Pânico no Jornalismo


Seja a favor do governo ou contra, no Brasil, uma coisa é consenso: o Jornalismo é mal feito e pautado em vingança. Jornalista não pode escrever com o fígado. O PT já gritava: “o povo não é bobo, fora Rede Globo. 

Assim como eu, você não vê mais propagandas da Caixa Econômica Federal, Petrobras, Banco do Brasil e Correios. Esta última tem o monopólio em seu setor e a Caixa Econômica Federal tem a exclusividade em muitos serviços. Além disso, tem a Secretaria Especial de Comunicação Social (SECOM). Só dessas duas fontes, secou muito dinheiro, que antes era despejado, nessas e em outras empresas.

Parecia estranho, jornais vendendo cada vez menos em bancas (por causa da internet). O fato é que essas empresas não dependem dessas vendas, e sim da SECOM. As emissoras também sofrem. Meio-dia, quase todo mundo já sabe o que aconteceu e ouviu ou leu muitos comentários. Ou seja, os telejornais já começam velhos.Chegar em casa à noite, depois de um dia de trabalho e ver o telejornal para saber os fatos do dia, perdeu o sentido.

A solução é um tiro no pé: não noticiar (esconder) o que não interessa a eles, criar fatos, emitir opiniões sobre o nada e encher de emoção negativa acontecimentos inócuos. As empresas de comunicação vão perdendo credibilidade, enquanto a internet (com a devida seleção) vai ganhando. Empresas que diziam buscar a informação, nessa escalada de vingança, mostram que, na verdade, visam apenas ao lucro.

Nessa disputa, o programa Pânico da Jovem Pan, se torna uma ótima opção para se informar. Lá, figuras sisudas riem de si mesmos. Qual outro lugar Rodrigo Maia (presidente da Câmara Federal) e Bruno Bianco (secretário especial da Previdência e Trabalho) seriam chamados, respectivamente, de Nhonho e Mickey, entrando na brincadeira? Não há programa onde as conversas com quaisquer candidatos a cargos eletivos sejam melhor indagados. Eles são “obrigados” a responder perguntas espinhosas e a deixar a máscara lá fora, pois estão sendo submetidos a humoristas. Genial !

O Pânico é um programa de humor, no entanto seus ouvintes envelheceram e ficaram mais exigentes, sem perder o bom-humor. Com esse gosto do brasileiro, tardio, por política, perderam espaço, na programação, ex-BBBs, capas de revistas masculinas e “celebridades” desconhecidas.

Um programa, supostamente, despretensioso que alcança resultados que os jornalísticos, ditos, sérios e com credibilidade não conseguem.






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