Fake news

 




A velha imprensa — de métodos arcaicos e pensamento emperrado — acha que, atualmente, gente demais têm opinião. Engano, o que mudou foi a plataforma e sua disseminação. Alguns jornalistas acham que possuem o monopólio da palavra, da informação. 


O formador de opinião é um bicho em extinção;  quem é lido e ouvido já é o agregador de opinião. Ninguém quer acompanhar um comentarista que procura desinformar e, principalmente, tem uma narrativa diferente do que ocorreu. Tudo tem que ser chamado pelo seu devido nome. Exemplos: assassino não é suspeito, homicídio não é suposto homicídio. Frase de Groucho Marx: “Afinal, você vai acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?”


A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das ‘fake news” é apenas o meio que políticos encontraram para calar as vozes roucas do povo nas ruas, sem pronunciar sua verdadeira intenção, mera perseguição e censura. A oposição está procurando um crime para fazer o que, contra eles, seria golpe. É a incessante busca de um terceiro turno. Para isso, procuram a materialidade dos fatos.


Voto censitário ou de cabresto, isso já era; com a volta das eleições diretas, foi implantado, sorrateiramente, o “voto de boiada”. O “voto de boiada”, ou de manada, consiste em guiá-lo para eleger candidatos que manterão o “esquemão” funcionando. Somente os novos “homens bons” são reeleitos.


Como ousam, pessoas do povo decidindo quem será o presidente! Isso é coisa de robô, milícias digitais e “fake news”. “Tias do Zap”, são aquelas suas parentes, ou colegas do trabalho que enviam aquele “bom dia”, frases otimistas com dez exclamações, emoticons e gifs no seu celular.  Agora, elas resolveram trocar ideias políticas, aí é demais para os novos “coronéis”, que fizeram da máquina pública uma sinecura para chamar de sua. Cargos (boquinhas) são passados, como herança, para filhos, netos, sobrinhos, primos, genros etc.


Os meios de comunicações tradicionais, tentando esconder o óbvio, perdem a credibilidade. A internet “mete o pé na porta” e abre esse caminho. Sim, têm muitos sites duvidosos, mas, também, gente muito boa criando conteúdo. O telejornal, no horário nobre, era importante para quem passava o dia trabalhando ou estudando, ficar informado do que ocorreu durante o dia; hoje, com a internet, quando é meio-dia,  já sabe-se de todas as noticias e seus comentários. 


O “caso Escola-Base”, que destruiu famílias, com falsas acusações de abusos infantis; em 2014, a campanha da Dilma mostrava: se a Marina Silva fosse eleita, o Bolsa Família iria acabar. São só dois exemplos de “fake news” (notícias falsas) graves, no entanto, o Congresso não correu instaurar nenhuma CPMI. Por que não? 


A democracia (poder do povo) está em perigo, sim. O perigo não vem de onde apontam.













    

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