Moça Fiesta

 



Joice Hasselmann é uma personagem relativamente nova na política. Nova, mas com velhas práticas. Pior, achando que engana velhas raposas. Ela acha que faz acordos, ora com Deus, ora com o diabo. De traição em traição ela não vai longe, pois ninguém tolera gente assim.


Joice Hasselmann é formada em Jornalismo, e foi como apresentadora da TVeja que a conheci. Se dizia “de direita” e batia forte em tudo que parecesse ser “de esquerda”. Dialogava com a chamada Nova Direita e se apresentou como linha de frente do bolsonarismo. Se elegeu, como vários, na aba do Bolsonaro e navegou com ventos conservadores, que eram os mais favoráveis. Ser conservador é ter honra, moral, caráter, coragem e outros valores abstratos; ser conservador não é fazer arminha com a mão, achar que bandido bom é bandido morto e achar que o mundo é dividido entre pessoas de bem e os outros. Nossa heroína é tão conservadora quanto um pote de picles . Assim, foi eleita deputada federal. 


Alguns calcularam mal a “biruta” política, achando que o presidente estava sozinho, e se afastaram dele; outros tentaram enganar, continuaram fingindo apoio. A casa caiu, a farsa foi descoberta. Joice foi desmascarada aí. Ela simulava trabalhar para o País - ou seja, para Bolsonaro - e por trás fazia subterrâneas “articulações”.


Miss Piggy - apelido adotado, com orgulho, por ela - já era malquista pela esquerda; pois agora ela é odiada também pela direita. Talvez numa sanha sadomasoquista, a deputada parece se esforçar para ampliar o número de antipatizante. Pelo menos nisso ela vem obtendo sucesso com posts, declarações e vídeos mal-educados.


Peppa Pig - apelido pejorativo, do qual ela não gosta - votou e fez aguerrida campanha para o candidato à Presidência da Câmara Federal, Baleia Rossi, claro. Mas seu adversário, Arthur Lira, venceu. Ela deve ter pensado: por que não ir na festa do Lira? Para a humanidade seria estranho vê-la ali. Para a “Peppa” não. E, para ela, foi daquelas festanças históricas, nas quais árabes cantam e dançam, mãozinhas dadas, Hava Nagila e até os mais tímidos cantam (errando a letra) e dançam Whisky à Go-Go (num twist epilético). No fim, ela deve ter voltado para casa com as sandálias na mão e uma leve dor de cabeça. Cada um faz articulação como pode. Tudo para continuar um democrático e belo trabalho na Secretaria de Comunicação da Câmara. 


A articulação, num eufemismo  político, não funcionou. O cargo é da Carla Zambelli, mas a bebida e a comida deviam estar ótimas,






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