Um tapinha não dói

 



Lula parece ter um ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para chamar de seu. Tapinhas na cara, é com essa intimidade que Lula cumprimenta quem só aceita ser chamado de Vossa Excelência. Somente meu cachorro aceitaria tão bovinamente ser tratado assim sem revidar. O cão, mesmo com o gesto humilhante, ainda aplicaria algumas lambidas no meu rosto; o magistrado não se rebaixou nesse nível, mas entendeu o gesto como uma demonstração de poder e tranquilizou Lula: “Tá tudo em casa, tá tudo em casa...”.


Com decisões prejudiciais ao principal adversário do petista, o ministro Benedito Gonçalves aceitou a ostentação de intimidade, demonstrando, assim, o grau de subserviência. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.


O TSE, com a decisão do ministro de estimação do Lula, proibiu Jair Bolsonaro de usar as imagens do Sete de Setembro. O presidente também não pode utilizar imagens suas no discurso da ONU (Organização das Nações Unidas), entre brasileiros em Londres, entre populares em Nova York... Para evitar a propagação dos flagras de popularidade e apoio explícito, que contradizem “pesquisas” encomendadas, seria mais eficaz proibir a veiculação de imagens do próprio Bolsonaro. Os tapinhas íntimos revelam que valeu o esforço de Benedito Gonçalves. Este faz um bom serviço, agradando aquele. Está tudo bem encaminhado.


O Tribunal agiu mediante provocação da oposição do candidato à reeleição. Essas ações são uma clara movimentação para sabotar a candidatura de um forte concorrente. O que ajuda para a aceitação das decisões e confirmação, é que se a oposição se apressa para esconder essas imagens, significa que são excelentes. E agora já é tarde, pois as imagens são de conhecimento público. É o “Streisand effect” (quando a proibição gera a curiosidade, causando o efeito contrário).


O STF (Superior Tribunal Federal) tem um famoso advogado que frequenta a Corte de bermuda; agora, o TSE cultiva seu candidato próprio. A volta da democracia está encaminhada, de qualquer jeito.


O ministro teve que tolerar apenas alguns tapinhas mafiosos, entretanto, esse gesto representa um tapa na cara da sociedade. Todos são iguais perante a lei; uns são mais iguais que outros.


Mas será o Benedito!

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