Documentário em Vertigem ⭕️


O documentário Democracia em Vertigem, da cineasta Petra Costa, irá concorrer ao Oscar. Essa obra tenta mostrar os bastidores do impeachment, mas a visão é tão particular e inventiva, que o resultado é um mergulho na ficção. É a difusão da tese “foi golpe” nas telonas.

Petra Costa, herdeira do império da construção Andrade Gutierrez. Essa empreiteira, envolvida na Lava Jato, não é a única ligação perigosa da família da autora do documentário com a família de Lula. Na década de 90, Marília Andrade, mãe de Petra, hospedou Lurian, filha de Lula, em Paris, França. A amizade das famílias é antiga, os vínculos são estreitos (sobretudo, no Petrolão) e o Oscar está sendo usado para premiar essa narrativa de que foi golpe.

A cerimônia do Oscar, faz anos, virou palco de hipocrisia e “lacração”. Filmes enfadonhos, atores e diretores são premiados, não porque são melhores, mas porque passam uma suposta consciência social. Isso é hipocrisia, porque muitos que discursam, apontando o dedo para alguém, são pegos cometendo esses mesmos erros. Isso vem à luz, apesar de em Hollywood haver uma lei tácita do silêncio.

Meryl Streep é tão boa atriz, quanto especialista em transformar em palanque político, qualquer palco de premiação. Nessa linha, vem a turminha “do bem”, esses que acham que governantes bons, são só os ungidos pela classe artística, não os escolhidos pelo povo, essa gente ignara.

No mais recente Globo de Ouro, Ricky Gervais apresentou a cerimônia com uma contundente e destruidora crítica a esse engajamento de plástico. Foi bem sem graça, para quem vestiu a carapuça. 

Democracia em Vertigem, em tempos de delação premiada, pode ser a mentira premiada. Eu não vou torcer para esse documentário, porque eu já torço para o Corinthians. A Petra já tem, não o Globo de Ouro, a Palma de Ouro ou o Urso de Ouro, mas a cara de pau.


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