A corte do bobo

 



A piada até que durou bastante. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky,  é um comediante. A anedota funcionou muito na propaganda, na posse, nas aparições em público. Entretanto, a brincadeira foi longe e ele se elegeu. A pilhéria poderia render um mandato — o Tiririca está conseguindo se esconder na Câmara —, mas estourou uma guerra que exigiu um governante de verdade. Estamos testemunhando que não dá certo o bobo da corte trocar o cargo com o rei. 


Danilo Gentili conseguiria sustentar a piada até a rampa do Planalto. A primeira greve, manifestação na Paulista ou invasão do MST acabaria com a graça.


O voto de protesto — macaco Tião, rinoceronte Cacareco e o palhaço Tiririca — sempre piora a situação. No caso de um ser, digamos, pensante, como o Tiririca, políticos espertos leem as conjunturas e empurram o “voto de protesto” para “puxar” (eleger) eles mesmos.


Agora o presidente dá Ucrânia não sabe o que fazer. O sujeito está praticamente montando uma guerrilha urbana, armando qualquer um que encare segurar uma arma: civis, estrangeiros, pessoas de até 60 anos de idade. É a tática do “cada um por si” ou “bumba meu boi”. O final poderá ser trágico como na Guerra do Paraguai.


Embora autoritários, muitos dos atuais governantes são fracos, do tipo que acham que vão resolver confrontos entre nações dialogando, cantando Imagine, criando uma “hashtag” de paz ou iluminando algum monumento com as cores do país invadido. Logicamente, estou me referindo a Joe Biden, Justin Trudeau e Emmanuel Macron. Incluiria João Doria, mas ele nunca será presidente da República. Essas figuras que citei são a mais fiel tradução do que chamo de homens de geleia, dispostos a mandar vigiar, perseguir, dificultar, delatar, cancelar e anular quem ousar exercer alguma liberdade. É o sujeito que denuncia o crime hediondo abraçando a Lagoa Rodrigo de Freitas, soltando pombas, vestindo branco e gritando “agora chega”. Disfarçam-se “lacrando” e sinalizando virtude.


Enquanto o Ocidente está discutindo linguagem binária, ideologia de gênero, banheiros trans, aquecimento global e a Greta Thunberg está enfiando o dedo na cara de autoridades, a Rússia mostra que a guerra não é filme da Netflix


Foi esse o “caldo” perfeito para o macho tóxico Vladimir Putin, ex-agente da KGB, agir. Vendo que a pandemia deixou a maioria dos governantes sem saber o que fazer, Putin sabia que era só avançar.


No peito do Putin, ainda bate um coração soviético 










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