à fåcil não gostar do Lula. Tenho mantido essa pråtica em dia. Convenhamos, ele é uma usina funcionando 24 horas por dia fornecendo matéria-prima de ótima qualidade para espinafrå-lo. Entretanto, ele deu um golpe de mestre ao atrair seu inimigo, Geraldo Alckmin, para perto e, assim, anulå-lo.
Lula aplica princĂpios da “Arte da Guerra”, talvez por intuição, jĂĄ que hĂĄ uma desconfiança, atĂ© confissĂŁo, de que ali nĂŁo existem arroubos literĂĄrios. Mas, gastando munição Ă toa, chamando Alckmin de fascista, nazista e neoliberal, Lula nĂŁo havia sido tĂŁo eficaz quanto agora que induz GegĂȘ a cantar a Internacional Socialista.
Como num filme de exorcismo, que o “coisa-ruim” engana fazendo uma vozinha doce de criança ou de mulher, Lula fez o papel de amigĂŁo do ex-governador de SĂŁo Paulo, que caiu no golpe. Lula atraiu a sua presa para uma morte polĂtica lenta e dolorosa. Assim, o eterno “PicolĂ© de Chuchu” estĂĄ alegre achando que faz parte da turma, enquanto Ă© devorado vivo.
Alckmin jĂĄ foi flagrado em situaçÔes embaraçosas, como: cantar, como se fosse o Hino Nacional Brasileiro, a Internacional Socialista; num comĂcio gritou “Lula, Lula”; no mesmo comĂcio, imitou GetĂșlio Vargas com um populista “trabalhadores do Brasil”; foi obrigado a sentar ao lado de terroristas e ditadores; e, no ĂĄpice da anulação explĂcita, teve suas atribuiçÔes de vice-presidente usurpadas pela primeira-dama Janja. Com sua postura pusilĂąnime e a coleção de micos pĂșblicos, Ă© difĂcil acreditar que Geraldo Alckmin seja levado a sĂ©rio sequer na mesa de jantar.
Lula ganhou nas duas pontas: tirou o governador “hors concours” — a direita permitida, sem concorrĂȘncia — de SĂŁo Paulo e finge que Ă© amigĂŁo de um “peessedebista”. GĂȘnio!
đč “Se vocĂȘ conhece o inimigo e conhece a si mesmo, nĂŁo precisa temer o resultado de 100 batalhas.
Se vocĂȘ se conhece, mas nĂŁo conhece o inimigo, para cada vitĂłria sofrerĂĄ tambĂ©m uma derrota.
Se vocĂȘ nĂŁo conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderĂĄ todas as batalhas.”
(Sun Tzu)