Caiu a ficha?


 


Uma notícia mal difundida me induziu ao erro. Ao ver que, nesse Carnaval, haveria a distribuição do celular do ladrão, logo concluí que haviam institucionalizado o roubo e furto do telefone móvel.


Lula já falou em “humanizar” o crime e justificou o roubo de celular (“para tomar uma cervejinha”); uma filósofa petista confessou que é a favor do roubo; e Flávio Dino já demonstrou muita iniciativa para implantar uma política de desencarceramento. 


Como franquear o telefone, apesar de desastroso, era mais fácil, achei que havia chegado o momento que eu temia: premiar essa categoria do lumpemproletariado com o plano de governo ‘Bolsa Celular’. A “bandidolatria”, num plano de governo oculto, fez com que a ideia do tal celular do ladrão não fosse atribuída a uma realidade fantástica.


Entretanto, não era isso. Uma cervejaria resolveu explorar uma mazela do Carnaval e entrou nos blocos fazendo barulho. A estratégia de marketing serviu de crítica enquanto divulgará, involuntariamente, a marca. No fim, vi que a ideia da ação promocional da cerveja é sensacional! O aparelho foi fabricado para ser, igual a cerveja, tomado. Além de o celular vir com a logomarca da bebida, essa “novidade” carregou e carregará a marca por jornais, revistas, telejornais e internet. Deverá divulgar a cerveja na mão de foliões e, se tudo correr normalmente, na mão da bandidagem.


A peça, que tem tudo para virar um valioso item de colecionador, é publicitariamente chamada de ‘Brahma Phone’, mas a turma da internet já consagrou seu apelido: ‘Celular do Ladrâo’. 


Respondendo à pergunta óbvia: não é mais fácil deixar o aparelho em casa? A resposta é não. A aparente solução impossibilita o principal benefício, bem como, a mais necessária intenção de se aventurar a encarar a “via crucis” de se meter num bloquinho de Carnaval: tirar uma fotografia. Festivais de música também são assim: o importante é tirar uma “self” e ostentar  uma camiseta com a estampa “Eu fui”. Ir em festival de música para ouvir música é coisa de tiozão.


Se fosse atitude da Pasta de Justiça e Segurança Pública, o “Celular do Ladrão” seria inócuo; no entanto, como é uma ação publicitária, é espetacular!


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