Conto de fardas

 


Era uma vez... 


...um protesto de uma turminha do barulho, a fim de aprontar mil e uma confusões, na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), para impedir a implantação de escolas cívico-militares. Confesso que o protestinho foi engraçado. Tão divertido, que esse tipo de evento merece um registro, digamos, encantado.


Trata-se, claro, de uma massinha de manobra. A tática é simples: algum “guerrilheiro” de mesa de bar arregimenta um exército mirim para servir de bucha de canhão. A proposta é sempre tentadora: um dia sem aula. Isso sempre funciona e evita algumas borrachadas da polícia. Se o potencial militante for convincente, pode garantir uma vaguinha no PSOL; se não, o desavisado estudante um dia descobrirá que perdeu uma parte importante da vida.


A esquerda já usava a estratégia covarde de formar a linha de frente com mulheres, isso evitava confrontos; no entanto, a “infantaria” foi formada por um pelotão infantil. Quase que isso fez um sentido etimológico, entretanto, a esquerda, querendo combatentes inimputáveis, o máximo que conseguiu foi uma galerinha estridente, mas inócua e, não por acaso, emula o crime organizado.


Protestos estudantis tinham sentido durante o governo militar; atualmente, é uma tentativa farsesca de repetir a história, implantar algum sentido à própria existência ou mero sintoma de doutrinação escolar. Se não aprenderam a tabuada do oito, que, pelo menos, aprendam que é muito clichê aquela imagem do estudante depositando uma flor no cano do fuzil.


Quase concluindo, tratando-se de estudantes secundaristas, o resultado teve o impacto de um comercial dos refrescos Tang, do sabão em pó Omo ou do achocolatado Nescau. Sendo mais claro, pareceu uma turminha esperta e “tchaptchura” que acha que vai transformar o planeta. Obviamente, não arrumam a própria cama, largam a toalha molhada no chão e não fecham a tampa da privada, mas querem mudar o mundo.


Com um pisão no chão, a polícia militar espantou os rebeldes de “playground”, que voltaram para a segurança do seio familiar...


...e todos viveram felizes para sempre. 




     FIM

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