Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim



A discussão quanto a vândalos infiltrados, no quebra-quebra dos Três Poderes é inócua; assim como é infrutífero o debate. É clara a conclusão de que até um destacamento dos Escoteiros Mirins estaria de prontidão no dia oito de janeiro. Assim como a invasão ao Capitólio, nos EUA, aquilo convinha acontecer para o ministro da Justiça desmobilizar o acampamento e o governo começar a “caça às bruxas”. 


Cesare Battisti, ex-ativista e eternamente terrorista do Proletários Armados, conseguiu tomar algumas cervejas e caminhar na praia até sua prisão, em 2019. Demorou, mas o terrorista admitiu o mal que fez no passado e foi “devolvido” para cumprir pena na Itália. Em tempo: Cesare estava foragido no Brasil, por participar do assassinato de quatro pessoas na Itália.


A mesma sorte não teve uma idosa de 74 anos. A vovó inaugurou a Gulag (campo de concentração soviético) particular do Lula (Lulag). Esta senhorinha foi enquadrada como, acreditem, terrorista. É um currículo turbinado para quem imaginava chegar a essa idade, no máximo, tricotando um casaquinho para seu netinho. A anciã não parece reunir forças para arremessar um objeto, no máximo derrubar algo como um copo. A partir de agora, vou levar a sério quando disserem: terrorista é a vovozinha!


O acontecimento, que parece saído da mente de Gabriel García Márquez, lembra uma cena hilária de um filme. De humor escrachado, a obra mostra alguns passageiros sendo liberados para embarcar evidentemente armados e, portanto, carregados de péssimas intenções; enquanto isso, uma velhinha é brutalmente dominada, como se representasse risco iminente ao voo. É lógico, tratando-se de uma comédia escrachada, a cena é inusitada, absurda e exagerada. Entretanto, de acordo com os ocorridos em Brasília, o filme clássico poderia inserir o aviso: Baseado em fatos reais.


Concordo que os responsáveis pela destruição em Brasília têm que ser identificados e punidos, mas somente os vândalos. Não podem recolher idosos e crianças como numa pesca de arrasto. Usando a tática “Black Bloc”, esquerdistas escondidos em capuzes, destroem, incineram, ferem e matam, no entanto, são tratados com o eufemismo: minoria infiltrada.


Para quem pergunta: E o piloto? Eu respondo: Sumiu.






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