“Dá que eu te dou outra”

 




Bolsoringa, corruptela das palavras Bolsonaro e Coringa, traduz o comportamento destruidor do Capitão. Cansado de ser enganado por políticos polidos, fala mansa,  ternos bem cortados  e respeitadores da chamada liturgia do cargo, articulando às escondidas, ciosamente costurando exitosos acordos e dialogando com a oposição, queria um presidente que chegasse chutando a porta, voando com os dois pés no peito, malucão, boquirroto e com um portfólio de piadas ruins (tiozão do churrasco).


O sujeito sem modos, até engraçado, de um autoritarismo folclórico, anacrônico é o presidente. O frequentador de programas “trash”, como o SuperPop, e zoado no CQC, chegou lá. No início, achei bem cômico aquele militar sisudo e mal ajambrado, nos aeroportos, sendo carregado nos ombros aos gritos de “1,2,3... 4,5mil... queremos Bolsonaro, presidente do Brasil”. Sinceramente, achei que era curtição da molecada a fim de colher algumas boas fotografias para o Facebook. Engano. O cara estava sendo conduzido ao “trono”. “Trono” que, segundo ele, só Deus tira ele de lá.


Tirá-lo de lá, ou pelo menos evitar sua reeleição, é a razão de viver (“leitmotiv”) de muitos. Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), velha imprensa e pessoas que ficam mais felizes quando chega o motoboy trazendo uma “meia frango com Catupiry, meia quatro queijos” do que quando chega água no Nordeste.


A resistência de ministros do STF, que esticam seus tentáculos ao TSE, joga o obscuro sistema eleitoral ainda mais em suspeita. Pavimentando o caminho para os antiBolsonaro e  complicando a vida dos apoiadores do Bolsonaro, os ministros fazem conluios, propagandas, reuniões e jantares com a oposição. Os conluios, manobras e muitas ilegalidades vão sendo realizadas escondidas nas frases contendo as palavras e expressões “democracia” (e derivadas), “republicano” e “Estado democrático de direito”.


A situação nunca esteve boa, e agora observamos a olho nu uma força-tarefa e a oposição se movimentando para sabotar e derrubar o governo atual. Com essas investidas, o maior prejudicado é o povo. E eles não estão nem aí. Por isso tem que ter alguém malucão lá: Bolsoringa.


Bolsonaro não só é refratário a todo tipo de ofensa, como cresce em popularidade. Como não surtiu o efeito esperado, as ofensas são dirigidas aos seus eleitores. Recentemente, Paola Carosella chamou-os de “burros e escrotos”; Joice Hasselmann, usando a mesma tática desesperada e suicida, classificou-os como “asquerosos e lixo em forma de gente”. Todo esse “ódio do bem” revela o desespero, principalmente da política Joice. 


Antes, acreditávamos na infiltração de bandidos (disfarçados) utilizando as instituições a serviço do crime; hoje, ficamos surpresos com a “bandidolatria”. Eles estão aí.

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