Autoritarismo não é autoridade

 




Por mais abusiva que seja, inclusive ilegal, decisões são cumpridas, principalmente com a caneta do Judiciário. No entanto, quando as determinações dependem da colaboração internacional, o arbítrio se torna evidente.


A perseguição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi efetiva enquanto agiu capturando cidadãos brasileiros, aqui dentro. Durante a calmaria, o ministro prendeu, proibiu e convocou quem quis. Quando Alexandre ousou esticar seus tentáculos arbitrários, falhou.


Sua sanha arbitrária parou quando tentou deter, num aeroporto brasileiro, o norte-americano Jason Miller; as autoridades norte-americanas também ignoraram o pedido de extradição do jornalista Allan dos Santos.  Ambos os casos foram ignorados por falta de sentido, caracterizando mera perseguição política.


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Pandemia), eternizada como “CPI do circo”, foi eficaz enquanto gerou manchetes e reportagens. No entanto, falhou na tentativa de render boa imagem à oposição e, provavelmente, falhará nas próximas eleições. A Comissão perseguiu, intimidou, estigmatizou e desrespeitou os depoentes que não diziam o que queriam ouvir. Resultado do “circo”: quando chegou ao Tribunal Penal Internacional de Haia, Holanda, o relatório feito por Renan Calheiros foi ignorado. A esperança da oposição é de o calhamaço ser levado a sério aqui no País.


Outro ministro do STF, Luís Roberto Barroso, resolveu travar uma guerra com o “Telegram” (rede social). Pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele enviou uma carta a fim de “regular” a rede social, para o controle (se é que você me entende) das eleições para não extrapolarem a sua jurisdição. Entretanto, os responsáveis pelo Telegram, provavelmente interpretando o caso como censura, ignoraram a missiva.


Com a tentativa de internacionalização dos desmandos nacionais, talvez percebam que algo muito errado não está certo aqui dentro. 


Certamente, somente em textos de História percebi que os interesses de grupelhos exerceram tanta prioridade em detrimento de interesses nacionais. A mentira tem perna curta.

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