Melhor fantasia

 




Apesar de contrariar seus irmãos ideológicos do Catraca Livre, a ativista Txai Suruí apanhou sua fantasia de índia — que pareceu ter sido adquirida numa lojinha de mágica da Rua 25 de Março — e correu para a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP26), na Escócia. Quem pagou? Certamente, alguma alma caridosa, que, querendo o bem comum, já havia patrocinado Adélio Bispo. 


A narrativa do Aquecimento Global estava colando, até que começou a esfriar muito, inclusive nevar onde nunca havia ocorrido o fenômeno. Ficou mais fácil e abrangente empurrar a expressão “mudanças climáticas”. Isso pegou mais fácil que a expressão inédita que disseram ser a mais dita em 2016: “pós-verdade”.


Mas o tema aqui é, na verdade, carnaval. A militante “indígena”, Txai Suruí, ganharia, no Hotel Glória, em originalidade, desbancando o saudoso Clóvis Bornay (eterno “hors concours”). A nossa índia, que parecia uma folclórica dançarina da Banda Carrapicho, estava pronta para falar o que a oposição precisava para tentar voltar ao poder. E a menina cumpriu a função a contento, “desceu a lenha” no Brasil. 


Índios brasileiros estão sendo acionados por ONGs socialistas para reivindicar terras ou apenas atrapalhar políticos mais à direita. Nessas ocasiões, eles apanham um belo cocar de esplendor multicolorido, se cobrem com penas e se armam com arco e flecha e partem para o desfile. Alguns simulacros de autóctones não se dão ao trabalho nem de esconder o calção de futebol e a bicicleta.


A nossa índia tipo exportação cometeu um ato paradoxal: espinafrou o País, mas, também, promoveu nosso turismo no melhor estilo anos 80. Raoní, Txai ou qualquer silvícola da vez, para os europeus, não passam de figuras exóticas. A ONU adora ver o bom selvagem (do Novo Mundo) frequentando nobres palácios na Europa, isso cria um impacto antropológico (o ancestral e o atual). A nobreza europeia adora um indígena de cocar e paletó. Desse jeito, os gringos continuarão pensando que aqui tem jacarés e macacos na rua.


A oposição e o Velho Continente já decidiram: esse ano tem Carnaval e o prêmio vai para Txai Suruí.

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