Pablo Marçal chutou o pau da barraca nos debates, entrevistas e sabatinas. Nos debates, todos entraram na “pilha” dele e foram desestabilizados. Marina Helena nĂŁo foi convidada para quase todos os encontros, e foi essa a maior sorte dela, mesmo sendo respeitada e poupada da anarquia do candidato do PRTB.
Marçal Ă© o Coringa (Batman) que está “botando fogo no parquinho”. Desmoralizando jornalistas e adversários, ele usa a força de quem vem para destruĂ-lo, invertendo o alvo. Exemplo: no programa Roda Viva, ele corrigiu uma jornalista, que era apenas mais uma dos que queriam destruĂ-lo: “SĂł uma coisa, Ă© ‘cidadĂŁos’”. Assim, Marçal atingiu uma das principais feridas de qualquer jornalista: o PortuguĂŞs que deveria ser impecável. Mas ele tambĂ©m tem alguns “calcanhares de Aquiles” (assuntos espinhosos).
Ao que parece, o “peerretebista” reuniu todo o glossário e sĂmbolos que atraem votos (da direita e alguns da esquerda). O sotaque “capiau” carregado e a postura de moleque enganam. Como prefeito, Ă© uma incĂłgnita; para uso pessoal, a tĂ©cnica de comunicação e persuasĂŁo Ă© infalĂvel.
Datena resolveu imitar o Datena. Sem um teleprompter (aparelho que exibe o texto a ser lido), abusa de maneirismos que parecem gagueira. Desse modo, segundo pude entender, suas propostas sĂŁo: “Da da da da da, be be bĂ© e mi mi mi mi. Quando Ă© possĂvel penetrar na sua linha de raciocĂnio, traduz-se narrações de enchentes, problemas da cidade que “as autoridades tĂŞm que resolver” e blábláblá.
Tabata Amaral, a ”boniteza” e a voz de Sandy da garota nĂŁo enganam, Ă© a candidata mais nova a exercer a velha polĂtica, Ă© a nova geração do CentrĂŁo. Como uma milagrosa reencarnação da Simone Tebet, seu futuro Ă© herdar um ministĂ©rio do PT. Sua principal estratĂ©gia para desmoralizar a “bola da vez” — no caso, Marçal — Ă© puxar a lei mais obscura da Capital e deixá-lo sem resposta. É a chamada pegadinha. Esperta!
Ricardo Nunes Ă© o “PicolĂ© de Chuchu” municipal. Ele Ă© sĂł uma fachada com um verniz de passividade escondendo uma tribo de caciques polĂticos. Nunes Ă© o “carro abre-alas”.
Principal vĂtima do “Coringa”, Guilherme Boulos veio fantasiado com sua “pele de cordeiro” na versĂŁo vencedora “Paz e Amor”. É sempre divertido e libertador assistir ao Marçal acabando com a farsa.
A eleição de SĂŁo Paulo sĂł atraiu a atenção do restante do PaĂs porque contĂ©m um sujeito anárquico, que nĂŁo leva esse “circo democrático” que Ă© qualquer disputa eleitoral brasileira. A diferença Ă© que esse certame tambĂ©m mata, mas mata de rir.