Outras palavras

 


Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, não fez nada para diminuir a desigualdade racial, pelo contrário, empregou uma assessora racista. Entretanto, a irmã da Marielle Franco descobriu como ocupar o noticiário fingindo que está lutando contra o racismo. É só apontar causas abstratas, ininteligíveis e inexplicáveis, como “racismo estrutural”, “racismo histórico”, racismo sistêmico ou atribuir a palavras um racismo implícito, embora a etimologia evidencie a invencionice oportunista. Exemplo: buraco-negro. Sim, a moça enxergou, a olho nu, um racismo espacial.


Mostrando uma originalidade ou, o que é mais provável, cara de pau, a escolhida  porque é irmã da Marielle Franco diz que “efeitos da chuva são frutos do racismo ambiental e climático”. Espetacular! Parece loucura, mas ela sabe que irá chocar quando vê preconceito racial onde não existe. No entanto, esse é o método eficaz de disfarçar a inaptidão para o cargo. Enquanto isso, os racistas de fato encontram terreno fértil para agir nas sombras. 


O que a moça disse parece piada, e foi abordado como isso: “Imagina quando descobrirem que o Rio Solimões não se mistura com o Rio Negro!” É bem chato que um tema tão sério seja tratado como piada, porém a propaganda petista promete inclusão e, na prática, engana. Quem acredita na demagogia do Lula é conhecido como “massa de manobra”.


Assim como Marina Silva, Anielle Franco é um símbolo. Como tal, ambas foram escolhidas pelo “capital representativo” (silvícola e negra/irmã da Marielle), não pela competência. Seus ministérios funcionam como cabides de emprego e moeda de troca para exercer a verdadeira “articulação”, se é que você me entende.


Terminando o governo, Arielle Franco terá construído seu “pé de meia” e seguirá proferindo palestras, capitalizando o “status” de ex-ministra, para quem quiser acreditar em palavras e fenômenos climáticos racistas.


Esconder a ausência de realizações com coisas abstratas é método de políticos pusilânimes, ineptos e canalhas. Exemplo: o PT e sua “Democracia inabalada”. Aliás, quando a palavra “democracia” precisa ser repetida significa que algo está errado. Exemplos: República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) e República Popular Democrática da Coreia. Conforme os exemplos, estas duas ditaduras carregam no nome que nunca exerceram.


Se eu fosse tão inventivo, para faltar à escola ou ao trabalho, poderia ter tentado justificar com: dor de barriga estrutural, preguiça histórica, ou ressaca ambiental. Lógico que nenhuma dessas desculpas esfarrapadas (vagabundagem sistêmica) convenceria, entretanto, é assim que esse governo age.


Quem é racista não age de modo tão sutil, mas escancara o preconceito com atitudes e falas como a da assessora da ministra da Igualdade Racial.


Postagens mais visitadas deste blog

Inseto Insípido - Letra: Rafael da Silva Claro (1996) ▪️

Canetada

Operação gambiarra