Melhores momentos

 




Simone Tebet e Soraya Thronicke são como atrizes coadjuvantes com alguma fala irrelevante. Dizem platitudes ou promessas inexequíveis. São aquele franco atirador que todo debate eleitoral é obrigado a colocar atrás de um púlpito. Como o Cabo Daciolo, Eduardo Jorge ou Plínio de Arruda Sampaio, são folclóricas, e não passam de opções para não anular o voto ou não votar em branco.


A Simone Tebet promete coisas básicas e constitucionais como: fim da polarização e volta da democracia. A primeira promessa é assustadora ou impraticável, porque só se aplica numa ditadura e nunca por decreto.  A segunda promessa de campanha não atrai votos, porque não convence o “Seu José” ou a “Dona Maria”. Ninguém vai ao supermercado comprar meio quilo de democracia. Outra insignificância repetida por Tebet é o “blábláblá” feminista. Eu trabalhei numa empresa em que duas mulheres operavam empilhadeiras. Provavelmente, ganhavam, merecidamente, mais que eu e, em vez de ficarem com discursinho feminista, “baixavam pallets” (estrado de madeira para armazenar mercadoria).


Simone é vitimista e diz que “mulher vota em mulher”; essa é a maneira mais impensada de se escolher um candidato ou é o voto de “cabresto” do Século XXI. Tenho certeza que se ela ganhasse a eleição, ficaria quatro intermináveis anos repetindo: uma mulher ocupa a Presidência. Também, quaisquer reclamações legítimas seriam consideradas misoginia. 


A Soraya Thronicke, além do enfadonho e vitimista discurso feminista, promete zerar o Imposto de Renda Anual dos professores. Este ano ela quis superar Ciro Gomes em termos de promessa mais demagógica e absurda. Supondo que chegasse o grande dia da Soraya cumprir o prometido, outras classes reivindicariam o mesmo benefício. Eu também. Tal promessa revela o desespero, a mitomania ou a prática do estelionato eleitoral. Isso é igual “pirâmide financeira”, que só engana as novas gerações ou gente que combina ganância com inocência.  


Em São Paulo, já votaram esperando o Fura Fila e o Arco do Futuro, promessas de Celso Pitta e Fernando Haddad, respectivamente; o primeiro, não foi entregue pelo prefeito; o segundo, nem saiu do universo onírico do fantástico mundo de Haddad. Ambos os engodos funcionaram eleitoralmente.


Estamos assistindo a algo parecido com a fase de grupos da Copa do Mundo, na qual somos quase obrigados a tolerar Emirados Árabes Unidos ou África do Sul enquanto esperamos Alemanha ou Inglaterra, por exemplo.


Até o segundo turno.

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