo “caminhão” de dinheiro, a CBF apoia.


A Band sempre exibe futebol feminino; a Globo exibiu a Copa do Mundo, quase que apenas dando destaque a aspectos muito particulares das jogadoras e técnicas, o que serve só para estigmatizá-las ou coisificá-las.


A Copa do Mundo de futebol feminino, em 2019, melhorou muito. A disputa, o preparo físico e a beleza das jogadas subiram de nível. Contudo, é legal ver esses jogos, como é divertido ver uma partida de pingue-pongue entre Tailândia e Emirados Árabes Unidos. Ou seja, tem uma emoçãozinha com prazo de validade. Curling pode ser mais emocionante, acredite.


Quando o esporte vira bandeira igualitária, perde sua principal função: entreter. Quando um simples gol é narrado como luta feminista, um carrinho é interpretado como busca de direitos,  e uma defesa é sinalização de empoderamento fica chato. A Marta marcou um gol e apontou, na chuteira, um símbolo de igualdade de gênero; a capitã da seleção dos Estados Unidos, foi idolatrada por defender os direitos LGBT (deve faltar alguma letra).


Quando misturam um tema sério, perde a graça. A Democracia Corinthiana foi exceção, num regime de exceção. O esporte, para quem assiste, tem que ser um entretenimento, durante a disputa. 


Uma máxima atribuída a Nelson Rodrigues, Arrigo Sacchi ou Milton Neves): “Futebol é a coisa mais importante, dentre as menos importantes”.






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