Deu no New York Times

 



Por onde passa, ficando um certo tempo, Alexandre de Moraes contamina o ambiente. No STF (Supremo Tribunal Federal) foi assim. De repente, ministros começaram a mudar de opinião, caindo, inclusive, em contradição. Ainda não sabemos a influência que força mudanças de votos. Quando foi presidir o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), deixou um rastro de autoritarismo e levou a mão pesada para o processo eleitoral.


Cármem Lúcia deu um nó no próprio cérebro e no de quem tentou compreendê-la, ao refutar qualquer tipo de censura e, depois, corroborar uma decisão censora. Com uma conjunção adversativa (mas), ela deu um “duplo twist carpado” e pronunciou um voto vergonhoso para quem se diz ser contra a censura. Temos a relativização da censura. Proibição, “só até achatar a curva”. Sei...


New York Times e Wall Street Journal noticiaram o que brasileiros insistem em negar, se acovardam em admitir ou simplesmente ignoram. NYT: “Alexandre de Moraes é o homem que decide o que pode ser dito on-line no Brasil”. WSJ critica a esquerda brasileira por tentar amordaçar os conservadores. Respectivamente, os tradicionais jornais norte-americanos constataram de quem saem essas decisões inconstitucionais.


André Janones, o histriônico lulista de ocasião, aproveita-se desse caos judiciário. A julgar pelo empenho no jogo sujo para conduzir o petista aos cofres públicos, a oferta deve ter sido irrecusável. Gesticulando desesperadamente, ele orienta a tropa de choque servil e babando de ódio para disseminar, deliberadamente, factoides.


O caso Roberto Jefferson é um efeito colateral dessa anomia jurídica. Tudo que começa errado, termina errado. Essa situação tem um agravante: Roberto Jefferson está com câncer. As peças estão colocadas. Como tudo começou errado, o fim não será nada bom.


Os “Fique em casa”, “fake news” e “democracia” serviram de laboratório como escalada do autoritarismo. As diretrizes, por mais abusivas que fossem, foram acatadas de maneira servil. Como toda atitude escalonada, a tendência é progredir. Como a arbitrariedade tende a recrudescer, arrefecerá mediante força igual e contrária.


Alexandre de Moraes tem acelerado rumo ao precipício igual a um camicase. Como tem agido insanamente, um amigo pode detê-lo, porque se isso não for feito, terminará como o fim de qualquer sujeito mau: mal.



É PRECISO AGIR

(Bertold Brecht- 1898-1956)


Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro


Em seguida levaram alguns operários 

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário


Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável


Depois agarraram uns desempregados 

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei


Agora estão me levando

Mas já é tarde

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo




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