quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Debate pra valer

 


No debate Folha/UOL, o atual prefeito, Ricardo Nunes, entrou na “pilha” do Pablo Marçal e quis engrossar na resposta: “A gente vai se livrar desse cara”. Pablo, lançando mão do estratagema de utilizar a força do adversário para contra-atacar, soltou essa: “A gente vai se livrar desse cara, é uma ameaça de morte?” Apesar de torcer o significado da frase, Marçal conseguiu o que queria. E eu construí a imagem mental do prefeito e sua esposa, de noite, escondendo o cadáver de Pablo Marçal e uma pá no porta-malas de um Chevette 78 e indo desovar num terreno na beira de uma estrada qualquer. Não me parece que isso seja impossível de acontecer, o apresentador sensacionalista (Datena) já está lá.


Dizem que os debates não são aproveitados para a discussão de propostas, mas os jornalistas perguntam sobre polêmicas. Por termos sido contemplados por uma gente disposta a arremessar uma cadeira e socar um marqueteiro pela Prefeitura de São Paulo, ignoramos que no interior do Brasil sempre houve atentados, muitos deles fatais. Além disso, debates sem polêmicas e discussões são considerados mornos e sem graça.


A “Estratégia das Tesouras” ou “Teatro das Tesouras” reage aos estranhos que insistem em estragar seus esquemas: como quem tenta armar uma banquinha de camelô, trabalhar como guardador de carros (flanelinha) ou ganhar uns trocados com sua arte em um ponto que já tem dono. As câmaras, assembleias e palácios são isso: pontos que já têm donos. A “Estratégia/Teatro das Tesouras” é o jeito mais “democrático” de armar um jogo de comadres com aparência de disputa.


O “show da democracia” estranhamente compõe uma chapa com os novos melhores amigos de infância Lula e Alckmin. O antigo fascista e nazista de ocasião agora grita “Lula, Lula” e canta a ‘Internacional Socialista’. O ex-governador de São Paulo era a “direita permitida” que polarizava o estado entre PT e PSDB. Agora, estão tentando emplacar um novo “Teatro das Tesouras”, tornando, vejam só, Ricardo Nunes a nova “direita permitida”.



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