Fatos & Fotos

 


Luciano Huck deve estar com muita vontade de ser o presidente do Brasil. Pelo menos a dedicação para limpar a sua barra é patente. Ele tem se dedicado a apagar fotografias com figuras influentes, mas encrencadas, de modo a parecer que só anda com gente limpinha. A pergunta: o que esse cara já foi capaz de fazer para sua vida parecer uma propaganda de margarina?


Recentemente, o apresentador apagou de sua, aparentemente imaculada, vida um retrato com o senador Chico Rodrigues, aquele da grana escondida no... na... cueca. Bem, de um jeito ou de outro, ele vai lavar o dinheiro.


O presidenciável também tentou demonstrar que nunca esteve com o jogador de futebol Robinho. Numa “pedalada”, ele eliminou sua imagem com o jogador acusado de estupro coletivo. Igual a sua casa, Globo, ele tenta eliminar rastros do, mesmo que rápido, contato com quem pode comprometê-lo, por ter cometido algum delito. 


Aécio Neves foi sumariamente cancelado, pelo menos nas redes sociais, do dono do Caldeirão do Huck. Após o político ter sido citado na Lava Jato, Huck correu para limpar sua biografia. Lógico que a emenda saiu pior do que o soneto. As fotografias foram replicadas e a repercussão foi grande.


Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Sérgio Moro foram alvos do arrependimento de Huck. A dúvida: por que pega mal aparecer com essas figuras? 


O apresentador da Globo, lógico, quer se mostrar bem relacionado, amigo de quem fez ou faz alguma coisa legal. Se fosse amigo mesmo, não apagaria as fotografias. A tentativa de ficar “bem na foto” não está dando certo, além de revelar um bajulador oportunista.


Josef Stalin apagava retratos de opositores, e, quase sempre, os próprios opositores. No livro 1984 (George Orwell), todo sinal da existência de quaisquer dissidentes da utopia vigilante, era apagado. Loucura, loucura, loucura. Luciano Huck não chega a tanto, talvez porque não lhe atribuíram nenhum poder. “Lapidar” sua imagem perante a sociedade é permitido, isso reforça a higidez da personagem que nos é apresentada aos sábados à tarde e nos intervalos comerciais, tudo, é claro, com muita luz, maquiagem e cenografia.


Por enquanto, apagar fotos não diz respeito à vida de ninguém, somente à dele mesmo; o perigo é se Luciano for um presidente que tenta apagar fatos que prejudicam a vida de todos.

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