Nadando de Braçada

 



A cada desembarque de Bolsonaro a molecada carregava, nos ombros, o deputado, chamava-o de “mito” e, entre palavras de ordem, cantavam: “1, 2, 3, 4, 5, mil, queremos Bolsonaro, presidente do Brasil”. Eu apenas ria, achando que a garotada curtia, tirando selfies para postar no Facebook. Afinal, o capitão que brigava com a irritante Maria do Rosário era retratado como alguém truculento, no mínimo folclórico.


O tempo passou, ele foi sendo ouvido e conhecido, quando veio a quase fatídica facada. O bolsonarismo já era uma realidade, aí já não adiantava a velha imprensa tentar demonizá-lo. O fenômeno cresceu tanto, que inclusive figurinhas manjadas da política e os aspirantes a alguma relevância surfaram nessa onda. João Doria, que sempre foi capaz de acender uma vela pra Deus, outra vela pro Diabo, vislumbrou aí sua tábua de salvação para ascender ao governo do Estado de São Paulo. Ele foi capaz de tudo: fazer arminha com o dedo, adotar o ridículo nome “Bolsodoria”, arriscar algumas flexões e aparecer como “papagaio de pirata” do capitão.


Assim que eleito, Doria fingiu que nem o conhecia. Normal. Ele já tentou ser o “pai” da cloroquina. Como julgou ter feito a manobra errada, fingiu que fomos lobotomizados e voltou atrás. Tudo, absolutamente qualquer coisa de ruim que acontece, é atribuído ao presidente. Essa narrativa, completamente desesperada, já caiu em descrédito junto à população, porque é falsa.


Mesmo quem é a favor da privatização é contra a maneira açodada com que “Ditadoria” quer porque quer, segundo suas palavras, “vender São Paulo para os chineses”. Essa vacina chinesa tem que ser aplicada no máximo possível de brasileiros. A insanidade do governador para cumprir esse objetivo, evidencia inconfessáveis interesses já acordados.


No feriado do Ano-novo, Bolsonaro esteve na Praia Grande, no litoral paulista, foi ovacionado pelos brasileiros, que não caem na narrativa negativa que tentam atribuir a Jair todos os males que assolam o Brasil. É normal que um presidente cometa erros; para uns, mais, para outros, menos, mas estão exagerando. Acusá-lo de comer ou nadar sem máscara é ir contra a lógica e chamar o cidadão de burro. Nem a oposição declarada joga tão sujo.


João Doria não conseguiu fugir para Miami e ainda foi xingado na Praia Grande; Jair Bolsonaro, nadando de braçada, foi ovacionado na Praia Grande. Doria pôs a culpa pelos xingamentos, é claro, no Bolsonaro. Para o governador, “o mar não está pra peixe”.

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