quarta-feira, 25 de setembro de 2024

O sistema é #@£€

 


O que é o sistema? É difícil explicar, porque é o que ele se propõe a ser: insípido, incolor e inodoro. Essa explicação escolar das características da água ilustram como esse tal sistema age: sorrateiramente, desprevenidamente e covardemente. É assim que é o sistema, composto por quem sempre teve o interesse em escolher os mandatários, fingindo que o voto é uma decisão racional. 


O sistema, também conhecido como “establishment” e “deep state”: é composto, na linha de frente, por alguns políticos e alguns grupos de comunicação. Ao contrário do que pode parecer, é fácil perceber ou desconfiar muito: quanto aos políticos, basta ver a resistência virulenta sendo exercida, com muitas alianças (conluios) em defesa da “democracia”; as mídias demonstram preferências e armam pegadinhas e cascas de banana para o “estranho no ninho” a ser destruído, geralmente aqueles que parecem loucos.


Tem que ser muito louco para peitar o sistema; e, de vez em quando, aparece um louco. Aí fica fácil para o sistema: é só dizer que o louco é louco! Bingo! O resto do trabalho imundo é feito voluntariamente: décadas de lobotomização televisiva e de manchetes de jornal tendenciosas são suficientes para haver uma execração pública do invasor a ser extirpado.


Quem ganha o rótulo, ou o carimbo, de louco é o Coringa (Batman) que é “fora do quadradinho” o suficiente para avacalhar o circo que são as eleições. Ou melhor, o circo que sempre foram: voto censitário, voto de cabresto e compra de votos. Bolsonaro foi o maluco que furou a bolha de proteção do sistema; hoje, é o Pablo Marçal.


O “podcast” ‘Flow’ parecia que era um formato disruptivo e anárquico que surgiu para desbancar a decrépita televisão. Outros “podcasts” assumiram essa responsabilidade como um destino manifesto. O ‘Flow’ perdeu seu componente corajoso e que não se ajoelhou para o sistema (Monark); pelo contrário, o que sobrou foi enquadrado e “institucionalizado”, tornando-se  adesista e colaboracionista ao sistema. E nesse mais recente debate (Flow), isso ficou claro: o ‘Flow’ fez o trabalho sujo.


Na “festa da democracia”, quem comemora é o sistema.

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