Luiz Livre



Dia 20 de novembro, será o Dia da Consciência Negra. Durante anos, substituíram, inventaram e suprimiram heróis, manipulando, assim, nossas referências do que é uma grande personagem histórica. A data do feriado foi escolhida por ser a da morte de Zumbi dos Palmares. 

Há muitas controvérsias nessa figura. Uns relatam que ele foi proprietário de, vejam só, escravos; outros dizem que ele nem sequer existiu. O fato é que a causa racial é legítima, dado o nosso passado escravista e o presente difícil. Porém, a iconoclastia de Zumbi e esse feriado, foram escolhidos para apagar a importância da Princesa Isabel e o 13 de Maio. Sendo mais direto, para reforçar o discurso do “nós e eles”. Dividir para conquistar: negros contra brancos, pobres contra ricos, homossexuais contra heterossexuais etc. Tenta-se impor uma segregação forçada, que aqui não existe. Enfim, o Brasil  não é um país racista; é sim, um país onde há muitas pessoas racistas.
Luiz Gama, baiano, deveria ser mais lembrado, principalmente nesta data. Ele foi um grande brasileiro, embora pudesse dizer muito a uma suposta minoria, pelo seu lugar de fala. Foi vendido como escravo aos 10 anos de idade, pelo próprio pai. Em vez de adotar o discurso de vítima, abolicionista, resolveu ganhar o jogo com as regras vigentes, tornando-se rábula (advogado sem diploma de Direito). Assim, conseguiu a liberdade de umas 500 pessoas. Seu cortejo seguiu ao Cemitério da Consolação, acompanhado por uma multidão, numa São Paulo bem menos populosa. Ele faleceu 6 anos antes da Abolição da Escravatura.
Para saber sobre Luiz Gama, leia sua biografia em um livro ou veja vídeos no YouTube.  Têm também, José do Patrocínio, André Rebouças etc. Escolha suas próprias referências, senão vão tratar você como um zumbi.



Ralf

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