Brasil, mostra a sua cara!


Uma das marcas de São Paulo é o congestionamento. Algumas ruas e avenidas, em horários de pico, estão diariamente engarrafadas, por isso os boletins poderiam ser gravados. Não contente com a quarentena, a cidade teve vias fechadas. 

Com o tédio da cidade sem congestionamentos, o prefeito, Bruno Covas das covas, mandou fechar algumas ruas e avenidas. Não bastasse o ônus dos atrasos diários por causa da atividade econômica da Locomotiva do País, em tempos de confinamento o prefeito “convoca” o congestionamento. Sim, porque o efeito colateral do fechamento de vias é o sobrecarregamento de ruas e avenidas. Bruno, que acha que ganhou uma cidade para chamar de sua, recrudescendo o rodízio, tenta evitar as carreatas. O que ele conseguirá é dividir as carreatas entre veículos com placas de final par e ímpar. O paulistano não quer sair de casa por birra, mas por necessidade.

João  Dória e Bruno das covas, governador e prefeito de São Paulo, respectivamente, tratam os locais que foram eleitos para governar como um novo brinquedo, com o qual podem, e exigem, fazer tudo o que querem. 

Já temos a obrigatoriedade do uso da máscara. É uma medida sanitária razoável, mas a insanidade está na cobrança que foi desencadeada. Jornalistas, que estudaram semiótica, filosofia, sociologia, enfim, cursaram uma faculdade, estão se submetendo à paranoia que a  “Covid News” emplacou. Resultado: jornalistas tornaram-se fiscais da Prefeitura, caçando transeuntes que se arriscam, por algum motivo, a circular sem a máscara.

A mordaça, digo, máscara, antes essencial apenas para ladrões, black blocs e o inofensivo Pierrô, é item obrigatório (não é figura de linguagem) ao sair de casa. Esse pedaço de pano (para muitos médicos, inócuo), está sendo usado com bom humor. Ou seja, de acordo com a personalidade de cada um, com estampas diferentes. 

Paralelo aos cuidados com o vírus, vem o oportunismo dos políticos. Superfaturamento em compras emergenciais, por isso sem licitação; compras em empresas inexistentes; um inócuo, por isso inexplicável, rodízio de carros e portas de lojas soldadas na capital paulista;e o exterminador dos futuros, João Dória, fazendo uma ligação perigosa para Paulo Guedes, para este desembarcar do governo federal. Estranhamente, quase todos que abandonam o Brasil grudam no governador de São Paulo.

O avanço no desrespeito à Constituição e aos direitos individuais está sendo posto em prática de forma açodada. A pandemia trouxe a oportunidade: deram um upgrade proposital no medo do vírus, instalaram a histeria coletiva e o denuncismo. A pancadaria e a arbitrariedade estão sendo encaradas com anestésica normalidade.

Aumentou o número de atendimento do Centro de Valorização de Vida (CVV), suicídio, violência, alcoolismo e consulta a psicólogos e psiquiatras.

A pandemia do vírus reavivou a endemia dos vermes.


“Pode-se enganar a todos por algum tempo;
Pode-se enganar alguns o tempo todo; mas
não se pode enganar a todos todo o tempo”.
Abraham Lincoln


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