Descriminalização da criminalidade



 A gritaria veio de várias partes. A dura resposta da Polícia Militar de São Paulo contou com o apoio da população do Guarujá, que é quem mais sofre com o aumento da criminalidade; por outro lado, houve protestos de jornalistas e choveram manchetes como: “O crime organizado reduz a criminalidade”, (FGV - Fundação Getúlio Vargas). 


São criativos e, concomitantemente, piegas quando criam a expressão: populismo punitivo. A expressão parece-me uma solução meio envergonhada de defender o lado errado da guerra. Mas o tal “populismo punitivo”, que parece tese de especialista da USP, vai ser replicado por “especialistas em segurança pública” de gabinete.


O pior é quando personagens do governo defendem bandidos ao invés de defenderem a Polícia. Foram os casos do ministro da Justiça e Segurança Pública e o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Flávio Dino e Silvio Almeida, respectivamente. O ministro de sobrenome jurássico, que entrou e saiu tranquilamente de uma favela controlada pelo tráfico, até agora, apenas anunciou medidas de punibilidade ao cidadão.


Em 1968, Hélio Oiticica disse: “Seja herói, seja marginal”. Pois, a celebração da figura do marginal voltou, porém sem o disfarce boboca ou a visão romantizada do justiceiro social e vítima do sistema que os intelectuais conseguiram embalar; dessa vez, parte dos pseudo-intelectuais e funcionários governamentais nem tentam edulcorar as ideias tortas.


Vazou uma “orientação” de um advogado a serviço do crime.  No áudio, o advogado determinava o que o assassino do policial devia dizer: basicamente, numa inversão de culpabilização, incriminava o governador e o secretário da Segurança Pública de São Paulo. Automaticamente, essas diretrizes (narrativas) tomaram conta das redações, então os jornalistas começaram a incutir a falácia da “chacina” policial e converteram criminosos em estudantes.


Aqueles que, fingindo-se humanitários, defendem os criminosos, moram longe ou têm condições financeiras de manter afastados seus nefastos efeitos; pelo contrário, quem é pobre vive sob o jugo da criminalidade. 







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