O encantador de serpentes

 



Em agosto, Natuza Neri, da GloboNews, relatou como Lula circulava nos salões republicanos sendo tratado como um verdadeiro presidente, ao contrário de um Jair Bolsonaro sisudo e escanteado. É fácil imaginar a plausibilidade da cena, pois Lula franqueou facilmente o acesso aos cofres públicos a qualquer espectro político. Além de tudo, é fácil imaginá-lo circulando com desenvoltura como um mafioso pelos salões de Brasília.


Natuza Neri, ao contrário de preocupada, parecia deslumbrada a ponto de chamar Lula de mito. Sim, ela não chama Bolsonaro de mito porque, para a jornalista, mito e futuro presidente é o petista. Fica óbvio que a moça está sofrendo da Síndrome de Estocolmo em estágio avançado e irreversível ou é uma dedicada funcionária das Organizações Globo, para a qual ela dedica todo o seu empenho, acima até de sua própria honestidade e moral. 


Nas andanças do petista, não houve a participação orgânica do povo. Para Lula, com mais uma demonstração de que não está interessado no que o povo necessita, basta o beneplácito de juristas, empresários, políticos e “amigos” aliados. Depois, ficamos assistindo, bestificados, o trânsito frenético de dinheiro.


Aliás, durante esta campanha eleitoral ficou muito claro como Lula domina a arte da demagogia; ou seja, ele ajusta o teor do discurso, de acordo com a composição da audiência. O resultado deste comportamento: contradições. Se o palavrório é para empresários, economistas, juristas etc, o discurso é responsável, edulcorado para agradar aos ouvidos pró-mercado; para uma audiência sindicalista, aparentemente excluída, majoritariamente sedenta por sangue e querendo seguir lideranças explosivas, o papo é incendiário, inflamando uma turba ensandecida para pegar em armas e fazer a eternamente prometida revolução. Esse é o Lula. 


Ciro Gomes chamou Lula de “encantador de serpentes”. Mesmo não sendo literalmente uma serpente, Merval Pereira, também da GloboNews, ficou encantado com as coxas do ex-presidiário. Essa observação anatômica não qualifica ninguém para um cargo público, mas talvez aos olhos e preferências do jornalista, foram as qualidades encontradas. Definitivamente, para agradar o chefe e garantir o emprego, esse é o subterfúgio do Merval Pereira.




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