Não denigram o Jornalismo

 




Estamos assistindo cenas explícitas de “lacração” na televisão. Não detectei se apenas para sinalizar virtude ou também para bajular o patrão, mas vemos jornalistas corrigindo outros jornalistas no ar sobre quais palavras convêm usar. No afã de demonstrar que seguem o “politicamente correto”, erram.


O canal de televisão de notícias CNN exibiu um episódio constrangedor de “aula” ao vivo. Apesar de politicamente incorreto, contou com a aquiescência bovina do comentarista Alexandre Borges. Este, foi “corrigido” ao vivo pelo apresentador Evandro Cini.


A palavra em questão era “denegrir”, que foi “cancelada” porque seria racista. “Denegrir” está sendo falsamente acusada de racista com uma etimologia feita “nas coxas” (uma expressão falsamente chamada de racista). A inocente palavrinha deriva do latim “debigrare” e não refere a cor de pele. 


Apesar de exercer uma “fake news” digna do ‘Twitter”, a CNN jamais será investigada no “Inquérito das Fake News”. A TV americana tem licença para mentir, assim como as brasileiras. Mas quando o jornalista não trabalha num veículo de grife é facilmente apelidado de blogueiro ou youtuber.  Apesar de ainda não serem fontes inteiramente confiáveis, cada vez mais nos blogs e, sobretudo, no YouTube que se encontrarrá o “antes e depois” conflitantes dos políticos.


Alexandre Borges aceitou a corrigenda do colega de CNN porque também reza a cartilha do politicamente correto e teme ser perseguido e cancelado por sua turminha  vigilante e  perseguidora. O jornalista, preocupado em pagar o caro pedágio ideológico, abaixou a cabeça, fechou os olhos e, tacitamente, pediu desculpas a uma turba enfurecida. Segundo Jordan Peterson, isso não se faz.


A CNN está prestes a demitir jornalistas porque passa por uma crise. Certamente,  Evandro Cini acenou para sua patota ideológica e fortaleceu sua candidatura a funcionário do mês, em detrimento do colega comentarista. Prevendo a “foice” da demissão, fez o seu ”comercial” em cima do subserviente comentarista, porém, na ansiedade, errou. Assim, a crise é, também, de credibilidade.

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