Gambling (jogo de azar)

 



A vontade da esposa do presidente Eurico Gaspar Dutra, Dona Santinha, continuará vigendo?  Em 1946, o Brasil proibiu os cassinos por causa de um capricho doméstico, de uma vontade da esposa do presidente do Brasil.


O jogo do bicho quase sempre fez parte da “cultura popular”; sempre tem um cassino clandestino sendo “estourado” pela Polícia Civil; bingo sempre foi atração de quermesse; jogos virtuais estão rolando, principalmente no exterior  e sendo amplamente divulgados aqui. Diariamente, vemos propagandas exibindo a palavra inglesa ‘bet’, que traduzida significa “aposta”. Esse exemplo escancara que essa atividade vem sendo explorada.


A proposta de 1991 será, finalmente, votada, mas não passará porque o falso moralismo vencerá. Eu sou a favor porque a jogatina já rola solta. A falsa moralidade, portanto hipocrisia, impede, não sabemos por quais interesses,  essa volta.


Os argumentos são fracos. Dizem que o crime organizado encontrará campo fértil para “trabalhar”. Se o crime organizado não existisse aqui, esse argumento seria válido. Além disso, o crime tem que ser combatido sempre.


Aquela história do vovô ou a vovó, viciados em jogos, gastando a aposentadoria no cassino é lenda. Quem sofre desse vício já tem que ser retirado do bingo, carteado, caça-níqueis ou pôquer clandestinos. Pelo contrário, quem está “limpando” o cartão de crédito é o pirralho que joga de tudo nos ‘sites’ com um nome seguido de “bet”.


Na verdade, não é nem tanto pela jogatina. Cada cassino faz parte de um complexo com hotel, bar, restaurante, shows etc. No Brasil, o turismo é subaproveitado. Diferente das drogas, essa liberação não será aprovada porque o “fantasma” da Dona Santinha ainda ronda os corredores do Congresso.


O jogo já está perdido, quando o Estado tem que ser o agente moralizador do cidadão.


Edmund Burke: “quanto mais freios internos nós criarmos, menos vamos precisar dos externos”.









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