Mas, porém, contudo, todavia, entretanto...


Já disse Tom Jobim: “O Brasil não é para principiantes”. A Operação Lava Jato tem sofrido diversos ataques. O modo como essa força-tarefa segue em frente, lembra o filme Mad Max 2, onde um caminhão, carregado com combustível, seguia à toda velocidade, sendo atacado por vários ladrões querendo “desviar” a carga.

Com esses áudios receptados pelo Glenn Greenwald (já descobertos) e publicados no blog The Intercept Brasil e repassados a outros órgãos de imprensa, tentaram derrubar Sérgio Moro e agora viraram sua artilharia para Deltan Dallangnol. Mas já houve outras tentativas de, quem sabe, afastar a iminência da prisão de eminências. Tem político dormindo de paletó.

Você, ter que assistir a um sujeito como o Renan Calheiros inquirindo o Moro, é ter que ver o juiz se explicando ao bandido. Isso é a inversão de papéis.

A Glesi (crazy) Hoffmann parece uma vidente com Alzheimer -sabe de tudo de ruim que irá ocorrer nos próximos anos, mas não se lembra de tudo de péssimo que ocorreu no governo federal, nos tempos dela. Nessa inversão de valores, estão empurrando o Projeto de Abuso de Poder que só favorece aqueles que desviam recursos.

Nessa tentativa de sabotagem, a palavra democracia, é pronunciada sem que saibam seu real sentido. Igualmente, são sacadas “Constituição” e “Estado Democrático de Direito”, sempre que o meliante, em suas práticas sub-reptícias, é encostado na parede. 

A armação da saída do auto-exilado Jean Wyllys e o ataque do The Intercept gera inúmeras ilações quanto ao desencadeamento dos fatos. Muito já se especulou da real motivação do ex-deputado. Eu penso que ele acha que vai desembarcar como o Fernando Gabeira, em 1979, depois da Lei da Anistia, nos ombros de algum amigo e nos braços do povo. Isso, só se houver clima e se ele cultivar alguma popularidade.

     As pessoas que chamam Bolsonaro de “fascista” e “nazista” criaram um ambiente esquizofrênico de perseguição às minorias, absolutamente imaginário, coisa da cabeça deles. Essa turma sente uma grande saudade dos tempos que não viveram. Falam de “pegar em armas”, contra um inimigo inventado, numa “luta” quixotesca. Eles têm uma tara pela volta das Forças Armadas, maior que a dos intervencionistas.

Essa hipocrisia é desmascarada no jogo de palavras. O que vem depois da conjunção adversativa “mas” traz toda a verdade do que querem, realmente dizer. Aqueles que falam “eu sou contra a corrupção, mas...” ou “eu apóio a Lava Jato, mas...”. Toda a verdade está na frase subordinada, ou seja, no que vem após o “mas”. Exemplo: Eu apóio a Lava Jato, mas os juízes estão cometendo abusos. 

É só aguardar que surgirá outra oportunidade para os oportunistas que querem parar as investigações. Eles estão escondidos, como um radar móvel ou uma ave de rapina.

Aqueles que querem parar as investigações, lançaram mão de hackers (já descobertos), o mesmo expediente teria sido usado por um tal “Pavão Misterioso”. Esse perfil, com nome de ave, num paradoxo, ao invés de se mostrar, se escondeu no anonimato da internet. Com a boa intenção de proteger a Lava Jato, o Pavão fez espuma e tirou do ostracismo o cantor Ednardo (autor da música Pavão Misterioso). Quanto a turma que tenta confundir-nos de quem são os verdadeiros ladrões, eu digo:  “Eles são muitos, mas não podem voar”. 


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