Censura livre-se

 



Desordem informacional é o novo eufemismo que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) inventou para evitar usar a palavra “censura”. Pega mal utilizar a ferramenta que repudia-la foi meio de vida pra tanta gente. Entretanto, com os interesses, somados ao poder, lançaram mão de um dos instrumentos mais abjetos: a censura prévia.


Tendo a produtora de vídeo Brasil Paralelo, mas também a emissora Jovem Pan como alvos, o Jurídico estendeu seus tentáculos repressores a quem tem tradição no Jornalismo, portanto longo alcance, respeito e, logicamente, tradição.


Nesses dias de polarização e paixões políticas, somente quem teve coragem se solidarizou ou se indignou com o absurdo. Muitos se calaram e, estranhamente, outros até aprovaram o que está ocorrendo. Em tempos de militância política explícita disfarçada de Jornalismo dava até para esperar o silêncio e a aprovação da censura prévia. 


É compreensível o gosto que os “progressistas” têm pelos regimes de exceção; é sabido que a tal “luta pela democracia” foi a narrativa implantada para reinventar a História. Na verdade, os “progressistas” queriam implantar a Ditadura do Proletariado, aquela em que todos são iguais, mas uns são mais iguais que os outros. E continuam tentando. A perpetuação no poder continua sendo tentando, mas através do voto e não da luta armada. Na teoria, o que nunca deu certo em lugar algum, funcionaria aqui. Sei...


Ah, a ditadura está vindo pela hipertrofia do Poder Judiciário (juristocracia) e sua “caneta pesada”. O Senado podia ajeitar as forças, exercendo a função constitucional de freio e contrapeso, mas a pusilanimidade, a covardia e o rabo-preso do presidente da Casa desigualam a tripartição dos poderes.


O TSE, numa tabelinha com o PT (Partido dos Trabalhadores), vem removendo, ocultando e censurando conteúdos que propaguem a verdade. O irônico é que estamos num momento que é justamente quando temos que saber quem são os concorrentes, eles são bem embalados como sabão em pó. Como a verdade prejudica uma candidatura, o TSE entrou na disputa como um marqueteiro talentoso, que “vende” o político bem embalado para enganar o cliente (eleitor).


O TSE e o STF (Supremo Tribunal Federal) abusam de eufemismos para não assumirem que suas decisões são, sim, censura. De “fake news” a “distorção informacional”, todas essas expressões vêm sendo usadas para avançar a arbitrariedade até chegar a uma Jovem Pan. Que não passe daí, porque se passar estamos apenas vendo a “amostra grátis” ou o “test drive” da censura.

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